Chimarrão

Daí a Vani veio me dizer que o afilhado dela tinha ido lá pra ela ensiná-lo a fazer “chimarrão formigueiro”. Eu nunca tinha ouvido falar. Chimarrão pra mim é barranquinho do lado, água quente do outro e deu! Mas aí ela me mandou uma foto, essa aqui do lado. Pra mim isso não é chimarrão, é obra de arte. Eu nunquinha na vida conseguiria colocar água naquele furaquinho ali em cima. Só se usasse um funil pra encher o mate.

Aí pra melhorar a sitação, ela me diz que esse não é um chimarrão de formigueiro comum, é pra competição. Aham, tô dizendo… EXISTE UMA COMPETIÇÃO DE CHIMARRÃO! Bom, pelo menos é o que diz a Vani. Não fui averiguar. Mas quem duvida é louco! Enfim, fui lá perguntar pro oráculo (Google), quais eram os tipos de chimarrão existentes e descobri 35 TIPOS num único site. Aqui do lado estão as fotos, mas se quiserem ver melhor, tem no site www.escoladochimarrao.com.br

Legal! Agora sei que nada sei sobre chimarrão.

Mas o que importa mesmo é que a hora do chimarrão é só nossa. Nossa eu digo dos gaúchos, né? Só a gente sabe como esse hábito é gostoso. O chimarrão é a melhor desculpa para encontrar os amigos e bater um papo rápido. A melhor forma de se aproximar de um desconhecido. A melhor forma de se aquecer no nosso inverno cheio de vento… 
E que não me venha pedir um gole…

Regras básicas sobre o chimarrão:
01 – Nunca, nunquinha na vida inteirinha como um todo, peça açúcar no mate;
02 – Never ever diga que o chima é anti-higiênico. Pra gente pouco importa se quem te passou o chimarrão só tinha os centroavantes (dentes da frente). O importante é a confraternização;
03 – Não chega dizendo que o mate tá muito quente. E nunca, em hipótese alguma, assopre ou deixe ele parado para esfriar;
04 – Nunca na vida deixe o chima pela metade. Se não aguenta, porque veio?
05 – Não é falta de educação quando a bomba “ronca” no fim do mate. Pelo contrário. Para nós, o ronco da bomba é sinal de satisfação;
06 – Não te atraca na bomba. Deixa ela ali, quietinha. 
07 – Segue a roda. Não vem querer entrar de furão; 
08 – Pegou o chimarrão, te dedica. Não deixa ele parado, pelamordedeus;
09 – O primeiro chima é de quem fez. Azar o dele se vai ter que tomar um frio. Se quiser, pode cuspir o primeiro na pia;
10 – Se tu acha que o chimarrão causa problemas de saúde, não toma e pronto. Não incomoda!

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Quero casar e ter… GATOS

… ou cachorros, tartarugas, esquilos e afins… Tenho problema com bichos. QUERO TODOS!

Sabe aqueles e-mails que andam por aí, com fotos de cães abandonados, para adoção? Nem abro! Se eu morasse numa casa, tenho certeza que ela seria transformada em abrigo para animais abandonados. Mas pelo bem da minha sanidade mental, moro em apartamento.

Todo dia rezo pra nunca me deparar com uma ninhada de qualquer coisa que seja, senão eu pego e levo pra casa. Chato isso, né? A pessoa não ter autocontrole… Mas gente, vamos combinar que não tem como resistir aquelas carinhas fofas olhando pra gente com olhos de Gato de Botas do Shrek, né?

Bom, esse amor todo começou com o Preto, um cocker lindo, crespo, todo… bom, todo preto, no caso. Tivemos que deixá-lo na casa quando nos mudamos para um apartamento. Mãe, me ajuda aí, mas pelo menos por uns dois anos eu não podia ver nenhuma foto que eu já chorava, não foi? Daí no apartamento veio a Madonna, uma gata guaipequinha que fez jus ao nome: deu para todos os gatos da vizinhança. Nossa, como aquela gata botou gatinhos no mundo!!! Com um filhotinho desses nós ficamos. Engraçado que não lembro muito bem de como ela era, apenas do nome: Miúcha. Eu sei, eu sei… super criativo!

Depois dessa fase de gatos, vieram as tartarugas. Tá, antes dela tivemos peixes, mas não conto muito como bicho de estimação, porque eles morriam tanto que a gente nem conseguia se apegar.

Mas as tartarugas eram massa. O Nícolas e a Nicole chegaram bem picututicos, mas de tanto soltarmos eles no apartamento, cresceram e tivemos que transportá-los para o aquário dos peixes. De lá eu soube que se mudaram para um tanque lá na Unisinos. Aham… SÓ porque eu não ajudava muito na limpeza do aquário, o pai aproveitou minha ida pro Canadá e deu um jeitinho no casal…

Tanto eu fiz depois disso tudo, casa sem bicho nenhum, que eu consegui um tal de esquilo do deserto, ou jerbil, ou ratinho mesmo, e levei pra casa numa gaiolinha branca. Cheguei assim, sem avisar, para loucura geral da nação. O nome dele era Rafael e eu achava ele uma coisa fofíssima. Mas a mãe não! A mãe tinha tanto nojo dele (acredito que devido a incrível semelhança dele com um rato) , que chegava a fazer promessa: Se o Grêmio fizer um gol agora, eu vou lá e encosto no Rafa!

O Rafa morreu, tadinho, porque eles duram pouco mesmo e daí veio a batalha maior. Digo isso porque, depois de eu chorar dois anos a perda do Preto, o pessoal lá em casa ficou meio traumatizado e não dava jeito de eu convencê-los a me deixar comprar um cachorro. Tinha tentado de tudo, todos os portes, raças, cores… e nada! Mas um dia eu encasquetei! Peguei os classificados e disse: VOU COMPRAR UM YORK! Sabe a máxima aquela: ou pela dor ou pelo amor? Foi mais ou menos isso, porque a mãe disse: Então EEEEUUUU vou comprar um cachorro, e ele vai ser meeeeeu!

Ok! Quem se importa??? Queria mais era o cachorro. Bom, daí veio a Bonnie. Aquela coisinha fofa, bolinha de pelos, pretinha… Pronto, foi amor a primeira vista. A família toda chegava em casa e saía rolando pelo chão com ela. Só não faz mais isso porque agora ela prefere o sofá…

A Bonnie é muito engraçada, mas minha mãe é mais!!! A Bonnie, de pretinha que era, foi ficando cinza, quase branca. Ela é linda, cachorrinho de madame, então as pessoas param a gente na rua quando estamos com ela. Numa dessas estava a mãe na praia, com a Bonnie no colo e diz que uma mulher parou dizendo que a Bonnie era uma York prata raríssima, perguntado de onde tínhamos conseguido aquela raça.. que ela era a coisa mais linda.. que isso.. que aquilo. Nunca nem tínhamos ouvido falar no tal do york prata, né, mas cada um com suas loucuras. O legal foi que dizem que na próxima esquina outra mulher parou a mãe dizendo que nunca tinha visto um york tão clarinho. A mãe, sem nem titubear: É que ela é uma york prata! É uma raça raríssima!

Bom, saí de casa, né, e comecei tudo de novo, dessa vez com a minha “homemate”. Sim, fui dividir apartamento com uma amiga… e vai convencer a criatura de que tu quer um gato!!! Suplício, convenci! Daí comecei a pensar e achei melhor dois de uma vez. Assim um faria companhia para o outro e tal… Argumenta, argumenta, argumenta e pronto. Pode trazer dois!!! Fomos procurar. IMPRESSIONANTE como a gente acha filhote de gato perdido o tempo todo por aí, e tu nunca quer. É só ficar querendo para todos os gatos do mundo desaparecerem num piscar de olhos.

Foi na úúúúltima agropecuária que fomos, já quase desistindo da missão, que os encontramos. Dois gatinhos, machinhos, para adoção. EXATAMENTE como estávamos procurando. Não dava pra acreditar. Eram o Jack e o Johnnie. (falei deles no post do ATAQUE)

Mas ainda tem muito espaço para mais desses, porque no reveión eu morei com o Fuzarka e a Belinha, de um casal de amigos, e já me apaixonei por eles também. Pelo Fuzarka mais, mas não por ele ser mais querido, bem pelo contrário… É que ele não gosta de ninguém, e eu acho tão legal que ele gosta de mim. Carência pouca é bobagem!

Bom, hoje estou na praia, em Capão (falei disso no post ESSA É MINHA PRAIA), e trouxe o Fuzarka e a Belinha comigo. Os gatos não dava pra trazer e, como o casal só chega hoje a noite, não sei se eu sobreviveria a um dia inteirinho sem uma bolinha de pelos perto de mim. Não tem mesmo nada que pague a experiência de chegar em casa e ter um bichinho na porta, esperando por ti.

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Essa é minha praia

Acho que de todas as minhas características, uma que se destaca sempre é a visão positiva sobre a vida. Não é coisa lá da tal de Poliana, nem li esse livro… É que pensar que tudo vai dar certo é meio caminho para as coisas darem certo mesmo!

Hoje estou indo pra praia. Muito gente perguntou se eu estava indo pro Rosa, mas não: EU VOU PRA CAPÃO DA CANOA. Isso mesmo. Vou passar o carnaval em Capão, praia gaúcha, gauchíssima.

E quer saber? Tô bem feliz de ficar por aqui e, tomando algumas idéias emprestados do meu ídolo Fabrício Carpinejar, vou dar 10 motivos:

1 – Em uma hora e meia de carro eu já estou lá. Sem BRIOI, sem desvios. Rapidinho.

2 – Vou ficar no apartamento da família, confortável, com tudo o que tenho direito.

3 – Vou com amigos maravilhosos e encontrarei outros por lá.

4 – A praia é reta e não tem montanhas. Não vou me sentir mal se não caminhar naquela trilha, subir aquele morro, descobrir uma nova praia…

5 – Não preciso de carro pra chegar na praia.

6 – Sempre tem alguém pra colocar o guarda-sol pra mim.

7 – Se algum surfista lindo passar por mim, é só eu entrar na água que todas as minhas gordurinhas ficarão escondidas. Se a água fosse transparente, como eu faria?

8 – O vento traz aquela camada fina de areia, que se mistura ao protetor solar e nos protege do sol.

9 – O repuxo trabalha nossa musculatura e, de tanto tentarmos nos manter no mesmo lugar, saímos do mar com as pernas torneadas.

10 – Não me sinto obrigada a ir pra praia. Se eu quiser passar o dia todo dormindo, só aproveitando a brisa que vem do mar, eu posso. Não vou estar perdendo de aproveitar aquele mar paradisíaco.

Aliás, quer saber? Pra quem já esteve aqui…

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Eu uso óculos

Então, quem me conhece sabe… SEMPRE QUIS USAR ÓCULOS!

Verdade! E não precisa achar que eu tenho algum tipo de problema mental. Eu simplesmente acho que as pessoas ficam lindas de óculos!

Todo ano eu tentava, sabe? Fazia meus exames periódicos e consulta com oftalmologista estava sempre na agenda. E todo o ano saía do consultório fingindo um sorriso de satisfação quando ele me dizia que minha visão era excelente! Lembro bem de uma vez: ele não queria nem dilatar minha pupila!!!! Tive que fazer um barraco danado! Que não deu em nada, como sempre.

Deixei passar dois anos. Assim, pra dar tempo das coisas se ajeitarem. Eu não queria PRECISAAAAR de óculos. Queria ter um. E não podia ser de lentes de vidro. Qual a graça?Queria um pra fazer um charme, sabe? Quando fosse ler um livro, assistir uma peça de teatro…

Esse ano pensei: preciso me preparar pros 30. Vou fazer todos os exames, correr, emagrecer… aquela coisa toda! E qual o primeiro médico que eu marquei? Sim, o oftalmo. Só que dessa vez um diferente! Convênio novo, vida nova!

Minha vontade de usar óculos é tamanha que eu fui pra consulta um dia antes. Juro! Nunca tinha feito isso antes, mas fui. E ainda briguei com a mocinha quando ela disse que a doutora não atendia naquele dia. Que mico! Mas tudo bem, voltei no outro dia, o dia certo!

Olha isso, olha aquilo, encosta o queixo, lê essa linha, abre o olho, pinga colírio, dilata pupila, arde, grita, chora… e vem o diagnóstico: Olha, não que tu preciiiiiise usar óculos, mas se tu quiser, podemos fazer um. E eu: mas eu não enxerguei aquela linha!! E ela: Mas as letras daquela linha eram realmente pequenas… e estavam longe!

AI QUE VERGONHA DE DIZER QUE EU QUERIA, QUE VERGONHA! Me segurei olhando pros meus próprios joelhos, sem dizer nada, pensando “preciso desses óculos!”. Foi quando ela disse: Tu só usaria assim, pra assistir filme com legenda, ou peça de teatro… ou pra dirigir a noite!

Há, era tudo o que eu precisava: Dirigir a noite? Que perigo! Eu esse tempo todo dirigindo sem óculos! Meu deus! Podia ter matado alguém!!

E ela me deu a receita! 😀 E óbvio que, desde então, não dirigi mais de noite (tá bom, QUASE não dirigi mais de noite), já que, afinal de contas, eu não enxergo direito nesse horário!

Genteeeee, pois busco meu primeiro óculos daqui a pouquinho! E tô bem empolgada com isso! Vocês têm noção que eu já vou ter óculos pra usar durante o carnaval? Sabe o que é isso? Ai que feliz… ai que feliz…

Dica: Quando entrar no blog para ver as novas postagens, aproveite e leia os comentários que foram deixados nos anteriores. Vale a pena!

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Nome do Blog

Genteeee… sucesso total o blog! Amei os comentários (virtuais e ao vivo). E, como me foi muuuuuitas vezes perguntado, vou explicar o nome do blog.

Sim, eu amo KitKat. Sabe aquele chocolate? Era vendido aqui no Brasil. Agora acho que não mais. O que importa, na verdade, é que ele representa as coisas simples da vida. Sei que a mensagem é subliminar (tudo bem, a mensagem é quase secreta!), mas na minha cabeça, é o que significa.

Champa eu nem amo taaaanto assim. Mas tem álcool, o que já é um bom começo. Comecei a gostar mais de uns tempos pra cá… e de tanto ir pra Paris! Pois é, Paris. Justamente por isso: pela viagem, pelo glamour… champa representa as coisas sofisticadas da vida!

Essa mistura toda é fascinante! É deliciosa! É minha vida!

E o mais legal de tudo isso é saber que eu me divirto da mesma forma se estiver na praia, numa casinha bem roots, quase sem iluminação, bebendo cachaça com… como é mesmo o nome daquilo? Flying Horse ou algo assim, do que se eu estiver em Paris, curtindo uma das mais importantes semanas de moda do mundo.

Sabe por que eu me divirto nos dois lugares? Simples! Porque o que importa é a companhia. E disso eu não posso me queixar. Tenho os melhores amigos do mundo!

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O ataque

Tenho dois gatos: o Jack Daniels e o Johnnie Walker. Eles são irmãos, meus filhos adotivos.

Gatos causam acidentes. É fato! O instinto de sobrevivência deles os faz se agarrar com toda a força e unhas a qualquer coisa agarrável quando se encontram em situação de perigo.

Já fui arranhada em vários lugares, às vezes de leve, às vezes de levar ponto. Acidentes acontecem! Mas nunca, nunquinha, eu havia sido atacada como eu fui nesse fim de semana. Aham, a-ta-ca-da! Levantei, como todos os dias, fui direto dar comida (mãe que é mãe atende os filhos antes do xixi matinal). Depois de comer, fui pegar o Jack no colo e eis que ele se vira pra mim, crava as unhas no meu braço e… ME MORDE! Que desaforo!

Fiquei triste. Muito triste! Quase chorei. Nem com remorso ele ficou, continuava fugindo. E eu discursando: “É assim que vocês pagam todo o meu amor? Eu deixo de ir pra praia, nesse calor, pra ficar aqui com vocês… e é ISSO que vocês fazem comigo?” (O Johnnie não tinha feito nada, mas assim ele já ficava sabendo como eu tava me sentindo)

Passou o momento da tristeza e veio a raiva. Com força! Com muita força! Queria pegar os dois e jogar pela janela… mas OBVIAMENTE eu NUNCA faria isso. Peguei, então, cada um pelas pernas e joguei dentro da caixa de transporte. “Vou levar vocês dois no veterinário. Bem feito!”

Mais tarde me dei conta de que passei o fim de semana quase todo assistindo o seriado “True Blood”. Pensei que um vampiro pudesse ter se apossado da pobre alminha do Jack. Verdade ou não, andei com um incenso de proteção pela casa toda. Melhor prevenir do que remediar. Eu que sei!

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Vírgula

Sempre fui meio chata com esse lance de português. Não que eu não erre nunca. Eu erro! Bastante! Mas o que me incomoda mesmo é a falta do uso da vírgula. Sabe, ela realmente muda o sentido das coisas… e nesse mundo virtual, sem tom de voz ou expressão, é muito fácil interpretarmos as coisas de forma errada! Sério, precisamos usar a vírgula.

Mas eis que dia desses comecei a escrever e, quando me dei conta, havia esquecido dela. Aham! Esquecido por completo. Saí escrevendo sem nem respirar! E o pior… me senti bem. Foi libertador! Por um dia na minha vida, eu me permiti esquecer da vírgula e deixar que meus escritos fossem interpretados livremente. E o legal de tudo isso, é que tu passa a reconhecer o sentimento de cada um pela forma como cada um interpreta aquelas palavras.

Mesmo assim, achei melhor avisar, em uma das conversas, que naquele dia eu não estava com vontade de usar a vírgula. A resposta foi ainda mais libertadora:

_ Tudo bem! Eu não estou com vontade de usar o espaço.

E a gente se entendeu…

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