É, viver cansa. As vezes cansa de um jeito bom. As vezes cansa de um jeito nem tão bom assim. Mas que cansa, cansa. Ainda mais se a pessoa decidiu que quer viver 10 anos a mil. Sério, as vezes não sei de onde tiro essas ideias…
O cansaço mental é horrível. Péssimo! Dá uma sensação de que a gente não vai conseguir fazer tudo a tempo, ou que já não sabe de mais nada, ou que não quer mais discutir, ou que simplesmente quer jogar tudo pro alto e sair por aí andando, sem rumo. Cansaço mental é foda. Chega a dar um desespero na pessoa. Eu fico coberta por post its. Coloridos. De vários tamanhos. Lisos ou com bichinhos. A louca dos post its.
Parêntese para o que acaba de acontecer: “Nana Ramos diz: Beta, tu ja me falou isso umas três vezes. Tu ta maluca?”. Talvez eu esteja.
Mas a melhor coisa quando se atinge um nível alto de cansaço mental, é buscar o cansaço físico. O cansaço físico libera a mente. Põe tudo pra fora. Coisa mais boa é sair correndo por aí, cada vez mais rápido, ouvindo um hard core pegado, sem pensar em nada…
Cansaço físico é gostoso. Dói as vezes, mas sei lá, parece que deixa o corpo pronto pra receber um monte de energia novinha em folha. E não tem diferença nenhuma se ele vem de um campeonato de vôlei em que a gente jogou quatro jogos seguidos ou de um dia de limpeza pesada no apartamento novo. A sensação de esgotamento é a mesma, e a necessidade daquela massagem gostosa e relaxante também é a mesma.
O fato é que viver cansa mesmo, e cabe a gente saber lidar com isso. Cabe a cada um conseguir dosar o cansaço com pitadas de amigos, molho de gargalhadas com vinho e uns palavrões, que vez ou outras saem por aí descontroladamente… Afinal, viver é bom pra cacete e, independente da hora em que o despertador vai tocar amanhã, o que eu quero é me divertir!