Category Archives: Minhas Histórias

O sofá de retalhos

Quando eu morava no outro apê, o Johnnie e o Jack costumavam afiar as unhas nos cantos da minha cama. No forro também. Por vezes eu achava que eles estavam com caspa, mas não, era puro farelo de espuma! O sofá tinha uns furinhos de unha, mas nada grave. Eles não gostavam do tecido, eu acho!

Aí, antes de me mudar pro apê novo, pensei em algumas alternativas pra que eles não atacassem minha cama nova! Um arranhador? Hummm, gastaria uma grana comprando um troço que eles nunca viram, não sabia se funcionaria. Não comprei! Fecharia a porta do quarto. O problema da cama estaria resolvido.

Fui na loja comprar o sofá. Chegando lá, me apaixonei por uma poltrona de duas pessoas, toda colorida, feita com retalhos. A primeira coisa que disse foi: “Meus gatos ficarão lindos em cima dessa poltrona!”. O sofá grande, para a sala, eu ainda não tinha escolhido, mas o colorido eu tinha certeza que levaria!

Mudança feita! Cama, sofá e poltrona colocados, cada um em seu local da casa. Descubro, já no primeiro dia, que os gatos conseguem abrir a porta do quarto. Minha cama estaria em perigo. Antes a cama do que os sofás, que ficam na sala e todos vêem, certo? Foi mais ou menos o que eu pensei! Mas para o meu estranhamento, eles não se interessaram pelos cantos da cama nova. Pelo forro sim, mas até aí, quem se importa?

O sofá grande também não atraiu o interesse das unhas afiadas. Acredito que eles tenham gostado do conforto e maciez da camurça, pois volta e meia os encontro dormindo por ali, emaranhados. O que sobra quando saem, é apenas uma bola de pelos, facilmente eliminada pelo aspirador de pó. Nenhum furinho sequer!

Agora uma chance pra adivinhar onde os fofinhos decidiram cravar as unhas, se espreguiçar e brincar um com o outro. Sim, na minha poltrona de retalhos! Mais cara que a cama, mais cara que o sofá grande! Mas não adiantou sentar com os dois e explicar a situação. Aquele móvel seria deles. Ponto final!

O jeito foi abstrair do fato de que aquela era aminha peça preferida da casa. Também ajuda saber que, como ele é todo construído de retalhos, não seria lá muito problemático consertar um rasgo que pudesse aparecer. Afinal de contas, eu não comprei a poltrona pensando neles? Pelo menos dá pra dizer que bom gosto eles têm!

Blog de casa nova

Quem me conhece sabe que sou metida mesmo! Me acho! E justamente por isso, decidi hoje que eu queria ter um domínio .com.br pro meu blog. Ainda não sei exatamente qual a diferença entre ele e o blogspot, a não ser o fato de que agora eu tenho que pagar e que posso ter um e-mail @kitkatcomchampa.com.br. Mas não importa! Se eu queria o domínio, eu teria o domínio.

Muito mais bonito dizer que o endereço do meu blog é www.kitkatcomchampa.COM.BR. Muito mais! Mais profissional, mais fácil, mais sonoro. Igualzinho a mim! Tá, exagerei!

Agora preciso esperar o Cu entregar o TCC dele pra eu poder abusar do seu talento artístico e nerdístico e mudar tudo! Cor, fundo, cara, apresentação! Ele que se prepare, pois vem trabalho pela frente. E a culpa é dele mesmo, que incentiva minhas loucuras e fica lá, buscando domínio, servidor, DNS sei lá das quantas. Engraçado que até o pessoal aí desses serviços entendeu que comigo as coisas precisam andar rápido. O aviso era pra eu esperar até 72 horas, mas depois 12345675678 de F5 na página, o site abriu! Quanta felicidade. Apenas três horas de martírio!

Por enquanto só uma novidade: agora os leitores podem se cadastrar e receber os posts por e-mail. Assim ficam sabendo sempre que houver uma atualização. Bem facinho! Além disso, claro, quase que diariamente, continuarei postando minhas histórias e divagações e, vez ou outra, outras histórias, que sempre são bem vindas. Todos juntos no caminho rumo ao sucesso!

Aquele charme

Adoro Whisky! Quer dizer, gostar meeeeeesmo, só daqueles bem velhinhos, que são mais suaves no sabor. Mas o fato é que eu acho whisky um charme! Acho lindo alguém tomando um aperitivo “on the rocks”. Por isso, sempre procuro ter uma garrafa em casa!

Em algumas oportunidades eu sirvo um copo. Ando pela casa com ele, provocando movimentos circulares, parando em alguns pontos estratégicos e fazendo pose, fazendo charme para mim mesma. Em nenhuma dessas vezes eu bebo. Me basta tê-lo nas mãos.

Outra coisa que me fascina são os nomes, tanto das marcas, quanto das idades. Chivas Regal, Johnnie Walker, Jack Daniels, Old Pulteney, Old nº 7, Blue Label, Royal Salute. Todos lindos. Tanto que meus filhotes são batizados com nome de whisky, como todos já devem estar carecas de saber, a essa altura do blog.

Os whiskys tem história. Viveram anos em barris. Tiveram partes de si evaporadas. Sentiram-se abandonados apenas para alcançarem o status de bebida mais desejada. Os rótulos também ajudam. O do Jack Daniels eu teria estampado em uma parede inteira da minha casa, de tão lindo, clássico, clean e charmoso que eu o considero. Não se sabe ao certo o por quê do “Old No. 7 Brand”. Muitos dizem que o número 7 significa que somente na sétima tentativa de misturas, Jack conseguiu chegar a fórmula de elaboração de seu uísque. Como não se encantar?

Uma mistura perfeita de grãos, maltes, frutas, ervas, mel e outros ingredientes resultam nessa bebida cremosa, aromática e redonda, que resgata valores nobres da sociedade, como honra, cavalheirismo e amizade, esquecidos nas ultimas décadas. This is the Chivas Live! Se você ainda não experimentou, Keep Walking porque Jack Lives (around) Here. Será fácil encontrar!

Histórias de amor – parte II

– Oi gata!
– Oi, humm, gato!
– Meu nome é Mateus e o seu?
– Gertrudes, muito prazer!

– … ué, cadê o moço?

E assim termina o que poderia ter sido mais uma linda história de amor…

Fome infinita

Tem dias que sinto uma fome infinita. Me sinto um saco sem fundo. Posso passar o dia todo comendo e ainda assim, tenho fome! Como um doce, quero um salgado. Como um salgado, quero uma coca. Como uma banana e tenho sede. Tomo água e dá mais fome. É uma sensação estranha!

Tenho até vergonha de mim mesma nesses dias. E olha que isso é raro de acontecer! Olho todos a minha volta e os imagino pensando: “Nossa, a louca recém veio do almoço e já tá atracada num iogurte!” Realmente eu não sei o que me dá, mas parece até que eu pressinto quando vai acontecer. Hoje por exemplo, saí de casa com um pacote de três barrinhas de cereais, três bananas e sabia que teria um iogurte me esperando aqui no trabalho. Pra onde vai tudo isso?

PRA-ONDE-VAI-TU-DO-ISSO? Eu tenho a resposta: barriga, bumbum, culote, braço… aaaaaargh! Odeio quando vai pro braço! O resto eu resolvo. Mas o braço… não há cristo que dê jeito!

Não sei se mais gente sofre desse mesmo problema. Sei que mulheres tendem a ter mais fome naqueles dias. E às vezes dá vontade de comer até as paredes mesmo. Mas comigo acontece aleatoriamente, sem relação nenhum com qualquer outra coisa. Será que isso também acontece com homens? Se sim, o Véio nasceu com esse distúrbio.

Mesmo assim vou me manter firme no propósito de emagrecer até virar pele e osso e vou ficar só nesses lanchinhos lights mesmo. Vou seguir a filosofia dos alcólicos anônimos: só por hoje eu não devo comer! Amanhã a fome infinita deve acabar e ficarei bem satisfeita com meu cafezinho com leite. Como sempre!

Histórias de amor – Parte I

– Oi!
– Oi!
– Eu sou o Mateus, tava te cuidando ali de longe.
– Oi Mateus, eu sou a Luana.
– Sabe Lu, tu é muito gata!
– Obrigada! (Lu???)
– Vem sempre aqui?
– Sério que tu tá me perguntando isso?
– Desculpe, deve ser a falta de prática!
– Hummm, recém solteiro?
– Pois é, relacionamento longo, a gente perde a prática!
– A gente?
– É, digo, eu, ela. Quem fica assim, namorando por muito tempo.
– Huuummmm!
– Que tu quer dizer com esse hum?
– Nada não!
– Tu acha que existe a possibilidade de ela não ter perdido a prática.
– Particularmente, acho que existe uma grande possibilidade!
– Mulheres!
– Continuo aqui!
– Tem razão, desculpe. Tô dizendo, é a falta de prática.
– Tá bom, tá bom. Já entendi!
– Veio sozinha pra festa?
– Na verdade tu tá parado bem no meio da minha roda de amigos.
– Ah, não havia percebido!
– (Meu Deus! De onde saiu essa criatura?)
– Oi pessoal, eu sou o Mateus, tudo bem? Legal teus amigos. Poderíamos marcar de sair algum dia, né?
– É! (Aham, claro!)
– Quando?
– De novo: sério que tu tá me perguntando isso?
– É, acho que primeiro a gente tem que ver se rola alguma coisa hoje, né?
– Se rola alguma coisa hoje…
– Tu acha que rola?

E assim termina o que poderia ter sido mais uma linda história de amor…

Maratona etílica

Era pra ter sido um simples churrasco para reunião dos amigos do MBA da FGV. Era pra ter sido… mas não foi. Quer dizer, o churrasco foi, mas não foi nada simples. Começou ao meio dia de sábado e terminou às quatro da madrugada de domingo. Terminou porque fui dormir, mas o álcool continuou agindo ainda por quase metade do domingo.

Ainda na aula, durante uma dinâmica em grupo, já pudemos perceber que o pessoal estava mal intencionado. Ao invés de tentar atingir o objetivo do exercício, o que víamos eram bilhetes sobre o churrasco, sobre o calor, sobre a cerveja, sobre o Carlos (?!?!?!)… até que o Dani foi finalmente demitido! De brincadeirinha, claro! Era um sinal!

Chegamos na casa do Gabi, sede do churras, e já estava tudo semi preparado: fogo na churrasqueira, maionese no pote e uma caixa de isopor lotada de Original gelada. Era chegada a hora do aquecimento. Alguns ainda resistiram, dizendo que primeiro tomariam chimarrão… Aham! Primeiro tomariam UM chimarrão, né? Porque ninguém poderia ficar pra trás. E em pouco tempo estávamos todos na cerveja!

Era uma galera, e os papos… jezuis! Rolou de tudo! No início eram Carol, Loira, Lipe, Dani, Paulo, Serginho, Rejane, Profe, Sandra, Rosângela, Sionelli, Lisi, Everaldo, Marcos, Gabi, Elis, Marcela, Marizete e eu (a Loira ainda lembra que também estavam conosco o Café, a Bella e a Katsy). No fim éramos menos, mas o suficiente para terminar com um pack de Stella e ainda pedirmos mais umas Boehmias pelo Disk Ceva.

Terminado com todo o estoque etílico da casa, decidimos ir em caravana para algum outro lugar. Eram umas 18h quando chegamos na Toast. Se somássemos todas as nossas idades, não chegaríamos na idade do mais novo que tava no lugar. Tipo assim, suuuuuuper divertido. Nessa hora éramos apenas Gabi, Loira, eu, Lipe, Marcela e Lisi (depois chegou o Perigoso).

Esvaziadas todas as contas bancárias, decidimos ir embora. Cada um pra um lado! Nosso plano era de irmos na casa da Su pra que ela trocasse de roupa, deixarmos meu carro na minha casa, e irmos com o Lipe pra Porto. Não deu! O Lipe bateu quando estávamos indo pra São Léo. Mas isso não haveria de nos desanimar.

Depois de ter atropelado o retrovisor dele, e de ter dado uma ré na BR pra acudir o amigo, o guincho foi chamado e lá fomos nós três pro Abbey. Duas horas sem cerveja entre a batida e a chegada do guincho nos deixaram praticamente sóbrios, então aproveitamos pra tomar uma(s) ceva(s) gelada(s). Só pra dar uma regulada na lenta!

Minha sorte é que o Palio sabe já bem direitinho o caminho de casa. Quando menos percebi, estava acordando na minha cama, com a vizinha entrando lá em casa pra buscar espetos pra outro churrasco… mas dessa vez achei melhor ficar só no Guaraná.

— A CULPA DAS FOTOS NÃO ESTAREM AQUI É ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE DA MARCELA, QUE ESQUECEU A CÂMERA EM CASA! DIZ ELA QUE À NOITE ESTARÁ TUDO NO MEU E-MAIL, MAS EU NÃO ME RESPONSABILIZO! ASSIM QUE RECEBER AS FOTOS, POSTO AQUI! PELO MENOS AS QUE FOREM AUTORIZADAS PELA CENSURA! —

Síndrome de Branca de Neve

Tá, eu confesso. Sou uma Apple Freak! É só eu ver a maçã que lá vou eu, desesperada pra comprar. Sim Carol, eu pre-ci-so de todos os i´s do mundo: iPods, iPhones, iPads… sem falar do meu lindo e fofo Mac Book, obviamente.

Deve ser algo relacionado a essa necessidade de tecnologia da geração Y. Tá, eu sei que os estudos insistem em colocar essa geração como nascidos após 83, mas digo que essa 81 que vos fala é Y em cada poro. Aliás, acho que se eu fosse nascida pós 83, eu nem seria tão Y como sou hoje!

Mas o assunto não é esse, mas as invenções daquele tal de Steve Jobs. Desgraça de homem que inventou a Maçã Maldita. Agora meu salário suado de todo mês cai direto nos bolsos dele. Pra que fazer tudo tão lindo, e chique, e fashion, e funcional, e branquinho, e brilhante? Por queeeee?

Agora eu pre-ci-so de um iPad pra chamar de meu! É igual tatuagem. Uma só não basta. Vicia. A gente sempre quer mais uma. Maldita maçã irresistível. Maldita síndrome de Branca de Neve.

Hoje não!

Não tô boa.

 
Exagerei ontem. Treino novo de vôlei, panqueca, futsal. Insônia na noite. Acordar as 4h30 pra ver o Brasil perder pro Japão no Grand Prix.
 
Dois copos de café antes das 10h e uma térmica de chimarrão não ajudaram.
 
Amanhã eu volto!

Ataque Felícia

Tô numa fase meio Felícia. Deve ser a véspera da viagem. Sempre fico assim, com saudade antecipada, sabe? É como se eu não quisesse perder nada do que fica por aqui: amigos, festas, meus filhotes, mas ao mesmo tempo, nem consideraria a hipótese de não viajar por causa deles.

Pra quem não sabe, a Felícia era aquela criança doida, apaixonada pelo Valentino Trocatapa, que vivia correndo atrás do Perninha, “coelhinho, eu adoro coelhinho”, e que amava tanto o seu gatinho que tinha vontade de “amar, abraçar e apertar até ficar em pedacinhos”. Pobre Frajuto, o gato.

Pobre dos meus gatos e amigos, pois ando mesmo numa fase de amar, abraçar e apertar até ficar em pedacinhos. Eles que o digam. Mas tudo passa, a fase Felícia deve passar também, em breve. E aos que sobreviverem, que fique claro que apesar da violência, é tudo uma pura e simples demonstração de amor!