Cada um cada um

Eu sei que sou diferente. É fato! Mas estranha, não!
Acontece que gosto de umas coisas estranhas, isso sim! Principalmente quando se trata de comida!

Não gosto de pinhão. Não sei bem o que é. O fato é que quando eu mordo, parece que dá um negócio lá nos carrinhos, sabe? Ui! Também não gosto de coco. Detecto há quilômetros de distância. Pode ser só um pouquinhozinho de leite de coco na receita. Eu descubro. Sério! Agora, água de coco eu amo! Não sei explicar, sou assim e pronto!

Também não gosto de manga. Tenho lembranças de uma época em que eu gostava de manga, mas não mais. De qualquer forma, não é algo que, se tiver lá, misturada com outras coisas, me impeça de comer! É um lance meio que de textura eu acho. Igual pudim e gelatina. Não gosto dessa coisa flambada que quando a gente come parece que se esmaga contra os dentes.

Não como peixe de nenhum jeito que não seja cru. Peixe cozido, assado, frito ou recheado, nem pensar! Agora, sashimi, hummm, amo! Também amo polvo, ostras, mariscos, mexilhões e afins! E escargot! Ai que delícia! Necessário abstrair do fato de que estamos comendo lesmas, mas que é bom, ah, isso é! Comi uma espécie de ostra lá no Japão, só que a bichinha tava viva! Se contorceu toda quando eu taquei limão. Tá, experimentei, mas nunca mais! Gosto bem ruim!

Escolher comida com ela olhando pra gente também não é comigo. Já aconteceu, pesquei o peixe e depois ele voltou pra mim, transformado em sashimi, mas ainda tendo espasmos. Ou nas Filipinas, a gente tinha que escolher nos tanques entre mariscos, ostras, lagostas, carangueijos, camarões e peixes. Fiquei nos que não tinham olhos! Ou nos que eram muito, mas muito feios mesmo.

Amendoim eu não suporto nem o cheiro. E se alguém comer perto de mim, pode ter certeza de que eu vou saber. É mais forte que eu. Mas nozes, castanhas, pistache… adoro! O problema é mesmo só com o amendoim. Agora, bom é o pão de queijo da Naiany. Daqueles legítimos mineirinhos mesmo…

Mas minha comida preferida de todas do mundo inteirinho é uma só: sorvete de menta com pedaços de chocolate! Hummmm! Coisa mais boa que é arrancar um siso e poder se esbaldar de sorvete sem culpa!
Taí: diferente, sim, estranha, não!

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Love is in the air

Deve ser a lua cheia, só pode. O fato é que o amor está no ar! Textos, crônicas, poemas, músicas… parece que tudo conspira. O texto da Susan, aqui mesmo no blog, o texto de hoje no www.carascomoeu.com.br… tudo vem do mesmo saco romântico “dordecotovelo”. Euzinha não poderia ficar de fora, certo?

Pois faz um tempinho, alguém me perguntou se eu sonhava em casar, ter filhos… Me fez pensar, mas a verdade é que a resposta é não! Triste? Talvez! Mas meu conceito de relacionamento é bem diferente daquele vendido nas paredes das festas ou no meio da pista de dança. E enquanto eu não achar alguém que pense como eu, encontros casuais me servem!

Sou daquelas que concordam com a Alanis quando ela diz “não quero ser sua outra metade, eu acredito que um mais um resulte em dois”. Metade da laranja? Cafona! Tampa da minha panela? Sai fora! Sapato velho pra um pé torto? Afe, prefiro ser o sapato que compõe o look com aquela calça ma-ra-vi-lho-sa. Cada um na sua, formando uma composição perfeita!

O romantismo é lindo! Uma delícia! Mas deve ser genuíno. Não posso exigir que um cara passe a noite comigo pelo fato de ele ser meu namorado. Poxa, se naquele momento ele prefere estar no futebol, que vá. Haverão momentos em que vou preferir estar entre amigos do que com ele. Obrigação é chata, monótona, exaustiva. E quando a vontade dos dois for de estarem juntos, grudados, o momento valerá a pena. Só assim ele valerá a pena. E será especial… pode ter certeza!

Quando a gente ama, tudo é muito intenso. Quando a gente tá feliz, tá muito feliz! Mas também, quando está triste, nossa!, parece que vai morrer! Pra que tanto drama? Precisamos aprender a ser leves. Viver a vida e o amor de forma leve. O amor deve preencher nosas vidas com alegria, sorrisos, pele… e deve deixar livre, pois amar não significa morrer pro mundo, o mundo continua lá, girando. Se não for pra ser assim, pra que essa busca incessante e insistente?

Eu sou mais eu, mas na verdade, tu também é mais tu, mas tu ta aí, bitolado por conceitos que nos foram impostos e que aceitamos sem discussão. Agora para e pensa se é isso mesmo que tu quer. Pondere as sensações e me diga: o amor te faz feliz? Porque se não faz, pula fora! Busque aquele sorriso aberto, aquela alegria que vem lá de dentro… te garanto que ela é possível em qualquer momento: no amor e na amizade!

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Mude!

Foi no primeiro ano do segundo grau que eu tive minha primeira aula de filosofia. O nome do professor era Osvandir. O sobrenome eu não lembro. Lembro também de ele ter sido demitido por ser muito “avançado para a época”. Tadinho, nasceu no tempo errado!

Mas o que importa mesmo é que uma coisa que ele disse, nunca mais saiu da minha cabeça: “Ninguém muda por ninguém. A gente só muda por nós mesmos!”. Nooooooooossa, como isso é verdadeiro. A gente tenta tanto mudar os outros, né? Olhar pro próprio umbigo que é bom, niente! A gente só muda porque reconhece que a mudança será pra melhor, se é outro que reconhece nosso erro, de nada adianta!

Mas mudar é bom, rejuvenesce, ensina, faz crescer. Mudar evolui!

Mudou de emprego? Legal! Outras pessoas, outros valores, outras experiências, novas funções. Deixe os vícios do antigo trabalho lá na antiga gaveta. Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa. Mude!

Mudou de namorado? Pra que ficar comparando com o anterior? Livre-se daqueles pré-conceitos e se permita viver tudo de novo, com toda a intensidade. Use o que aprendeu com o ex, e evolua com o atual. Busque novos amigos. Mas não esqueça os antigos. Tente novos amores. E esqueça os antigos. Faça novas relações… mude!

Mudou de casa? Reorganize-se. Aproveite pra mudar tudo de lugar. Compre coisas novas. Ouse. Mude as cores, mude o lado, mude o sofá. Aproveite a oportunidade e mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Veja o mundo de outras perspectivas… mude!

Mude, mas comece devagar. A direção é mais importante do que a velocidade.

Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma do outro lado da cama…
Depois, procure dormir em outras camas. Também é bom!
Assista a outros programas de TV, compre outros jornais… leia outros livros.
Viva outros romances. Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes. Mude.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda! Mude!

* post inspirado em texto sem autor enviado por Bianca Paula, por e-mail, para a blogueira.

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Tudo é relativo

Pois então, estou recuperando o módulo de matemática financeira que eu havia trancado lá no início do MBA. Naquela época, só de pensar nesse módulo, já tinha calafrios. Matemática, calculadora HP, raciocínio lógico… tava tudo enferrujado! Mas aí tudo bem! O pesadelo fora adiado!

Aí mês passado me deparo com o módulo de Finanças, que partia do pressuposto de que todos já haviam feito matemática. “Ok, tenho que aprender na marra!”, e lá fui eu torturar a HP até ela me dar a resposta que eu queria! Mas funcionou! Aprendi um pouco de finanças, o suficiente para um pomposo 8,6 na média final.

Aí agora volto para a matemática e a sensação é de que uma professora primária está me ensinando a somar dois mais dois. Todo aquele medo que eu tinha, toda a dificuldade pela qual, com certeza eu passaria caso tivesse feito esse módulo antes, faz parte do passado. Tão difícil antes, tão fácil agora! Tudo tão relativo!

O Gabi bem me disse uma frase esses dias: “Na cabeça, um fio de cabelo é pouco. Na sopa, é muito!”. Sábio Gabi! Sábias palavras! Tudo é relativo! Igual a matemática!

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Por que ninguém chega na gente?

Há uma semana, estávamos entre um grupo de pessoas num café badaladinho em SL, para terminar o pré-TCC da pós. Após um certo tempo, o pessoal começou a debandar e ficaram três mulheres. Eu, a morena nerd e a morena que gosta de dançar.

Horas de conversas e gargalhadas depois, chega a loira bagaceira, também colega da pós. Pura coincidência. Reclamações de colegas pra cá. Reclamações do professor pra lá. Relatos de acontecimentos dos churrascos da turma pro outro lado. Horas de risadas entre quatro mulheres e sai a pergunta: por que ninguém chega na gente?

Quatro mulheres bonitas, bem sucedidas profissionalmente, bem resolvidas emocionalmente. Quatro mulheres que dirigem seus carros, que estão nos finalmentes do MBA. Quatro mulheres felizes, bebericando café e tomando cerveja. E nenhum homem chegou em nós.

E encuquei: POR QUE?

Sábado a noite, conversando com um CarasComoEu, perguntei: por que? Ele me respondeu com uma teoria: de segunda a quarta-feira, as mulheres que saem não estão à procura de um relacionamento (fato). E outra, ele disse que mulheres assim intimidam. Não deixam ser mandadas, não são submissas (fato).

Gostei da teoria, concordei com o que ele me disse.

Mas reitero que, no fundo, todas nós procuramos por alguém que nos proteja, alguém que nos faça sentir especial. E sim, isso acontece até em uma segunda-feira, num café de SL para terminar um trabalho da pós.

TPM mode [ON]

* Susan Furh é amiga e colega de MBA da blogueira, parceria de ceva no posto após a aula, dona do blog www.diariodeumalulu.blogspot.com e uma chefe pior que o Hitler.

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Dia do café

Ontem foi dia do café, mas só descobri depois que já havia postado! Por isso, me dou o direito de falar sobre ele hoje, mesmo que com um dia de atraso.

Na verdade eu não gosto de café. Só tomo mesmo em situações extremas, quando eu realmente preciso ficar acordada e parece que todos os astros conspiram pra que eu durma. Maaaas, acho café um charme! Aliás, puro charme!
“Vamos tomar um café?”. Quem resiste a um convite desses? Mesmo que o café, em questão, possa se transformar naquele capuccino ou mochaccino, que de gosto de café mesmo, não tem nada! E aquele cheirinho? Ah, que delícia!
E café com leite? Hummm, amo! Calma, calma, não sou doida. Quando digo que não gosto de café, é porque não gosto de café puro, preto, expresso, passado, essas coisas… Mas todo dia de manhã, quando chego no trabalho, faço um canecão de café com leite bem quente. Acho simplesmente a melhor refeição para dar início ao agitado dia que vem pela frente.

Enfim, um viva a cafeína, que é a melhor amiga de muita gente em vários momentos e um viva ao café, que além do aroma e do sabor, é sempre um bom motivo pra socializar!

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Porre no telhado

Faz tempo que isso aconteceu, mas ficou pra sempre na memória!

Não sei se era final de primeiro grau ou final de segundo, o fato é que haviam acabado as aulas naquele dia. Eu e a Mônica, as duas da pá virada, resolvemos comemorar. Já havíamos aprontado ALGUMAS durante nossa época de Concórdia, então dessa vez a coisa tinha que ser master!

Decidimos então ir da escola direto pra casa dela, pois estaríamos sozinhas! Cenário perfeito para qualquer coisa que inventássemos! Logo que chegamos, avistamos o Armazém da Esquina e, automaticamente, as duas mentes bolaram o plano. A comunicação era praticamente telepática!

Fomos até o armazém e compramos uma garrafa de vinho. De plástico. Daquelas de um litro e meio. Vinho de sagú. “Crônicas de uma morte anunciada”. Obviamente que não poderíamos simplesmente beber o vinho assim, sentadinhas nas cadeiras, batendo papo. Não! Decidimos subir no telhado.

A casa da Mônica é aquelas cheia de telhadinhos, sabe? Um telhadinho em cima da sacada, daí num outro nível tem o principal e depois outro pedacinho um pouco mais baixo… enfim, era facinho de subir! E mesmo que não fosse, estávamos decididas.

Lá em cima, sentadas, no calor de dezembro, tomamos aquele vinho. E rimos! Rimos das histórias, rimos do que aprontamos, rimos de todos os caras feios que tínhamos beijado naquele ano, rimos da situação… rimos de nós mesmas! Aí acabou o vinho e era hora de voltar a terra firme!

Nem preciso dizer que assim que descemos do telhado, corremos diretamente pro banheiro tentar devolver pro universo aquele suco doce e alcoólico que havíamos ingerido. Era um revezamento. E a gente ria!
Até que, eu fazendo xixi e a Mônica na frente do espelho, ela brinca: “Já imaginou minha mãe chegando agora? Oi mãe!”. Rimos mais. E ela bem séria olhou pro espelho e repetiu: “Oi mãe!” E eis que surge a dona Fátima por trás da porta.

Se ela nos xingou eu não lembro. Já acho impressionante eu lembrar de todos esses detalhes que contei, então nem exijo muito. O fato é que dormimos e, quando acordamos, fizemos cada uma uma carta de desculpas pra dona Fátima. A minha começou assim: “Tia mãe da Mônica, não fica braba com a gente…”
E o gostoso de tudo isso é que já contamos essa história pra várias pessoas, e toda vez, a dona Fátima lembra do bilhete “tia mãe da Mônica” que ela guarda com ela até hoje!

Taí, nunca fiz amigos bebendo leite mesmo!

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É sexta-feira

Acordar na sexta-feira de manhã não é menos torturante do que acordar nos outros dias da semana. Mas pelo menos na sexta a gente pode pensar “tudo bem! Amanhã durmo até as 3 da tarde”. Como é boa a sexta-feira!!! Fora esse momento mauhumormatinaldetodososdias, a sexta-feira é aquele dia que tudo pode! Pode ir de tênis pro trabalho (casual Friday), pode sair mais cedo, pode fazer happy hour sem culpa e pode se esbaldar na balada, afinal, ainda temos dois dias pra recuperar o corpinho.

Pois bem, minhas últimas sextas-feiras não têm sido assim, tão animadas! Na verdade, eu chego a desejar que chegue logo a segunda-feira. Dá pra imaginar? Ou pior, suspiro por um feriado, uma folga ou ao menos um sonho bom! Pois é, tenho trabalhado muito e, pra ajudar um pouco, estamos no início do TCC na pós. Ou seja, quando não é pensando em trabalho, é pensando em trabalho!

Tem outras duas coisas que ajudam! O apê novo e todas as incomodações decorrentes dele e aquela promessa que fiz lá no começo do ano, de que faria revisão em todos os médicos para chegar linda, gostosa, saudável e absoluta nos meus 30 aninhos. Agora põe tudo isso na mesma panela e imagina o estrago que dá!!!

O resultado disso é óbvio: noites de insônia (logo eu!), exames médicos com celular na mão, respondendo e-mails, discussões com a construtora, o marceneiro, o arquiteto e todo o resto via e-mail e sms e claro, reuniões do grupo do TCC em horário de happy hour, em plena segunda-feira, tomando aquela Stellinha gelada.

Mas enfim, estamos aqui para falar da sexta-feira, não é mesmo? Pois olha só o que ela precede: aula hoje à noite, aula amanhã de manhã, aniversário da vó no domingo, aula na segunda e… aula na terça! Aiiii que delííícia! Era tudo o que eu queria para esse final de semana.

Acho que o negócio será apresentar o trabalho hoje e ir pro pub aquele que a loira indicou, onde tem torre de chopp. Assim ninguém vai se importar se eu chegar na aula amanhã com cara de travesseiro.

Chega logo sexta que vem!

E viva a bipolaridade!

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Quem duvida é louco!

Tá ligado naquele lance de “não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem”?
Pois então, eu acredito nelas, então a coisa piora um pouquinho!

Passo tranquilamente por baixo de escada. Se precisar jogar um espelho no chão, jogo sem problemas. Adoro gatos pretos. Tenho duas sombrinhas lindas e abro elas em qualquer lugar, mesmo se for dentro de casa. Não saio por aí procurando trevo de quatro folhas. Enfim, superstição popular não é comigo!

Agora, palavra tem poder. E se alguém falar merda, bato na madeira. E nem são aquelas três batidinhas, sabe? Não, pego a madeira e já dou na cabeça de quem falou a merda, pra aprender. Palavra tem poder. Isso é certo! Aprende a falar coisas boas. Deixa claro pro universo o que tu quer que ele responde, na hora que ele achar mais acertada.

Sal grosso é bom também, porque trabalha a energia da gente. Ah a energia! Se tem uma coisa em que eu acredito, é em energia! Gente do mal deixa a gente pra baixo. Gargalhadas deixam a gente pra cima. Cansaço deixa a gente pra baixo. Amor levanta o astral lá no céu…

Agora tem uns sinais que o universo dá pra gente que é melhor seguir. Por exemplo: Grêmio jogando, chuta, chuta, chuta, e nada de gol. De repente vou no banheiro e o que acontece? A bola entra! Ahhhh! Passo o resto do jogo no banheiro. Como não?

No jogo contra o Santos, por exemplo. Um frio, peguei minha super-hyper-mega-linda jaqueta de inverno do Grêmio (presente da Beta!), mas em meio a pulaçada da Geral, comecei a suar, tirei e fiquei segurando. E aquele primeiro tempo: 2 x 0 pro Santos, Jonas perdendo pênalti… parecia o fim! Aí veio o intervalo, a torcida sentou. O vento gelado bateu. Botei a jaqueta. Recomeça o jogo e… gol do Grêmio. Recomeça a pulaçada e vem o calor. Fico com a jaqueta e… gol do Grêmio. Começa a escorrer o suor pela testa, mas me mantenho no mesmo lugar, na mesma posição… E COM A JAQUETA. Bom, todo mundo sabe que o Grêmio ainda fez mais dois e levou a torcida a loucura.

Não preciso nem dizer que suei todo o meu xixi. Bendita jaqueta. Bendita! Faltam 4 horas pro segundo jogo e eu to aqui já, sentadinha em frente a TV, com a tacinha de vinho na mão… e vestindo a JAQUETA!

Melhor não arriscar!

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Dez anos a mil!

Pois ontem fui na otorrino! Tenho problema respiratório, tá atrapalhando! Me incomoda na corrida, me incomoda pra dormir… Coça, corre, dá vontade de espirrar… Aquela coisa! Diagnóstico? Rinite alérgica!
Tá, nenhuma novidade. A novidade é que eu devo me livrar dos meus gatos. Sério! Não soltei uma gargalhada gigante na cara da doutora porque eu tenho boa educação… mas quase!

E ela ficou lá, insistindo, que eu tinha que me conscinetizar que a rinite poderia virar asma lá pelos meus 60  (quem se importa?), que os gatos tem uns “naolembroonome” que ficam no ar e irritam o nariz da gente e blá, blá, blá. “Não posso te proibir de ter gatos, fica da tua consciência se o mais importante pra ti é tua saúde ou teus gatos”, disse ela. MEUS GATOS! Tá dito!

Saí de lá e fiquei pensando numa crônica da Danusa Leão. Ela começa falando da frustração de pedir um sorvete de sobremesa e, de repente, chegar o garçom com aquela minibola (de sorvete, pra deixar claro!). Dá uma vontade de parar na primeira loja de conveniência, comprar um pote e mandar todo pra dentro. Por quê? Porque a vida da gente hoje é muito meia boca!

É tudo pela metade! Quer comer um doce? Não pode! Quer beber até cair? Não pode! Quer dar pro cara na primeira vez? Deusulivre! Quer dançar que nem o Rubinho no pódio? Never!
Nada pode! É tudo pela metade! Pode, ok, mas pondera, manera, controla… QUE SACO!

Me pergunto se é isso que buscamos mesmo. Melhor viver dez anos a mil ou mil anos a dez? Eu AMO bicho, vou ficar sem porque quando eu tiver 60 eu POSSO vir a ter asma? Ahhh, poupe-me do trabalho de argumentar! Posso morrer muito antes dos 60. E como são grandes as chances de isso acontecer nesse país… ou num tsunami em outro… whatever!

Por isso que eu digo: QUERO DEZ ANOS A MIL! A mil não, a um milhão… e quem não prefere assim, que aproveite sua vida pacata, chata… e longa!

CRÔNICA DA DANUSA:

Duas bolas, por favor…..
Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.
Uma só!!
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa!
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.
O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de ‘fácil’).
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.
Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar !!
E por aí vai.
Tantos deveres, tanta preocupação em ‘acertar’, tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação…
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão…
Às vezes dá vontade de fazer tudo ‘errado’.
Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.
Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim:
‘Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora’…
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.
Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor, me traga:
cinco bolas de sorvete de chocolate, um sofá pra eu ver 10 episódios do ‘Law and Order’, uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente. OK?
Não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago…….
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