Cinquenta e seis dias de férias pra tirar. Uma viagem a trabalho para a China. E um paraíso logo ali. Assim, decidi passar uma semana em Bali, sozinha, mas com a expectativa de realizar uma das trips mais bacanas que já fiz. Planejei menos do que gostaria, mas com a ajuda do Marcelo e da Tatá, que recentemente haviam passado um tempo por lá, consegui montar um roteiro básico.
Fiz as reservas de hotel e, apesar de as praias serem perto umas das outras, preferi sempre trocar de hotel por um que fosse logo ali, em frente ao mar. A grande dúvida permanecia (e permanece) com relação ao transporte. Fui encorajada a alugar um carro, mas embora eu tivesse mais liberdade se tomasse essa decisão, o fato de em Bali ser mão inglesa e eu já ser confusa por natureza com relação a direita e esquerda ligaram uma luz de alerta.
A primeira noite eu passaria em Jimbaram, uma praia bem próxima do aeroporto, e que, apesar de não ser lá essas coisas, é bem conveniente. Cheguei de Xangai era mais de meia noite, mas enormes filas no aeroporto, somadas a super educação (#sqn) dos inúmeros chineses que resolveram me seguir, me fizeram sair de lá quase às duas da manhã. Primeiro foi a fila para pagar a taxa do visto, depois pra passar a imigração, mas por fim, cheguei no táxi que me trouxe para o Sari Segara Resort em menos de cinco minutos.
No hotel, notei que o recepcionista ficou surpreso ao me ver sozinha. Foi extremamente simpático e carregou minha mala pelo longo caminho na beira da piscina até meu quarto. Bem bonitinho, grande, limpo e com o ar condicionado ja ligado. (Uma benção!) Na manhã seguinte acordei pelas 7h, tomei meu café, que não era muito farto, e me fui a praia curtir um pouco da energia do mar.
Dei uma caminhada pela beira antes de sentar e iniciar o Projeto Carvãozinho 2015 (#mais preta do que nunca). Ali, sentada, já pude perceber que um ótimo motivo para se iniciar uma conversa por aqui é falar sobre tatuagens. Os balineses que passavam, paravam para me cumprimentar e elogiar o São Jorge. Small talk e eles seguiam seus caminhos. Achei simpático.
Voltei e fui curtir um pouco da piscina do hotel, numa cadeirinha mais confortável, até que chegou o momento de fazer o check out e rumar a Balangan, minha próxima parada. Negociei o táxi (eles não usam taxímetro por aqui!) e me fui. Entramos numas bibocas, no meio de vacas, galinhas e cachorros, mas no fim chegamos no Balangan Sea View.
O hotel é mais precário em termos de estrutura. O quarto só tem ventilador de teto e a limpeza não é lá essas coisas. Em compensação, é exatamente como imaginei Bali. Sem televisão e ar condicionado, mas com surfistas e uma energia incríveis. Sem falar da vista que tenho do meu quarto. Ta valendo super!
Balangan é uma das tradicionais praias de surf da Indonésia, e a galera que tava na água confirmou. Emocionante ver os surfistas pegando tubos sem fim logo ali, na minha frente. Mas a praia é cheia de corais e volta e meia saía um esgualepado, com a canela aberta. Acho que faz parte da aventura. Enfim, lindo, lindo, lindo. Ainda consegui a façanha de encontrar dois grupos de Porto Alegre, inclusive uma família, com dois filhos pequenos, donos de uma pousada em Garopaba. O mundo é mesmo uma ervilha!
Amanhã o mesmo taxista de hoje me busca aqui para irmos a Padang Padang. Can’t wait. Primeiro dia e já muita história pra contar. Aguardando cenas do próximo capítulo…