Category Archives: Minhas Histórias

O assalto

Era festa de final de ano aqui do trabalho. Fizemos uma janta regada a muito chopp na casa de um colega, em Novo Hamburgo. A Ju tinha me oferecido carona e eu, claro, aceitei! Fomos juntas, voltamos juntas. No carro de trás, nos seguindo, tava a Beth. Ela tava sozinha no carro, três bebinhas…. melhor irmos juntinhas até São leopoldo.

Estamos voltando pra casa, por volta de uma da manhã, eu vá contar história pra Ju. Ela para numa sinaleira (semáforo, pros de fora!) em frente a um posto. Ela olhando pra mim, eu contando história. De repente ela olha meio que através de mim e diz: _ Ok, nós vamos descer!

Olho para o lado e tem uma arma apontada pra mim. Parecia tão pequena aquela arma. “Será que é de verdade?”, pensei. Decidi que a arma era de brinquedo, botei minha bolsa no ombro e saí do carro. E o cara gritando que era pra eu deixar a bolsa e eu andando com ela na direção do posto. Só o que me faltava levarem todas as minhas tranqueirinhas tecnológicas com uma arma de brinquedo. Seria o fim! E eu ainda iria pra Milão no dia seguinte. Sem meu iPod? Jamé!

O que os espertos não viram, foi que logo atrás da Beth, que estava logo atrás de nós, havia uma viatura da polícia. Nos viram correr pro posto, ligaram a sirene e começou a perseguição: uuuuuuuuuóóóóóóóóóóuuuuuuuuuuuuóóóóóóóóuuuuuuuuuóóóóóóó…. E eu, a Ju e a Beth lá no posto! A perseguição durou exatamente o tempo que levou pro carro da Ju parar por causa do corta-corrente. E começou a troca de tiros. Pasmem! A arma não era de brinquedo. Como fazem armas de verdade tão picurruchas?

E lá vamos nós pra delegacia. Beta de mini vestido e todas com muito chopp na cabeça. Durante nosso jantar da empresa, a comissão organizadora distribui Kikitos (troféu do festival de cinema de Gramado) de chocolate brincando com nomes de filmes para cada um de nós. O que a Beta fez? Catei os kikitos meu, da Ju e da Beth e distribuí entre os policiais pela belíssima atuação no desfecho do crime.

Depoimentos prestados, hora de ligar pro pai. Hum, ligação da Beta, as 4 da manhã? _ Oi filha, em qual delegacia eu te busco dessa vez?

Hehe! Esse é o papito! Sabe das coisas já!

Post impublicável

Escrevi um post impublicável. Logo, nada de post por hoje!
Pronto, falei!

A primeira janta

Aí pra inauguração do apê, decidi que faria o escondidinho da Beta. Pra quem não frequenta botecos de São Paulo ou Minas Gerais, escondidinho é um prato com carne seca, purê de aipim e queijo. O detalhe é que tinha feito o escondidinho pra cinco pessoas uma vez, e tinha dado muito trabalho. Dessa vez, a lista de convidados totalizava 12 pessoas. “Seja o que Deus quiser”, pensei.

A janta seria na quinta, logo, quarta de noite decidi começar a cozinhar as coisas. Peguei todas as panelas que eu tinha e coloquei pra ferver a carne em uma (decidi fazer com carne normal mesmo!) e o aipim em outras três. Aquela coisa, eu, sozinha, dominando quatro panelas. Um espetáculo! O apartamento todo suado, escorrendo pelas paredes, com os vidros embaçados. “Preciso logo comprar o diabo da coifa!”, pensei.

Mas a pior parte ainda nem tinha chegado. Comecei a retirar o aipim das panelas e colocá-los em um pote para fazer o purê. Peguei meu super mixer multiuso igual Bombril e… nada. Aipim é muito pesado pro coitado. Teria que ser no muque mesmo! “Segunda e última vez que faço esse bendito escondidinho”, falei.

Botei leite, margarina e requeijão e comecei a esmagar aipim. E haja muque! E mexe, mexe, mexe. Pote cheio, resolvi bater na vizinha e pedir um outro emprestado pra outra metade do aipim. Bato lá, suada, escabelada, acabada e pego outro pote. Mexe, mexe, mexe. “Quem foi que teve a infeliz ideia de fazer escondidinho mesmo?”, penso alto.

Dois potes lotados de purê de aipim, hora de desfiar a carne. Outro pote, dois garfos, e lá vai a Beta. Desfia, desfia, desfia. “Quem foi que pediu escondidinhooooo?”, grito pras paredes. Três potes cheios, ponho na geladeira e vou dormir.

Chega a quinta-feira e começo a montar os pratos. Carne desfiada no fundo da forma nova de vidro que a mãe acabou de me dar de presente, purê de aipim no meio e uma grossa camada de queijo mussarela por cima. Outra forma, mesma sequência. Outra forma, dessa vez um pouco menor, e lá se foram todos os ingredientes. Coloco as duas grandes no forno e espero os convidados chegarem. A pequena eu faria se eu visse que fosse faltar.

Começam a chegar as pessoas e eu ligo o forno, ainda fazendo cálculos e achando que das duas formas, sobraria muita coisa. “Mania de fazer comida demais, agora vai ter escondidinho pra semana inteira”, pensei lá com meus botões. Há, doce ilusão! Botei a primeira forma na mesa e ela durou apenas alguns minutos. Botei a segunda e vi que ela acabaria bem antes de dar tempo de ficar pronto o que estava na forma pequena. “Azar! É o que tem”. A forma pequena permaneceu sobre a mesa um pouco mais de tempo, mas quando vi, já estava vazia e se juntando as demais dentro da pia.

Sinal de que ficou bom? Acho que sim! Tô até pensando em fazer de novo antes de acabar o inverno. Os elogios compensam o trabalho!

Mais uma dos gatos

Antes de colocarem o laminado lá no apartamento novo, eu varri o cimento e coloquei todo aquele pó branco na churrasqueira. A churrasqueira tem um tampo preto, bem disfarçada, mas mesmo assim, meus gatos descobriram ontem como fazer pra abrir e o resultado? Pegadas de patinhas brancas pelo apartamento todo hoje!

Tô quase entrando na campanaha www.troco2gatospor1cachorro.com.br
 
Saudade de quando eles eram pequenos, não conseguiam acessar absolutamente todos os pontos da casa e ainda eram educáveis!

Quem falou em cansaço?

Meu gatos não dormiram essa noite. Por consequência, eu não dormi essa noite. Era uma correria pelo apê inteiro. E aquelas unhas fazendo clét, clét, clét, clét no laminado…
Levantei! Dei comida! Durou pouco.

Deu mais um tempo e começo a ouvir batidas altas: bum, bum, bum!
Levantei de novo! Procuro eles pelo apartamento e nada. As batidas param.
Volto pra cama e: bum, bum, bum!
Levanto de novo, eles estavam dentro do armário, tentando sair. Empurravam a porta e quando ela voltava, dava o estouro.

Deitei.
Dois minutos e clash, clash, clash… eram eles de novo! Inacreditável!
Resolveram brincar nas caixas vazias que ainda estão por aqui. Entravam nas que estavam por cima das outras e caíam, rolando até o chão. Maior barulheira.

Resolvi que era hora de levantar e começar a trabalhar. Os gatos? Dormindo, obviamente…

Pérolas do correio elegante

1 – São João, São João, seja bão!
2 – São João, São João, faz o Rubén e a Dani ficarem acordados.
3 – São João, São João, compra ceva no Disk!
4 – São João, São João, leva eu e o Diego em casa!
5 – São João, São João, traz mais papelzinho de correio elegante!
6 – São João, São João… ESQUECI!

Jack & Jill

Não sei por que, mas desde segunda eu já comecei uns cinco textos e não consegui terminar nenhum. Difícil isso acontecer comigo. Normalmente tenho dificuldade pra dormir de tantas ideias e textos prontos que se constroem de uma hora pra outra na minha cabeça. Mas enfim, sei lá por que cargas d´água, aconteceu…

Tão inesperado quanto essa minha falta de expiração, foi o fato de eu, de uma hora pra outra, me lembrar de um seriado que eu A-MA-VA na adolescência, mas que teve apenas duas temporadas: Jack & Jill. Comecei a procurar pela rede algum lugar que vendesse. Precisaaaava rever aqueles episódios engraçados e românticos que me faziam sonhar acordada…

Não achei (Por favor, por favor, por favor, se alguém souber onde vende, me avisa!), então fui catar os episódios lá no youtube. Aí não cheguei nem na metade do primeiro e pronto: a ideia tava lá! Era a introdução da série, os personagens se apresentando, os relacionamentos se encaminhando, quando a Jack dá a definição perfeita para a situação amorosa da Elisa e do Jill: uma “não briga”. (a non fight!)

Sabe quando as pessoas simplesmente se afastam? As vezes querem dizer coisas que acham que podem magoar… aí não dizem! Ou quando dizem, mas não dizem tudo! Ou quando um quer discutir e o outro não, vira as costas e vai embora? Aquela sensação esquisita de que alguma coisa aconteceu, algo está errado, mas ninguém sabe bem o que é, ou por onde começou? Tudo “não brigas”!

Odeio! Odeio não saber os porquês das coisas. Quer brigar comigo? Briga, grita, xinga, mas me diz porque, pelamordedeus… Onde já se viu virar as costas pra uma discussão? Ou se conformar com um simples “as coisas esfriaram”… Nananinanão. Comigo não violão. Enquanto eu não souber de todos os detalhes, ninguém sai!

Fugir de um problema, de uma briga, de uma discussão, não resolve nada. Pelo contrário, só dá asas a imaginação… E aí quem segura? A imaginação é livre, leve e solta… Não tem limites! Perigoso, não?

100 Coisas para fazer antes de morrer

Da minha lista de coisas para fazer antes de morrer, várias já estão feitas. Mas ainda existem algumas pendências! Alguém me acompanha no que falta?

JÁ FEITAS:
1 – Fazer esqui aquático

2 – Fazer wakeboard
3 – Esquiar na neve
4 – Fazer snowboard
5 – Ir para a Tailândia
6 – Andar de elefante

7 – Ir para o Japão

8 – Aprender uma segunda língua
9 – Ir pra Disney
10 – Criar um dialeto próprio
11 – Montar uma banda
12 – Dançar como se ninguém estivesse olhando
13 – Beijar na chuva
14 – Fazer parasailing
15 – Conhecer Paris
16 – Fazer um mochilão pela Europa
17 – Ir a uma Copa do Mundo
18 – Comprar um vídeo game
19 – Decorar meu próprio apartamento
20 – Morar em outro país
21 – Montar uma empresa
22 – Virar a noite para ver o sol nascer
23 – Comer scargot
24 – Fazer uma tatuagem
25 – Fazer um piercing
26 – Ter um ataque de riso
27 – Ir a Amsterdan
28 – Andar a cavalo
29 – Adotar um animal
30 – Andar de montanha russa
31 – Roubar um cone
32 – Cantar num karaokê
33 – Mugir que nem a vaca louca34 – Brincar na lama

35 – Brincar na chuva
36 – Ser penetra em uma festa
37 – Fazer rafting
38 – Morar com uma amiga
39 – Desfilar no carnaval de São Paulo
40 – Pedir um aumento
41 – Pedir demissão
42 – Criar um grupo de super-heróis
43 – Comer brigadeiro de panela
44 – Doar sangue
45 – Tomar um porre
46 – Testar receitas da sua avó
47 – Xingar o chefe
48 – Não arrumar a cama (todo dia!)

49 – Ir a uma festa a fantasia

50 – Tocar a campainha e correr
51 – Surfar

52 – Passar o dia inteiro de pijama
53 – Ligar pro carinha aquele e desligar quando ele atender
54 – Participar de um filme
55 – Aparecer na TV
56 – Hospedar um estrangeiro na sua casa

57 – Ser hospedada por um estrangeiro na casa dele
58 – Correr na praia igual a Phoebe de Friends
59 – Conhecer o World Trade Center no mesmo ano em que ele sofrer um atentado terrorista
60 – Comprar um MacBook
61 – Fazer trabalho voluntário
62 – Visitar Acrópole
63 – Passar férias com um amigo gay

64 – Imitar as poses das estátuas do Museu do Louvre
65 – Acampar
66 – Pilotar uma lancha
67 – Bancar o cupido
68 – Morar sozinha
69 – Ir ao Vaticano de micro short
70 – Dirigir em um país onde você não entenda as placas

POR FAZER:

71 – Saltar de paraquedas
72 – Voar de asa delta
73 – Pular de bungee jump
74 – Voar de helicóptero
75 – Ir pra Samoa
76 – Ir pra Polinésia Francesa
77 – Ir pro Hawai
78 – Nadar com golfinhos
79 – Escrever um livro
80 – Dar um soco na cara de alguém que mereça

81 – Aprender francês
82 – Aprender espanhol
83 – Aprender italiano
84 – Fazer faculdade de engenharia
85 – Aprender a dançar salsa
86 – Nadar numa cachoeira
87 – Andar de balão
88 – Fazer guerra de comida
89 – Fazer Muai Tai

90 – Ir a Las Vegas
91 – Casar em Las Vegas
92 – Aprender a dirigir uma moto
93 – Desfilar no carnaval do Rio
94 – Ir na Oktoberfest em Munique
95 – Conhecer Fernando de Noronha
96 – Conseguir separar as cores no cubo mágico
97 – Conhecer a América do Sul de carro
98 – Tomar Tequila e comer o verme
99 – Participar de um flashmob
100 – Surfar um tubo

Dicas da Beta

Dica da Beta: se beber, não tente carregar a geladeira!
Dica da Beta: quando contratar o marceneiro, trate de pegar todos os dados para a macumba quando ele não entregar o que prometeu!
Dica da Beta: quando entrar em um MBA, fique longe dos que gostam de cerveja ou seu investimento estará em risco.
Dica da Beta: só faça festa junina quando eu puder estar junto!
Dica da Beta: Não pague o pessoal da mudança em ceva. Dá prejú!
Dica da Beta: Nunca chame a loira pra ser sócia na macumba pro marceneiro. Ela vai querer comprar frango desossado ao invés de galinha preta.
Dica da Beta: Não beba com amigos das 13h as 20h quando a ideia é fazer a desconexo de dia dos namorados na noite.
Dica da Beta: Don’t drink and drive!
Dica da Beta: Don’t drink and dial!
Dica da Beta: Don’t drink and twitt.
Dica da Beta: não chamem a Ana Maria Braga para programas que envolvam dança!
Dica da Beta: Não misture cerveja com cachaça mineira.
Dica da Beta: Bloqueie o RP da China durante a noite ou ele te fará perguntas sobre trabalho. #malditofuso
Dica da Beta: Use rímel transparente e, automaticamente, as manchas pretas sob os olhos desaparecerão!
Dica da Beta: Nunca contrate amigos.
Dica da Beta: NUNCA contrate amigos!
Dica da Beta: NUNCA MESMO contrate amigos!
Dica da Beta: Aprenda a contar a respiração!
Dica da Beta: Vez ou outra, peça colo aos seus gatos… só pra variar!
Dica da Beta: Feeling blue? Lembre-se que Celso Roth é o novo técnico dos morangos!
Dica da Beta: Nunca deixe a Nana comprar a ceva pra janta.
Dica da Beta: Não beba tudo o que tiver de cerveja na geladeira. Principalmente se for recém terça-feira!

E a idade chega

Ontem tive treino de vôlei e pulei mais que perereca em panela quente. Era treino de bloqueio e eu, anã que sou, tive que fazer um esforço gigante para passar pelo menos meio dedo que fosse da rede. O resultado é que hoje eu sinto dores até em músculos que eu não sabia que existiam. Mas o pior é a dor no tal do nervo ciático. Afemaria! E eu achando que só velhos sentissem dor no ciático! Começou no reveillón, quando decidimos ir a pé do Mercado Central ao Rosa Sul. Pra subir a lomba não foi problema, agora, pra descer… Nem o espumante amenizou!

Saudades do tempo de criança… Saía do treino da escola, pulava o muro da Unisinos e corria pro ginásio treinar com o time de lá. Isso que eu sempre ficava pra trás para empurrar as empacadas que não conseguiam pular o muro sozinhas. E na volta era pior, pois os guardas da Unisinos soltavam os cachorros atrás da gente! Mesmo assim, o corpinho tava sempre bem. Fora umas cicatrizes de cacos de vidro e caneladas do futebol, era como se eu passasse as tardes brincando de Barbie.

Agora não! A idade pesou! Se mexer demais, dói! Se correr demais, dói! Se respirar mais forte, dói também! Não dá mais pra fazer o que fazíamos quando crianças, especialmente combinado com o que fazemos depois de adultos. Se treinar, não beba. Se beber, durma! Se dormir, certifique-se de que você está no lugar apropriado pra isso!

Aí esse ano o Diego, que é o mais velho dos primos/irmãos, completou 30 anos! Trintão! Com direito a crise e tudo mais. O Gabi, que é o terceiro da escala, já é papai da Isadora que faz DOIS anos em novembro! Mas o que me faz ver que o tempo passou mesmo, que a idade chegou valendo, é a Nana. A Nana, que é a caçula, vai morar com o namorado ainda esse mês. A CA-ÇU-LA já tá velha. Imagina o resto!

Lamentável constatar que envelheci!