Monthly Archives: junho 2010

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A draga

Já disse, aqui mesmo nesse espaço, que odeio gente que come e não engorda. Já disse também que não invejo aqueles magros que vivem de alface, mas odeio de morte aqueles que passam 24 horas por dia mastigando enquanto que, só de pensar em comer uma coisinha gostosa que seja, já engordo.

Pois bem, ontem (tá, não sei quando vou publicar isso, mas no momento em que eu escrevo, isso foi ontem!) fui ao jogo do meu querido tricolor e, como tem acontecido nas últimas vezes, o Véio estava de plantão e nos encontraria direto no estádio. Ele saiu cedo do trabalho, umas duas horas antes de chegarmos, e aproveitou para fazer uma boquinha. Sentou no buteco, pediu um xis e uma Polar. Terminada a refeição, olhou no relógio e percebeu que ainda faltava muito tempo para que chegássemos. O que fazer? Melhor passar o tempo na companhia de mais um xis e mais uma Polar. E ele comeu! Não porque ele estava com fome, mas para passar o tempo. DOIS xis!
Chegamos, compramos algumas cervejas e o Véio nos conta, então, que havia comido dois xis. Pensei comigo: “aposto que esse desgraçado ainda vai chegar em casa e jantar uma pratada de comida”. Nem precisei esperar muito.
Durante o jogo, o Diego comprou um cachorro quente. Ofereceu. Ninguém quis, a não ser o Véio. Aham! Tascou uma dentada no cachorro do Diego. Aí eu comprei um Fandangos (tá, confesso, ontem decidimos não assistir o jogo da Geral, mas junto aos pipoqueiros da bandeirinha de escanteio). O Fandangos foi divido entre Paulo, Diego, Beta e… o Véio. Óbvio! Aí abriu o apetite do Paulo que foi lá comprar um cachorro quente pra ele. Pra não fazer desfeita, o Véio experimentou esse também.
Não quero nem perguntar, mas aposto que quando ele chegou em casa, ainda fritou o bife que ele tinha deixado descongelando de manhã. Véio, só não te odeio porque te amo! Mas que draga, hein?

Exercício de auto-estima

Beta: O que a Rô achou do roteiro?
Diego: Adorou! E o outro comentário, sobre a parte do “eu sou uma gênia”: _ “Não sei quem é pior, se é tu ou a Beta…”
Beta: E temos culpa por sermos tão bons?
Diego: É o que eu sempre digo! Irritantes são aqueles que se acham bons mas não são bons. Isso sim, me irrita! Mas como nós somos o máximo, podemos nos achar o máximo!
Beta: Também acho! Na real só falamos a verdade.
Diego: É!
Beta: Aquilo que ta aí, pra todo mundo ver.
Diego: Eu até gostaria de ser mais comunzinho, mas não consigo!
Beta: Eu não! Não gosto de gente comum.
Diego: É natural. Esse nosso diálogo renderia um bom exemplo pra quem sofre de baixa auto estima.

Diego: Vou mandar nosso diálogo pra Rô. Ela vai amar! Mas sabe o que é pior? Ela também se acha a tal, mas não diz. Faz um estilo meio retraída, sabe? O que é uma pena!

Beta: É que pscicologicamente falando, quem é bom, é reconhecido, não precisa sair por aí alardeando.
Diego: Mas eu sou reconhecido normalmente. Mas gosto de alardear!
Beta: Avisar ao mundo daquilo que eles devem reconhecer, né?
Diego: Exato! Já pensou o quanto as pessoas que não nos conhecem e não convivem com a gente perdem a todo instante?
Beta: Vou publicar nosso diálogo no blog. Assim todo mundo fica sabendo!
Diego: Boa! Viu, tu me deu pista, aí meu avião saiu voando a milhões!
Beta: Não é pra quem quer, é pra quem pode!

A piromaníaca da lareira

E começa um novo inverno. Eita faceirice! Isso porque há um tempo eu me descobri uma piromaníaca (pessoa que tem loucura, obsessão por fogo). Me descobri assim depois que mudei para um apartamento que tem lareira.
A história começa no cemitério.
Quando começou o frio, no ano passado, eu notei que havia um tiozinho que vendia lenha num caminhão a caminho do fórum. O caminhão ficava na frente do cemitério municipal e eu passava diariamente por ali. Num daqueles dias de frio de rachar cuca, decidi que havia chegado o momento de comprar a lenha e, finalmente, inaugurar aquela tal lareira que se encontrava lá, no meio da sala.
Parei por ali e me apresentei para o tiozinho dizendo que eu nunca tinha usado a lareira e fazendo mil perguntas sobre o que eu deveria comprar. O tiozinho me olhava, parecia atônito. Aí ele resolveu abrir a boca e eu notei que não havia nenhum dente por ali. Por consequência disso, seria quase impossível entender qualquer coisa que ele tentasse me explicar.
Assim , fui pra casa com dois sacos de cada coisa que ele tinha lá pra vender. Deveria dar conta do recado!
Cheguei em casa e esparramei os sacos pela sala, afastei o tapete e comecei…
Primeiro coloquei uns seis pedaços de lenha enfileiradinhos e fui com o fósforo tacar fogo! Claro que eu não acertaria de primeira. Então tive a brilhante idéia de usar jornal!!! Isso! Jornal deveria funcionar…mas nada, nécas mesmo! Uma fumaça cinza começou a se espalhar e contaminar o apto. Eu já estava parecendo a nega-fulô!
Depois dessa primeira experiência eu aprontei várias, todas frustradas, apesar de eu sempre perceber uma pequena evolução. Aí um dia a minha tia sentou do meu lado e me ensinou que agente tem que fazer filetes de madeira ou colocar umas pinhas que a lenha pega fogo bem mais rápido e sem tanta fumaça. Não sei porque eu não pensei nisso antes!
Hoje eu QUASE sei fazer o fogo rapidinho! Mas o melhor é que depois que a coisa pega eu fico atônita. Nem a televisão, o computador ou o vício pela internet me pegam mais. A minha atenção se concentra totalmente no fogo, nas brasas, em colocar mais e mais lenha pro fogo subir e subir.

Várias vezes já cheguei a sair correndo procurando um espelho pra ver se eu ainda tinha sombrancelhas! Mas nada demais aconteceu, eu só fico lá observando e colocando mais lenha. Me descobri piromaníaca! Adoro o inverno!

* Daniele Altenhofen é amiga da blogueira, advogada e gosta de brincar com fogo!

Cada um cada um

Eu sei que sou diferente. É fato! Mas estranha, não!
Acontece que gosto de umas coisas estranhas, isso sim! Principalmente quando se trata de comida!

Não gosto de pinhão. Não sei bem o que é. O fato é que quando eu mordo, parece que dá um negócio lá nos carrinhos, sabe? Ui! Também não gosto de coco. Detecto há quilômetros de distância. Pode ser só um pouquinhozinho de leite de coco na receita. Eu descubro. Sério! Agora, água de coco eu amo! Não sei explicar, sou assim e pronto!

Também não gosto de manga. Tenho lembranças de uma época em que eu gostava de manga, mas não mais. De qualquer forma, não é algo que, se tiver lá, misturada com outras coisas, me impeça de comer! É um lance meio que de textura eu acho. Igual pudim e gelatina. Não gosto dessa coisa flambada que quando a gente come parece que se esmaga contra os dentes.

Não como peixe de nenhum jeito que não seja cru. Peixe cozido, assado, frito ou recheado, nem pensar! Agora, sashimi, hummm, amo! Também amo polvo, ostras, mariscos, mexilhões e afins! E escargot! Ai que delícia! Necessário abstrair do fato de que estamos comendo lesmas, mas que é bom, ah, isso é! Comi uma espécie de ostra lá no Japão, só que a bichinha tava viva! Se contorceu toda quando eu taquei limão. Tá, experimentei, mas nunca mais! Gosto bem ruim!

Escolher comida com ela olhando pra gente também não é comigo. Já aconteceu, pesquei o peixe e depois ele voltou pra mim, transformado em sashimi, mas ainda tendo espasmos. Ou nas Filipinas, a gente tinha que escolher nos tanques entre mariscos, ostras, lagostas, carangueijos, camarões e peixes. Fiquei nos que não tinham olhos! Ou nos que eram muito, mas muito feios mesmo.

Amendoim eu não suporto nem o cheiro. E se alguém comer perto de mim, pode ter certeza de que eu vou saber. É mais forte que eu. Mas nozes, castanhas, pistache… adoro! O problema é mesmo só com o amendoim. Agora, bom é o pão de queijo da Naiany. Daqueles legítimos mineirinhos mesmo…

Mas minha comida preferida de todas do mundo inteirinho é uma só: sorvete de menta com pedaços de chocolate! Hummmm! Coisa mais boa que é arrancar um siso e poder se esbaldar de sorvete sem culpa!
Taí: diferente, sim, estranha, não!