Salve Nana, Salve Jorge

A data de hoje é muito especial por dois motivos:

O primeiro – Hoje é o dia da Nana que, pra quem não sabe, é minha irmã querida. De sangue mesmo, não daquelas que a gente escolhe. Mas se eu tivesse que escolher, tenho certeza que escolheria ela mesma pra estar comigo em todos os momentos que já passamos juntas.

A Nana é minha irmã caçula e única. Mas mais do que isso, é minha parceira, de alegrias e tristezas, de brigas e gargalhadas. Minha melhor amiga! Aquela que diz quando a roupa me deixou gorda, quando me deixou magra. Quando gostou do corte de cabelo ou quando eu tenho que mudar URGENTE! Aquela que chora e sai batendo porta, mas que no outro dia tá tudo bem! Afinal de contas, somos irmãs, e isso é o mais importante!

Parabéns Nanoca pelos 26 aninhos de muito surf, muitas festas, muitas tequilas e muitos sorrisos. Que venham outros muitos.

O segundo motivo – Hoje é dia de São Jorge. E esse cara é foda! A Nana que o diga. Era só ela ficar gripada que o pediatra aparecia para uma visita. Bom pra ela, que divide essa data com ele. 
 
Que São Jorge continue nos protegendo sempre, matando um dragão por dia e abrindo nossos caminhos. Com ele à frente, não há nada a temer.
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Quando se planta la bela polenta

Sonhei com polenta essa noite. Não lembro exatamente como foi, mas lembro que não tava dando certo. Fiquei lá, mexendo, mexendo, mexendo, mas continuava toda abatumada. Também pudera, nunca fiz polenta na minha vida, como eu acertaria de primeira? Aliás, nem sou uma polenteira de carteirinha. Nunca tenho assim, vontaaade de comer polenta. E se tiver que optar entre ela e um cremoso purê de batatas, vou no purê de olhos fechados.

Enfim, lembro que no sonho eu tentava ler o modo de fazer que deveria ter atrás do pacote, mas era como se algo me impedisse de chegar até ele. Então peguei um potinho pequeno, taquei o pó dentro, misturei água fria e comecei a mexer. Agora pensando, realmente não tinha como dar certo, porque polenta se faz na panela, não é?

Não lembro o que eu sonhei depois disso, mas tenho quase certeza de que não cheguei a por a tal mistura no fogo. Talvez meu subconsciente tenha tido um instante de consciência e lembrou que eu tô sem fogão até a mudança. Ou talvez a polenta tenha invadido meus pensamentos pra me lembrar de jantar antes de dormir, na próxima vez!

Em homenagem a la bella polenta cosí tcha tcha pum, tcha tcha pum, segue o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=dFEv8psnPPY

E abaixo a receita da polenta, assim, no próximo sonho, talvez eu consiga saborear a dita cuja:

Ingredientes:
• 2 litros de água
• 1 colher (sopa) de sal
• 2 colheres (sopa) de manteiga
• 400 g de fubá mimoso

Modo de Preparo:
Coloque a água para ferver e acrescente o sal e a manteiga. Assim que iniciar a fervura, comece a acrescentar o fubá aos poucos, mexendo sem parar para que não empelote. Colocado todo o fubá, continue a mexer regularmente. Para um perfeito cozimento, o ideal é que a polenta cozinhe por 30 minutos em fogo baixo. Despeje em um refratário e salpique com parmesão, podendo cobrir com o molho de sua preferência.

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A salvação da semana

Não há como negar, o feriado de hoje salvou a semana. Não que esse feriado em si tenha salvo essa semana especificamente. Não! Um feriado em quarta-feira transforma a segunda na quinta, a terça na sexta. É como se passássemos a semana inteirinha sem aquela nostalgia típica do domingo, ou melhor, sem o mau humor característico da segunda-feira.

Delícia ficar em casa assistindo a Sessão da Tarde e chorando com o filme do porquinho que era amigo da aranha. Tão lindo! Dá quase que para matar a saudade daquela época de Goonies, Conta Comigo e Família Buscapé. Ou de manhãs assistindo Ducktales, Muppet Babies, Ursinhos Carinhosos, Cavalo de Fogo… Só um feriado no meio da semana traz de volta essas lembranças do tempo em que passávamos pelo menos metade do dia em casa, estressadíssimos por causa da prova de história.

Nem minha aula de finanças de sexta-feira me fez estudar ou ao menos sair daquilo que eu havia planejado pra hoje: fazer nada! Uma boa manhã de sono, almoço na casa da mamãe, edredon no sofá, computador no colo, televisão aberta e Johnnie e Jack dormindo onde encontram espaço. Eu e minha incrível companhia, só aguardando pelo jogo do Grêmio de logo mais, tomando uma tacinha de vinho para relaxar!

Se deixassem, eu trabalharia duas horas a mais todos os dias só par folgar na quarta. Ai ai, coisa boa!

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Em boas companhias

Sei de muita gente que não gosta de ficar sozinho, de estar sozinho. Aliás, acho que não conheço alguém que goste… além de mim, é claro! Calma, calma! Não sou daquelas que vive no mundo virtual, se alimenta de giga bytes e tem dificuldade em lidar com o lado social. Muito pelo contrário!

Eu adoro gente. Adoro sair com os amigos. Adoro ficar junto só por ficar. Adoro fazer nada a dois. Adoro beijo na boca. Adoro jantar no japonês. Adoro jogar conversa fora. Adoro participar da roda de chimarrão do fim do dia. Enfim, adoro socializar…

Mas posso falar? Gosto muuuuito de ficar sozinha. Sabe? Gosto muito da minha própria companhia e, dependendo do meu humor, estado de espírito, época do mês, ou mesmo quantidade de dinheiro na carteira, só eu mesma pra me entender. E ainda assim é difícil!

Apesar das características mais do que escorpiônicas da minha personalidade, meu ascendente atua fortemente nessa área. Esse espírito de liberdade, típico de aquário (junto com a nerdisse, é claro!) está comigo desde sempre. Esse ímpeto de fazer o que eu tenho vontade, na hora que eu tenho vontade, do jeito que eu quero, sem dar satisfações pra ninguém, é mais forte do que eu! Mas difíííícil fazer outros entenderem!

Acho que aprender a estar sozinho e sentir prazer nisso é de grande valia para o autoconhecimento. E no meu ponto de vista, é só através do autoconhecimento que podemos conviver melhor, aprendendo nossas limitações, nossas irritações. Aprendendo que cada um tem um tempo e que não adianta querer sair por aí acelerando as coisas. Agora, o melhor do autoconhecimento é aprender a SE respeitar e a SE aceitar. Assim, antes de querer mudar, a gente tenta se adaptar!

Experimente!

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Muambas

Como devem ter percebido nos meus posts sobre Hong Kong, me passei nas muambas e comprei um MONTE de coisas por lá. Antes disso, também tinha trazido algumas inutilidades domésticas da França. Lembram? Pois bem, eis que estou usando tudo! TUDINHO!

Tudo começou, obviamente, com meu super-ultra-mega-power-lindo Mac Book todo branco, com uma maçã em cima. Mas tudo bem! Esse eu tinha certeza que usaria. Entre fotos e vídeos, acabei transferindo o modem pra sala porque não sei qual a senha da internet lá de casa, logo, não consigo usar a wireless. Palmas pra mim, I know! O fato é que o bichinho tá causando um ciúme danado nos meus filhos já que ocupa o meu colo em praticamente 70% do tempo que eu tô em casa. Os outros 30%?

Bom, os outros 30% são divididos entre meus livros do MBA (tive que rir de mim mesma agora) e minha coleção de vídeo games de causar inveja. No começo era o Playstation 2 e seus joguinhos meia boca. Depois veio o Nintendo Wii e a coisa começou a ficar divertida. Mas agora, nessa última viagem, trouxe um Playstation 3, e agora é loucura total. Nossa, o vício é tanto que ontem, quando voltei da corrida, fiz o alongamento e joguei God Of War III ao mesmo tempo. Sou ninja ou não sou?

Ainda de Hong Kong eu havia trazido um steamer, que eu já usei lá mesmo, e um mixer, que até então era um eletrodoméstico novo na minha vida. Enfim, sexta-feira convidei a mãe, a Nana e o Cu (nhado) para jantarem lá em casa, pois eu havia resolvido estrear a minha panela de crepe, trazida diretamente de Rennes. Para isso, piquei no meu mixer os queijos Brie, Gorgonzola e Gouda, retalhos de presunto, tomate e cebola. Também usei o mixer para a massa. Ok, verdade seja dita, a Nana usou o mixer para a massa. O resultado foi espetacular. Uma delícia! De sobremesa? O melhor crepe de todos os tempos: Beurre salé, que se lê bâââéérrr salé, e que significa caramelo feito com manteiga salgada! Indescritível!

Já adianto que a culpa pela qualidade das fotos é única e exclusivamente do Cu (nhado).

O vídeo ficou um pouco melhor:
http://www.youtube.com/watch?v=AuE1MDTawjM

Ta aí, preciso terminar as coisas do apartamento e estou a beira da falência. Mas quem se importa? Com todos esses brinquedinhos novos, a coifa que espere!

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Dia mundial do beijo

Como se já não comemorássemos um bando de coisas esquisitas, hoje me vieram com essa: Dia mundial do beijo! Desde quando beijo tem dia? Beijo é bom sempre, em dias pares e em dias ímpares, em qualquer horário e em qualquer lugar. É ou não é? Mas tudo bem, pois assim como um beijo roubado é mais instigante do que do que um previamente autorizado, os pretextos para comemorarmos essa data, pouco importam. (Esse trecho foi roubado, confesso!)

Se eu parar pra pensar em um beijo marcante (fora aqueles em que eu era parte participante, é claro), o primeiro que me vem a cabeça é o da Dama e do Vagabundo. Quer coisa mais romântica que o destino agindo através de um fio de espaguete? Aiai!

Agora, se é pra lembrar de beijos da infância, outros também têm espaço. Por exemplo, quem nunca deu um beijinho de esquimó? Friccionando a pontinha do nariz na pontinha do nariz do outro? E o beijo de borboleta? É só dar umas piscadelas na outra pessoa que o contato dos cílios com a pele se encarregam de transmitir a mensagem. E se o intuito é passar uma mensagem, o que dizer daquela lambida cheia de baba que o cachorro dá no dono quando ele chega em casa? Tenho certeza que ninguém se importa com a baba, afinal, o que importa é que o beijo é a máxima demonstração de carinho.

E se o beijo está aí pra transmitir amor, carinho, desejo, deixe-se beijar. Deixe-se amar por aquele beijo forte na bochecha. Demonstre carinho misturando beijo e abraço. Liberte-se nas sensações que aquele beijo que cola lábio com lábio provoca… e que não dá vontade de parar de beijar.
Por fim, se é pra comemorar o que quer que seja no dia de hoje, que seja mesmo um ato do bem. Porque de coisas ruins o mundo já tá cheio.
Beijo, beijo, beijo!
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Eu também faria greve!


Funcionários de cervejaria fazem greve após serem proibidos de beber no expediente

Cerca de 800 funcionários de uma cervejaria dinamarquesa entraram em greve após receberem a notícia de que não poderiam mais beber durante o expediente. Um porta-voz da empresa Carlsberg disse ao jornal inglês Daily Mail que a empresa oferece bebidas não alcoólicas gratuitas para todos os funcionários, mas que as cervejas seriam retiradas das máquinas que fazem esta distribuição. “Agora, só haverá cerveja no refeitório, durante o horário de almoço”, disse o porta-voz.

Segundo ele, as restrições ficaram maiores principalmente para os funcionários que trabalham nas funções de motoristas e estoquistas, já que estes perderam o direito de beber até três cervejas durante o expediente, além do horário de almoço. A greve foi motivada principalmente em “solidariedade” a estes funcionários.

Para evitar que os motoristas burlem as regras, a empresa implantou inclusive novos sistemas de travas nos baús dos caminhões, para dificultar o processo ainda mais.

A companhia informou que as entregas foram interrompidas e que a distribuição por toda Dinamarca pode ser afetada. O órgão responsável pela fiscalização de leis trabalhistas no país prometeu avaliar o impasse entre os funcionários e a cervejaria.

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI132345-16353,00-FUNCIONARIOS+DE+CERVEJARIA+FAZEM+GREVE+APOS+SEREM+PROIBIDOS+DE+BEBER+NO+EXP.html

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Eu, eu mesma e minha cama!

Tem gente que acha que dormir é perda de tempo. Que muito acontece enquanto a gente ta lá, de olhinho fechado, só relaxando. Tem gente que vai dormir depois das duas da manhã e acorda as sete pra trabalhar, como se nada tivesse acontecido. Tem gente que acorda cedo em sábado e domingo pra aproveitar o fim de semana.

EU NÃO! Eu amo dormir! Aliás, acho que dormir é uma das minhas atividades preferidas. E preciso dormir bastante, se não eu só existo. E o mais legal é que, depois de tantas viagens e tantos fusos, adquiri a habilidade de dormir a qualquer momento e em qualquer posição. Só não tentei ainda dormir em pé, por que de resto… Desde quando fazer uma coisa boa é perda de tempo? Não entendo!

Quando a gente dorme, tudo é possível. A gente sonha. Quer coisa melhor? É nesse momento que podemos ser qualquer coisa, qualquer pessoa, em qualquer lugar, com qualquer um. Sem contar o gostoso que é estar numa caminha macia, cheia de edredons fofos. Tenho pra mim que que sábados e domingos de manhã são lendas. Será que existem mesmo?

Depois de ter batido o meu recorde pessoal de vôos em sequência, acredito ter batido também o recorde de sono em sequência. Cheguei de viagem no dia 6 de abril, quase 11 da noite. Óbvio que com a agitação da viagem e o meu relógio biológico mais do que confuso, acabei me entretendo e perdi a hora. Quando eu fui dormir, já era mais de cinco da manhã. Não preciso nem comentar que eu estava num nível extremo de exaustão e, para uma recuperação total e completa, nada melhor do que uma boa noite de sono… ou dia! Enfim, sei que acordei era 7h40… DA NOITE! Sim, dormi mais de 14 horas seguidas.

Acordei por muita insistência de alguns que me ligavam incessantemente. Todos me recriminando, dizendo que eu estava fazendo tudo errado. Que desse jeito eu não conseguiria me readaptar ao horário brasileiro. Ledo engano, my friend! Eles não me conhecem! Acordei, tomei um banho, fui jantar na mãe, voltei e… DORMI DE NOVO! Óbvio!

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Quarto dia e volta pra casa

O plano para nosso quarto e último dia era de irmos mais uma vez a algumas ilhas. Infelizmente, nosso corpinho não permitiu mais do que vestir o biquini e se atirar na primeira espreguiçadeira que vimos. Dói tudo por causa do wake. Bíceps, tríceps, costas, coxas…. É Páscoa e o hotel armou um buffet na beira da piscina para almoço. Resolvemos experimentar e até que estava bem gostosinho. Pelo jeito, aqui não rola o lance dos ovos de chocolate. Os ovinhos são os de galinha mesmo, só que pintados.

A noite fomos no restaurante do resort exatamente ao lado do nosso. Chiquetérrimo! A comida estava ótima e, mais uma vez, nos perguntamos por que foi que decidimos pegar o multicab no primeiro dia.

A volta

Chegou o dia de colocarmos nosso plano em prática. São cinco voos em sequência: Cebu – Manila – Hong Kong – Johannesburg – São Paulo – Porto Alegre. Meu record até então era de quatro trechos consecutivos, quando eu fui visitar o Dudu em Taranto: Bari – Milão – Paris – São Paulo – Porto Alegre. Mas o que nos preocupava mesmo nem era a maratona aérea, mas a terrestre que teríamos que fazer para conseguir pegar as malas em Hong Kong e despacha-las novamente ainda em tempo.

Esqueci de comentar que em Cebu existem policiais por toda parte. Por exemplo, sabe quem nos recebe nos restaurante e pergunta pra quantas pessoas deve ser a mesa? Um policial. Sabe quem abre a porta do shopping center e, caso estejamos carregando uma sacola grande, revisa suas coisa já na entrada? Um policial. Sabe quem fica na saída do shopping center? Aham, ele mesmo.

Se a cidade é assim, imagina o aeroporto. Passamos por uma esteira de raio x antes mesmo de chegarmos no check in. O detalhe aqui, e que eu nunca tinha visto, é que se cobra uma “taxa de aeroporto” na entrada da sala de embarque: 100 pesos pra cada uma. Sorte que eu tinha dinheiro ainda! Lá fomos nós voando de Philippines Airlines. Dá uma olhada no cartaz que tinha logo no check in, dizendo que em caso de emergência, os comissários precisariam da nossa ajuda! Medo!

Chegamos em Manila. O aeroporto é lindíssimo, de primeiro mundo. A sinalização é que é de quinta! Desembarcamos e fomos seguindo a placa de embarque. Eu com uma mochila de rodilha, uma mala com meu super-ultra-mega-lindo Mac Book novinho em folha, e minha bolsa, que tava um chumbo. A Nessa com sua mala de mão, uma mochila, uma sacola e um chapéu de palha, que ela não conseguiu fazer caber na mala. Chegamos no “departure” e, quando fomos passar pelo policial da entrada, ele nos avisa que Cathay Pacific é no outro terminal. Tínhamos que pegar um shuttle que era onde? Do lado de onde desembarcamos. Volta tudo!

Pegamos o shuttle que, obviamente, era cobrado. 20 pesos de cada, e eu contando as notinhas. Bendito Véio que faz coleção de dinheiro. Tinha separado essas notas pra ele! Chegamos no terminal certo, passamos pela polícia e fomos pra fila do check in, de onde só conseguimos sair 50 minutos depois, com assentos separados mas…. COM O CHECK IN DA SOUTH AFRICAN FEITO!! Pronto, uma parte  do plano estava executada com sucesso. A tal taxa de aeroporto aqui era altíssima: 750 pesos, o equivalente a 17 dólares. Por sorte a moça lá aceitava dólar e, por mais sorte ainda, eu tinha dólares na carteira.

O voo pela Cathay foi ótimo, como da outra vez e o piloto chegou em Hong Kong com 10 minutos de antecedência. Seria um sinal dos deuses de que tudo daria certo? Eu e a Nessa só pensávamos no momento de estarmos sentadinhas no avião da South African, relaxadas e tomando um vinho. Mas enquanto isso, pernas pra que te quero. Desembarca, corre, corre, corre, faz imigração, carimba passaporte, corre até o locker, pega as malas, joga fora a caixa do Mac Book, põe as roupas da mala de mão na mala grande, ajeita o chapéu e a bolsa de palha da Nessa por ali também. Transfere o Play 3 da caixa para a mala de mão e pronto, lá vamos nós para o check in despachar as malas.

O aeroporto de Hong Kong é enorme e nosso plano falhou nesse momento. Já não sabíamos mais ao certo para que lado correr. Pega elevador pra cima, desce, olha. Pega elevador pra baixo, desce olha. “Lá tem uma placa. Foi!”. E fomos! Chegamos no check in, que estava super tranquilo, despachamos as três malas e ainda conseguimos uma janela e um corredor, lado a lado. Tudo certo! Faz imigração de novo, carimba passaporte e pega um trenzinho interno, anda, anda, anda e pronto! Sala de embarque já no final da fila pra entrar.

Plano perfeitamente executado! Hora de comemorar com um chadornay e um pinotage sul africanos, geladinhos e deliciosos, assistindo um filme e relaxando um pouco. É apenas o terceiro voo de cinco, mas esse é o mais longo. Um pouco de dificuldade com odores não agradáveis e 13 horas depois, chegamos ao aeroporto de Johannesburg, de onde estou publicando o post. Mais um voo de 8 ou 9 horas e chego em São Paulo. 3 de 5. Agora só faltam dois!

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Terceiro dia

Decidimos que nosso terceiro dia seria dedicado a esportes radicais. Nem tão radicais, vá lá, mas aquáticos, com certeza. Óbvio que o Nigger, amigo do carinha do hotel, amigo do salva-vidas, tinha um amigo que alugava wake board e jet ski, sem contar que esse amigo, tinha amigos no Imperial Hotel e eles poderiam pegar a lancha para fazermos paraseiling. Enfim, lá fomos nós.

Primeiro foi o paraseiling. Simplesmente incrível a sensação de sair de paraquedas de uma lancha em movimento e poder observar aquela ilha imensa, e aquele mar de cores tão incríveis lá de cima. A vista era inacreditável.

Algumas horas e vários pesos depois, demos tchau pros amiguinhos do Imperial Hotel e fomos de jetski para uma casinha flutuante de onde sairíamos para fazer wake board. Chegando lá, fui a primeira a encarar o desafio. Tinha perdido a conta de quantos anos fazia que eu tinha andado naquilo, e mesmo assim, puxado por uma lancha. Dessa vez o desafio era conseguir sair da água, puxada por um jetski. Mas fui! Umas duas ou três tentativas e lá estava eu surfando no paraíso. Mas se eu já tinha perdido as contas de quantos anos fazia que eu não fazia wake, a dor posterior é inesquecível e logo eu tive que parar por falta total de força e dor no corpo inteiro.

http://www.youtube.com/watch?v=5x3oaDWhvns

O Rafa conseguiu arrebentar a corda, mas sair do mar que é bom, niente. Difícil mesmo. Com o jet, que não tem muita força, a tarefa fica toda pra braços e coxas do esquiador. Pra quem é pesado, é ainda pior. Já a Nessa logo conseguiu ficar de pé. Quer dizer, conseguiu sair da água, porque a posição que ela adotou como a mais confortável para esquiar era algo parecido com um bumerangue. Cada um cada um. Vai entender!

Na sequência o Rafa alugou um jet para dar umas voltas. Eu não tinha mais força nenhuma para brincadeiras aquáticas, mas fui dar um volta com ele, e depois voltei pilotando, só pra matar a vontade.

Voltamos pro hotel em uma espécie de casinha, acoplada a uma moto. Nunca imaginaria mais do que uma pessoa e meia naquilo, mas éramos cinco e sobrevivemos. Pelo menos a moto não conseguia ultrapassar os 20km por hora, e isso, por si só, já era bastante confortador no trânsito mais do que doido daqui. Chegamos no hotel, que estava sendo preparado para um casamento, tomamos umas cervejas e capotamos na cama. Cansaço misturado a sono, misturado a cerveja. Combinação mortal!

Saímos para jantar num restaurante espanhol que a Nessa tinha visto no caminho. Uma delícia! Mas dessa vez fomos de táxi!

No link, um vídeo resumo do que foi o dia: http://www.youtube.com/watch?v=O5HHr1eatgY

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