O barulho é no andar de cima

Enfrento alguns defeitos básicos.

Um deles é derramar água quando coloco a fôrma de gelo de volta. Vou empoçar a cozinha e molhar os pés.

São décadas cumprindo vagarosamente os passos da pia até a geladeira e sempre desequilibro na última hora, seja ao abrir o congelador, seja ao procurar uma fresta entre as comidas e o pote de sorvete. A ordem é frágil. Atinjo o cume, finco a bandeira e um desmoronamento de neve termina com a paz.

Não é saudável minha insistência, porém odeio fracassar. Não tem sensação pior do que se enganar e mentir aos outros para tentar se convencer.

Talvez não faça questão de sair de uma crise e goste realmente do pessimismo. São hipóteses para fugir das certezas desagradáveis.

Já sondei fazer um curso ou assumir a função de garçom nas férias para efetivar o equilíbrio. Duas coisas se deve ensinar ao filho para evitar frustrações sexuais no futuro: amarrar o tênis e guardar o gelo. O resto ele aprende sozinho.

Durante a contratação pela universidade, agendaram com incrível antecedência o teste psicotécnico. O RH garantia um privilégio e concedeu duas semanas de preparação. Ou seja, uma quinzena para exercitar minha paranoia e refinar o bruxismo.

Não posso esperar muito tempo senão apodreço. Acalentei pesadelos por noites seguidas em que o teste admissional seria caminhar com a bandejinha cheia por todo o campus. Acordava gelado.

Não ria de mim, aquilo não é fácil, é um dos mais horrendos crimes da civilização, ao lado dos buracos da camada de ozônio. É a força do Inconsciente Coletivo pesando os braços.

Antecedentes devem puxar nossa espinha. Reencontramos nas vértebras os arrepios dos condenados injustamente pela Inquisição enquanto caminhavam para o cadafalso.

Eu me vejo próximo da tosse de Giordano Bruno, primo do suspiro de Joana D’Arc.

O problema não é meu, ninguém deseja renovar a bandeja — na maioria das vezes, encontro a morrinha com duas ou três lascas. O familiar usa e devolve como se não houvesse nenhum desfalque. É a maior cara-de-pau.

Deixa o suficiente para seu uísque de madrugada, e só. Claro que descobriremos os tabletes vazios tarde demais, no momento de receber visitas e retornar do mercado com as garrafas quentes do refrigerante.

A generosidade do casal não está nas atitudes ostensivas que fazem parte do repertório de provocação e que permitem flagrantes como trocar o papel higiênico ou não largar a toalha molhada na cama ou manter seca a tampa da privada.

Generosa é a substituição do gelo, uma ação sem sabor e transparente como a água. Discreta, qualquer um pode disfarçar e fingir desinteresse.

Contrariar pequenas preguiças traz sobrevida amorosa. Repondo as pedras, asseguramos a longevidade da relação.


* Fabrício Carpinejar, escritor, jornalista e professor universitário, autor de quatorze livros, pai de dois filhos, um ouvinte declarado da chuva, um leitor apaixonado do sol. Quando conseguir se definir, deixará de ser poeta.

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Pode invadir
Ou chegar com delicadeza
Mas não tão devagar que me faça dormir
Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar
Acordo pela manhã com ótimo humor
Mas … permita que eu escove os dentes primeiro
Toque muito em mim
Principalmente nos cabelos
E minta sobre minha nocauteante beleza
Tenho vida própria
Me faça sentir saudades
Conte algumas coisas que me façam rir
Viaje antes de me conhecer
Sofra antes de mim para reconhecer-me
Acredite nas verdades que digo
E também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa.
Respeite meu choro
Me deixe sozinha
Só volte quando eu chamar
E não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada
Então fique comigo quando eu chorar, combinado?
Seja mais forte que eu e menos altruísta!
Não se vista tão bem…
Gosto de camisa para fora da calça,
Gosto de braços
Gosto de pernas
E muito de pescoço.
Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, cheiros, olhos, mãos…
Leia, escolha seus próprios livros, releia-os.
Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos.
Seja um pouco caseiro e um pouco da vida
Não goste tanto de boate que isto é coisa de gente triste.
Não seja escravo da televisão, nem xiita contra.
Nem escravo meu
Nem filho meu
Nem meu pai.
Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.
Me enlouqueça uma vez por mês
Mas me faça uma louca boa
Uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca …
Goste de música e de sexo
Goste de um esporte não muito banal
Não invente de querer muitos filhos
Me carregar pra a missa, apresentar sua família… isso a gente vê depois … se calhar …
Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora
Quero ver você nervoso,inquieto
Olhe para outras mulheres
Tenha amigos que se tornem meus amigos e digam muitas bobagens juntos.
Me conte seus segredos …
Me faça massagem nas costas.
Não fume
Beba
Chore
Eleja algumas contravenções.
Me rapte!
Se nada disso funcionar …
Experimente me amar!”



* Marta Medeiros é gaúcha, escritora, mãe e tem gatos!

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Acrobacias quase aéreas

Já ouviu falar de um fulaninho aí chamado Joseph Pilates? Pois então, o cara inventou uma tal técnica para alongar os músculos, fortalecê-los e mais uma gama de coisas. Tá meio que na moda nos dias de hoje. As madames fazendo, os profissionais se especializando… Entrei na onda…
 
Desde criança sempre adorei inventar. A criatividade sempre esteve presente, talvez seja por isso que me formei em publicidade e propaganda, ou não. A Beta mesmo me chama de Alice, porque vivo em um Mundo paralelo, quase sempre me ferro, mas nunca desisto de testar minhas mirabolantes idéias.


Bueno, depois de ter várias reuniões comigo mesma, aquelas coisas de praxe “preciso rever isso, resolver aquilo, ligar pro fulano…”, resolvi mudar, pois a convivência comigo mesma estava ficando difícil. Tomei a decisão de fazer Pilates. Excelente idéia eu tive.
 
Fui pra aula experimental. Um luxo! Cheguei empolgada pensando que eu já ia sair me pendurando naquele monte de aparelho. Em uma crise momentânea de identidade, pensei ser a Daniele Hypólito, sei lá. Aham, claro. Sabe qual o primeiro exercício que a profe me deu? Respiração! “Tu vai ter que aprender a respirar!”, disse ela. Pensei comigo, “como sobrevivi até hoje sem saber respirar?”.  Mas tudo bem, fiz o que ela mandou, pensando seriamente que se eu tivesse decidido fazer yoga, a aula seria mais puxada. Mas antes que eu pudesse falar qualquer coisa, a profe veio com “agora tu vai alternar a tua respiração com o movimento”. Ok, tava começando a ficar legal! “Iinspira, levanta a perna, expira, baixa a perna…”
 
Fomos para o primeiro aparelho, deitei numa prancha, encaixei os ombros e botei os pés numa barra de ferro que ficava em frente. Prestei atenção nas instruções do exercício: “empurra com as pernas que tuas costas estão sobre uma espécie de carrinho. Só cuidado porq….. BUM! A prancha voltou muito rápido e com a força, quase voei do aparelho. Morri de vergonha, achei que eu tivesse detonado o aparelho. A profe me olhou e disse: “eu estava acabando de dizer que as molas são fortes e tu deveria vir devagar, segurando o carrinho com a força das pernas”. Nesse momento, a cor da minha cútis mudou para um tipo de vermelho quase roxo.
 
Feito o exercício, fomos para o próximo. Muito fácil de início, até a hora que ela falou: “Agora tu vai fazer o seguinte: inspira, levanta a cabeça como se fosse fazer um abdominal. Na hora que tu levantar a cabeça, tu vai levantar a tua perna esquerda junto (notaram o tempo que eu fiquei inspirando?). Expira e desce a cabeça e a perna. Vamos lá, 10 vezes!”. Nessa hora eu suei. Como eu vou coordenar meu corpo pra fazer isso? Exigiu muito da minha concentração, mas foi. O calorão subiu e o bigodinho de suor chegou junto. Lembrei que eu ainda tenho músculos, porque eles se pronunciaram nessa hora… Meu abdômen cantava incessantemente, “estoy aquí, queriendote, ahogándome”. Acabei aquela série e parecia que eu havia corrido um quarteirão e a partir daquela hora eu vi que o negócio não era brincadeira.
 
Fui para o próximo aparelho. Era tipo uma caixa, com uma espécie de alavanca. Eu deveria sentar naquela caixa, somente com um lado da bunda (???), esticar a perna direita e tocar no chão só com a ponta do dedão, a mão direita eu apoiava naquela alavanca e a esquerda eu fazia um movimento como se estivesse contornando um sol beeeem grande. Conseguiram entender? Fácil, não?! Bom, o meu peso era para estar distribuído. Mas não estava! Quase cai para o outro lado.
 
Mas entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Hoje é minha segunda aula. Sim, me matriculei no estúdio. Adorei a dor que senti no meu corpo inteiro, adorei todo o processo, adorei não pensar em nada durante um hora. Até porque não tem como pensar em outra coisa além de “inspira, expira e gruda o umbigo nas costas”. O Pilates acordou meus músculos a apesar da dor-do-dia-seguinte, aconselho que todos experimentem. Agora, honrando a minha profissão de publicitária, lá vai o jabá: Pilates Estúdio – Fone: 3568 5776 – C/ Cristina ou Karine.
 
Depois me contem…
 
* Vanice Schuch é publicitária, geminiana e escreve às vezes, quando tem vontade…
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Packing

Ainda lembro de como tudo começou. Eu tinha 14 anos e decidi que nos 15, não colocaria vestido repolho de jeeeeeiiiito nenhum. Eu queria mesmo era ir pra Disney. Era praticamente o mesmo preço de uma festa. Aliás, nos dias de hoje eu tenho certeza que uma viagem pra Disney é mais barata que uma festança de 15 anos. Argumenta de lá, argumenta de cá… e me fui! Eu e um bando de outros “adolescentes”, todos vestidos de verde, seguindo uma tia, lá na frente, que segurava uma bandeira.

Foi incrível! E depois disso eu nunca mais parei!
Aos 19, no meio da faculdade de jornalismo, percebi que eu precisava aprender inglês quase que por osmose. Pra ontem! E lá fui eu atrás de pacotes e cursos no Canadá. Até hoje eu não entendo o porquê, mas tenho um fascínio por aquele país. Talvez o plátano na bandeira, não sei. Mas aos 19 eu tava lá, janeiro, um friiiiiiiooo, neve cobrindo a cidade toda. Minha “família” foi me buscar no aeroporto: a Julie, uma mãe de uns 30 anos, e o Andrew, um menino de14. Nossa, lembro até hoje que o Andrew veio no carro falando o tempo todo. E eu sabia apenas dizer “I love you”, “thank you” e “fuck you”. Lucky me!

Bom, voltei do Canadá com a cabeça muito mudada. Lá a gente conhece muita gente, de vários lugares. Queria visitar todos. E realmente fui. Bom, não fui visitá-los, mas fui ao mundo. Em 2006, durante a Copa da Alemanha, eu e a Mônica fomos de mochila, passar dois meses na Europa. Foi a viagem mais incrível da minha vida. Couch Surfing, culturas novas, países antigos, arquiteturas maravilhosas… e a Croácia… Que paraíso!

Ao todo foram 14 países. Deixa eu ver se me lembro: Alemanha, Holanda, Bélgica, França, Espanha, Portugal, Irlanda, Inglaterra, Itália, Grécia, Hungria, República Tcheca, Croácia e Eslovênia. Não necessariamente nessa ordem!Voltei do mochilão e um tempo depois fui trabalhar na Abicalçados. Era o emprego certo pra mim. Como se, desde os 14, eu estivesse me preparando pra ele. Pela Abi eu viajo bastante. Já fui pra Alemanha, Itália, França, Hong Kong, Japão. Dessas viagens, ainda tive oportunidade de tirar umas férias e conhecer a Suécia e a Tailândia. E tenho certeza de que muitos outros lugares ainda virão.

Bom, hoje embarco para mais uma feira em Paris. Enquanto estiver por lá, tentarei escrever sempre que for possível… Ou sempre que der um intervalinho entre Kit Kats e champas. 😉De Paris, vou para Bordeaux conhecer a cidade e fazer um “Wine Tour”.

Enquanto isso, quem quiser me enviar textos, eu edito e publico. Também publicarei textos de autores que eu gosto, mas que tem a cara do blog. Espero que gostem.

Amanhã tem surpresa!

Beijos e até a volta!

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Entre escombros

O terremoto foi no Chile, mas a devastação foi lá em casa. Não consigo entender como é que uma só pessoa consegue fazer a casa ficar do jeito que ela está. Euzinha, sozinha, consigo transformar uma casa recém faxinada em um pós tsunami bem mais rápido do que vocês imaginam. Deve ser um dom, só pode.

A louça vai acumulando na pia, como sempre, até que nem eu mesma aguento mais, vou lá e limpo tudo. Tenho certeza que seria mais fácil ir lavando conforme eu fosse usando. Mas a gente tem dessas coisas. Ok, EU tenho dessas coisas… Não quero estragar as unhas, deixo pra depois!

E as roupas? ODEIO mexer com roupa. Lavar, recolher, passar dobrar… aaaaaaaaaaahhhh, que saco! Isso sem falar no GUARDAR. Tenta botar Porto Alegre dentro de São Leopoldo. É mais ou menos isso que acontece quando tento guardar minhas roupas. Simplesmente não-tem-lugar. Não cabem no roupeiro. E o resultado disso, óbvio, é uma pilha de roupas jogadas no encosto de uma cadeira.

Limpar banheiro nem passa pela minha cabeça. Esse fica mesmo pra faxineira, quando ela vem. Não nasci pra isso, sabe? Limpeza, essas coisas. De vassoura em punho e balde como munição, por vezes encaro uma limpeza pesada, mas mesmo assim, nunca fica bom. Meu dom é o da bagunça, não o da organização.

Esse é um dos ônus de se morar sozinha… e de não ter dinheiro para contratar uma faxineira fixa, é claro! PRECISAMOS ARRUMAR A PRÓPRIA BAGUNÇA. Ou não, e viver entre escombros…

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O cúmulo do azar

Dia desses a Leti me perguntou se eu achava que o caso da Mega Sena, em Novo Hamburgo, era má fé ou o cúmulo do azar. E eu digo que, com má fé ou com boa fé, pra mim, é o caso que conta com o maior número de pessoas azaradas da história. O dono da lotérica pode ter como prática, por exemplo, não registrar alguns jogos durante o dia e ficar com o dinheiro pra ele. Ele pode autorizar a aposta em “bolões”, como foi o caso, mesmo sabendo que a prática é considerada ilegal pela Caixa. Mas vamos combinar, quem um dia sonharia que um desses bilhetes seria sorteado??? Quem?? Poxa, ter uma aposta premiada feita na sua lotérica é quase tão difícil quanto ganhar o prêmio em si. Daí, de sei lá quantas apostas que foram registradas no dia, o bilhete sorteado foi exatamente um dos 45 NÃO registrados?

Agora, maaaais azarados ainda são os supostos ganhadores do prêmio. A sensação que eu tenho é a de que toda a sorte que lhes foi dada, durante a vida toda, foi gasta assim… num erro da funcionária (ou não!). Imagina a felicidade das criaturas conferindo os bilhetes? Pulando de alegria! Pagando rodadas e rodadas de chopp pros amigos… Pra no dia seguinte ir buscar o prêmio e descobrir que tudo não passou de um sonho distante… E não vou nem me estender  na situação da coitada da funcionária que esqueceu de registrar as apostas.

Nessas horas nada explica melhor a situação do que a frase postada por Rafinha Bastos no Twitter:
“Perder a Mega-sena por não registrar a aposta premiada é como levar a Angelina Jolie pro motel e esquecer o pinto em casa.” Eu diria que é o mesmo que marcar um encontro pela internet e quando chegar ao local, o cara ser o seu namorado. É cair num palheiro e se espetar com a agulha. É cavar um túnel e cair dentro de uma fossa.

Quando decidi escrever sobre isso, pesquisei no oráculo sobre algumas notícias de azar puro e simples. O que mais aparece é sobre pessoas atingidas por raios. Tem um cubano, o nome dele é Jorge Márquez, que já foi atingido CINCO vezes. Eu diria que são raios teleguiados na direção dele, só pode. Mas nem acho que ele seja tão azarado assim, afinal, sobreviveu as cinco descargas elétricas sem sequelas.

Eu tento não dar chance pro azar. Só saio pra rua em dia de raios e relâmpagos com alguém mais alto que eu (difíííícil!), e de preferência, que essa pessoa caminhe com o  braço erguido. Só pra garantir.

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Vergonha alheia


Não sei vocês, mas eu moooooorro de vergonha pelos outros. Acho que nasci com isso e, com o advento Sandy e Júnior, meu problema se agravou. Eu tinha tanta, mas taaaanta vergonha por eles cada vez que eles apareciam na televisão, que não sabia se fechava os olhos, me escondia atrás do sofá ou simplesmente desligava a TV. Como alguém tem coragem de aparecer em rede nacional cantando “Quê cocê foi fazê no mato, Maria Chiquinha?”. Ai quando eu me lembro disso. Era o fim.

Tem gente que gosta. Lembro do Gabi ter me dito uma vez que adora filmes que fazem a gente morrer de vergonha. Tipo “Quem vai ficar com Mary” ou “Entrando numa Fria”. Não posso dizer que não gosto desses filmes, pelo contrário, me divirto muito… O problema é que essa diversão passa por um sofrimento intenso tentando amenizar os micos que os coitados dos protagonistas pagam durante aquelas duas horas.

Agora, problema meeeesmo, é quando a vergonha alheia, a famosa VA, acontece por alguém que está bem perto da gente. E como acontece! Nossa! Sabe quando a gente acaba rindo de nervoso? Sem saber o que fazer? As vezes acho que eu tenho mais vergonha do que a própria pessoa. Aliás, acho não, tenho certeza. Porque na maioria da vezes, a pessoa nem sabe que tá pagando o vale. Sofro sozinha.

Tem um programa, não sei qual o canal. Também não sei o nome e nem quando passa, mas é no fim de semana, ou sábado ou domingo. Quem apresenta é o Rodrigo Faro. E é tipo aqueles de casaizinhos, sabe? Tipo um que tinha do Silvio Santos “Quer Namorar Comigo?”. Nossa, é muito constrangedor. Mesmo assim, eu não consigo NÃO VER. Chega a ser um certo mazoquismo da minha parte. Chego a me contorcer de tanta vergonha.
Também morro de vergonha de gente que se acha. Principalmente quando se acha bonito ou sexy. O Latino por exemplo. O Faustão também me mata de vergonha, mas não porque ele se achar bonito, obviamente, mas porque ele é tosco. Quando tem artista internacional e os coitados se vêem em um programa de auditório, apresentado por um cara que só fala merda… Mico total pro Brasil inteirinho. E eu trabalhando pra melhorar a imagem do País. Lamentável!

Agora, o melhor de todos é aquele cara do French Kiss???? Alguém viu? O link é esse aqui, pra quem não teve o privilégio: http://www.youtube.com/watch?v=awWBd1wqYWU

Depois disso eu não sei se choro, se dou risada, ou se nunca mais na vida eu beijo na boca…
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TPM e tudo o mais que vem no pacote

Enganam-se aqueles que pensam que só as mulheres tem TPM. Ok, só elas podem chamar de Tensão Pré Menstrual aquela irritação absurda e aquele mau humor do cão, que te deixa a ponto de matar qualquer um a tiros, e que surge do nada, de um dia pro outro. Mas os homens também sofrem desse mal. Aliás, sofrem quando estão na TPM, e sofrem mais ainda quando devem aguentar a nossa!

Mas a nossa TPM é bem pior. Beeeeeeem pior. Porque ela não vem sozinha. VEM NO PACOTE!
Começa com aquela carência. Queremos abraços, beijos, carinhos. Parece que ninguém nos compreende de fato! É bem nessa fase que dá aquela vontade incrível de comer doce. Barras e barras de chocolate… Ah se as paredes fossem de chocolate! Depois de se entupir de doce, somos automaticamente promovidas a próxima fase: ficamos tristes pois estamos gordas!

Nessa fase nos emocionamos com qualquer coisa. Desde a sombra em forma de passarinho que as roupas jogadas na cadeira criaram na parede, até o cubo de gelo, que se estilhaçou quando fomos desenformá-lo. Tudo é motivo pra choro. E não adianta, não sabemos explicar. Muito menos controlar. A gente se sente gorda, inchada, feia e torta… Nunca nos peçam para assistir filmes românticos ou ouvir música sertaneja nessa época, a não ser que queira morrer afogado em lágrimas!Passando isso, chega a fase boa. A fase do QUEBRA-TUDO. Eu sei que ninguém pediu, mas vou dar um conselho: nunquinha na vida pergunte a uma pessoa que se encontra nessa fase se está tudo bem. Gente, tá claro na cara da pessoa que não está. Tá nos olhos, cheio de raiva e vingança, que tudo o que elas querem é que tu suma, saia correndo, o mais rápido possível… senão ela te alcança… e aí já viu! Não me responsabilizo! Já ouvi falar de mulheres que cometeram assassinatos e que foram libertadas pois alegaram estar na TPM. Eu me preocuparia…

Depois de tudo isso, ela aparece: a temida CÓLICA! Olha, tenho quase certeza que nenhum homem seria capaz de sobreviver a uma crise de cólicas. A sensação é de que tem alguém ali dentro da gente, brincando com nosso útero como se ele fosse uma daquelas bolinhas que se usa para fazer exercício de tendinite no punho, sabe? Aperta, aperta, aperta. Falo por mim, mas não acho nada divertido!Não sei se repararam, mas até agora, nada de menstruação. Ou seja, tuuuudo isso, culmina em uma semana usando uma espécie de fralda e sentindo aquela sensação de que se está fazendo xixi em tempo integral. Isso sem contar a preocupação toda com os vazamentos. Detalhe: em todos esses 10 dias desesperadores, devemos estar lindas e loiras, com sorriso no rosto e sempre dispostas, porque senão ainda reclamam.

Devo confessar que o post de ontem foi meio que Tepeêmico. Mas não se preocupem, já estou no último estágio. Daqui pra frente, a tendência é melhorar.

 

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Antes tarde do que mais tarde ainda…

Apesar de muita gente ter vindo me dizer que espera ansiosamente pela publicação do meu post diário, algumas pessoas disseram não ler meu blog pois escrevo demais. Olha a que ponto chega a preguiça das pessoas!! Ainda se eu dissertasse sobre os problemas do mundo, filosofasse sobre a origem da nossa existência, ou ainda, se eu tentasse fazer um texto literário… MAS NÃO!

Sabe, não é minha intenção escrever muito. Mas acontece que quando eu penso num post, o texto já surge inteirinho na minha cabeça. Abro o editor e cuspo o texto de uma vez só. Só depois que eu vou ver que tamanho ele ficou. É rápido isso! Tem vezes que escrevo dois ou três posts em um único dia, mas deixo salvo esperando para publicá-los no dia seguinte. Que culpa eu tenho de gostar de contar histórias? De gostar de escrever? Se eu conseguisse sintetizar tudo em 140 caracteres, não teria criado o blog, publicaria tudo no Twitter.

Tem uma menina, não lembro o nome dela agora, que tem uma espécie de vídeo blog. Ela senta na frente da câmera e solta o verbo. Será que assim o blog teria mais adesão? Mas acontece que, apesar da minha nerdisse aguda e amor as tecnologias, prefiro escrever. Não tenho aquelas expressões faciais dignas de teatro para poder narrar uma história com a mesma emoção que passo em meus textos. E estava com saudade de escrever mesmo… Coisa de jornalista, eu acho!

Enfim, o fato é que eu acordei meio desanimada hoje! Pensei em apenas publicar uma imagem, sei lá! Aí entrei aqui no blog e o editor de texto não estava funcionando. Pensei: “Ótimo! Não queria escrever mesmo. Assim tenho uma desculpa!”. Só que acontece que comecei a receber mensagens das pessoas me cobrando meu post do dia: Que eu estava devagar, que tinham entrado no blog e ele estava desatualizado, e por aí vai…

Por isso eu tô aqui, explicando tudo isso pra dizer que:
1 – Algumas vezes o site do Blogger estará fora do ar. Tentem sobreviver relendo posts antigos.
2 – Algumas vezes eu vou acordar sem inspiração, mas prometo fazer o meu melhor.
3 – Normalmente meus posts serão longos. Aprenda a viver com isso!
4 – Se esforce, mas leia os posts até o final. Na maioria das vezes eles são bacaninhas e aposto que lhe renderão algumas risadas.
5 – Se mesmo se esforçando, achar que o post tá grande demais, pula e vai pro próximo!
6 – Se tu não lê o blog diariamente e reclama que quando entra tem muito post para atualizar, azar o teu. Leia só aquilo que tens vontade e pronto!
7 – Sugestões de assunto são sempre bem vindas. Mas lembre-se, a sugestão é só quanto ao assunto. O texto e os créditos por ele serão todinhos meus.
8 – Se quiseres escrever um post para publicar no meu blog, fique a vontade. Mas só publico se ele estiver bem escrito, coerente e se for sobre um assunto interessante (tanto quanto o sumiço dos cadarços!). É só mandar para ramos.ro@gmail.com que eu avalio. Me achei A EDITORA agora!

E tenho dito!

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Perdi a hora

Dizem que com a mudança de horário, ganhamos uma hora. Tenho certeza que já perdi a minha! Se alguém encontrar, devolve. Tô precisando!

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