Category Archives: Divagações

A beleza dos olhos castanhos…

Juro que o que vou dizer, em nada está relacionado com o fato de o rímel da Yves Saint Lauren não ter deixado meus olhos verdes, conforme prometido. E também juro que não é recalque, porque não é exatamente que eu goste dos MEUS olhos. Mas o fato é que eu adoro olhos castanhos!

Verdade! Acho que os olhos castanhos tem um charme todo especial. Mistério talvez! Vai saber… Parece que o olho castanho sempre é mais harmônico com o rosto do que os verdes ou azuis. Claro que é exatamente por isso que os coloridos se destacam. Mas como prefiro a harmonia, vou com os marrons.

Tem um ator desses nova geração, que fica infinitamente mais bonito de olhos castanhos. Mas o pobre tem o azar de ter os olhos mais azuis que eu já vi. Quando ele participou de Tropa de Elite, achei o cara um gato. Aí na novela das seis, tá lá o moço, com seus olhos na cor natural: um raio! Abaixo as fotos, que não me deixam mentir!

Simplesmente não orna!

Claro que tem gente linda, de olhos claros ou coloridos! Mas que a cor do olho não é o determinante pra isso, ah, isso não é meeeeesmo!

Consumismo forte

Mulher é consumista por natureza. Nasceu assim. Desde o útero, aprendeu a querer tudo pra si. Pobre do menino que é casal de gêmeo… deve ter sofrido desde cedo. Mas o fato é que se a gente botar o olho, compra!

Imagina o que é necessário de auto controle quando se vai as compras em Paris! Imaginou? Sim, mais caro. Sim, meu salário é em reais. Sim, não vale a pena comprar a maioria das coisas aqui… Sinto muito, mas nada disso importa quando se está em frente a coisas que só tem por aqui.

Como não enlouquecer na seção casa do Le Bon Marché? Como não querer levar pra casa toda a Pylones… inteirinha? Como resistir as liquidações da Zara e a coleção Stella McCartney da Adidas. Se alguém souber o segredo, me conte, por que eu ainda não descobri.

Mesmo assim, com todas essas tentações a minha volta, estou focada no meu iPad. Preciso economizar para pagar o tamagoshi novo e dele eu não abro mão. A Iza prefere a bolsa Louis Vuitton, a Kopi prefere fazer compras na Galerie Lafayette. Eu prefiro meu iPad. Foco, Beta, foco!

Eu estava forte! Juro que estava! Até entrar na Sephora. É fato, nenhuma mulher do mundo seria capaz de entrar e sair da Sephora sem ter comprado nada. É simplesmente a maior e melhor loja de perfumes, maquiagens, cremes antirugas e todas essas outras coisas infernais que nos tentam até que tenhamos vontade de sair correndo de lá de dentro.

A nova é o rímel da Yves Saint Lauren. Vem o cara, vendedor da marca, toooodo maquiado, mostrando esse produto milagroso que faz a cor do olho ficar verde. Diz ele que é o contraste, pois o rímel é bordô, que é cor contrária a verde, e que, com a luz, blá, blá, blá… Pra mim o que ficou foi: COMPRA ESSE RÍMEL E TERÁS OLHOS VERDES! Óooooobvio que eu comprei, né? Porque senão eu me arrependeria pelo resto da vida. Óooooobvio que meu oho segue castanho… com rímel, sem rímel, na luz negra ou na luz do sol…

Não sei que consumismo é esse que a gente tem. Mas é uma força maior. Algo do tipo “sei que não funciona, mas preciiiiiso comprar”. Por que, exatamente, é outra história. Sei que a única forma que encontrei de sair de lá sem deixar todos os cartões de crédito estourados, foi me dirigir ao caixa logo que passei pelos produtos da Mac, pagar todas as compras de uma vez, e sair de lá correndo, sem nem olhar pro lado…

A marcha dos bêbados

Vem cá, alguém já reparou na marcha dos bêbados? Tipo assim, o povo bebe, bebe, bebe, e aí acaba a bebida, precisamos de mais! Então, tipo, acabou o vinho aqui no apê, todos os dramas, histórias e risadas depois. O que fizemos? Fomos comprar vinho em Paris à uma da manhã!

Óbvio que isso não é tarefa fácil! Logo, tivemos que parar por uns 2345678945678 zilhões de bares, até chegar no Marais (marré, pros não afrancesados). Obviamente que, como já sabíamos por experiência própria, nenhum bar vende garrafa de vinho… mas isso não vale pro Marais!

Chegamos lá e fomos entrando bar a dentro. Sabe como é, madrugada de domingo pra segunda, em Paris… quase sem esperança! Aí avistamos um bar aberto. Invasão com força! Fomos logo perguntando se vendiam vinho, para não perdermos tempo. Pra nossa susrpresa o garçom perguntou: Quantas garrafas???

E aqui estamos nós, com duas novas garrafas de vinhos, Bordeaux, safra 2008, delícia. Uma fortuna perto do que pagamos no mercadinho. Mas manter a conversa entre as melhores do universo, no nosso super apê, em dia de feira… NÃO TEM PREÇO!

Mas enfim, o que eu queria falar mesmo era sobre a marcha dos bêbados. Quem chamou a atenção foi a Iza! Mas assim, o povo quando bebe muito, sai marchando. Fato! Principalmente se em direção a mais bebida. E lá estávamos nós, da Ilha de Saint Louis até o Marais, em busca de vinho, marchando em busca de mais Bourdeaux. Pá, pa, pá, pá, pá, pa! No mesmo ritmo!

Atravessamos a ponte, quase que no mesmo passo. E ai de quem aparecesse pela frente… Sabe que aqui na França eles costumam andar com uma baguete debaixo do braço, né? Isso tudo bem! Mas se alguém cruzar o seu caminho com uma garrafa de bourdeaux encostada no sovaco, no domingo à uma da manhã…. sério, run Forrest, run! Porque a pessoa não vai parar… Garanto!

Coisa boa

Hoje pensei: quero escrever sobre uma coisa boa! E coisa boa de verdade, praticamente unanimidade internacional, só mesmo ele: o fabuloso crème brûlée. Assim mesmo, cheio de acentos! Em francês se lê crrrrem brrrulê, mas o que importa não é o nome, mas a sobremesa em si. Aliás, o troço é tão bom que a Letícia uma vez não aguentou esperar e foi pedindo ele logo de café da manhã.

Sabe aquele filme “O casamento do meu melhor amigo”? Com a Julia Roberts e a Cameron Dias? Pois nesse filme a Julia Roberts é uma crítica gastronômica e compara a personagem da Cameron com o crème brûlée: irritantemente perfeito! E pra mim, essa é a melhor descrição que há.

O doce nem é tão doce assim, mas na medida para saciar aquela vontadinha de açúcar. O creme de baunilha derrete na boca, como se fosse a combinação perfeita com qualquer coisa que tenha sido ingerida anteriormente. Aquela crosta de açúcar queimado chega a dar arrepios na espinha de tão delícia. Ele irrita mesmo, de tão bom que é.

Talvez pudéssemos nos inspirar no crème brûlée todos os dias: uma crosta dura por fora, porém doce, um recheio mole, porém frio, uma cor amarelada de energia, e uma combinação maravilhosa de cores, sabores e texturas. É o equilíbrio perfeito!

Preguiça de quem tem preguiça

Ando com uma preguiça de gente preguiçosa. O mundo rodando, as coisas acontecendo, as notícias chegando e a pessoa lá, no mesmo lugar. De preferência escorada numa parede, pra não cansar! Uma lista grande de pendências, que só aumenta com o passar das horas, e a pessoa nem tchum!

Dizem por aí que tem muita gente procurando trabalho. É mentira! Tem muita gente procurando emprego, salário no fim do mês, 13º, FÉRIAS… trabalho que é bom, nada! É muita gente achando que sabe tudo, que o negócio é delegar funções… pouca gente carregando caixa.

Ai que preguiça dessa gente. Que preguiça de quem vai empurrando com a barriga! Que preguiça de quem tem um bom emprego e perde. Preguiça gigante de quem não aproveita as oportunidades, ou de quem sequer as enxerga.

Não falta emprego, falta vontade. Falta energia. Falta desejo, tesão. Falta as pessoas se preocuparem mais com a diferença que fazem no mundo do que com a diferença entre as contas bancárias. Falta índio pra tanto cacique.

Preguiça de gente que não entende que emprego é consequência de bom trabalho!

Mídias

Tenho bode de gente que fica criticando as novas mídias (gostou do bode, Iza?), ou as velhas. O mais criticado é o Twitter. “Como alguém consegue expressar uma ideia em 140 caracteres?”, “As pessoas hoje não conseguem ler nada que tenha mais de 140 caracteres”. Sabe o que eu penso de tudo isso? RECALQUE!

Recalque de quem não quer entender que o mundo evolui e com ele, evolui a forma de comunicar. Se alguém tem dúvida se as pessoas lêem mais do que 140 caracteres, eu respondo: Sim, elas lêem. Mas através dos 140 caracteres é que elas decidem se vale a pena a leitura ou se devem passar para o próximo texto.

Os tempos são outros, as gerações são outras, a velocidade é BEEEM outra. O que faz algumas pessoas pensarem que a comunicação continuaria a mesma? Gente, se liga! Tem que correr atrás da máquina! Se o Twitter tá aí e muita gente usa, entra lá e busca aprender tudo o que tu puder, pois ele faz a diferença quando se trata de comunicação para as novas gerações. Ou nem tão novas assim. Sou geração Y e não vivo mais sem as mídias sociais. Imagina pra quem é Z!

Não gosta da programação da televisão? Desliga! Mas deixa quieto quem curte. Acha que Facebook, Orkut, Twitter é expor sua vida na rede? Novidade: quem posta as informações é tu mesmo. Só fica na rede o que tu quiser que fique. Acha que as novas gerações lêem poucos livros? Saiba que de pedacinho em pedacinho postado na rede, é bem possível que eles conheçam mais de literatura do que qualquer nascido nos anos 50.

Hoje, até o e-mail está ficando obsoleto. Gostando ou não do novo formato, é importante entender que a comunicação mudou. As pessoas mudaram, o ritmo mudou. Abra a cabeça para as novidades. Não seja resistente. Talvez as coisas tenham piorado em alguns aspectos, mas pode ter certeza de que melhorou em muitos.

Mas independente do formato, da ferramenta ou do público, quero mesmo é que tenhamos cada vez mais boas notícias para comunicar. É isso que importa!

Os blogs e as fases

Pois hoje, respondendo a Svendla, que pediu pra eu ensiná-la a ter disciplina pra blogar, cheguei a algumas conclusões. A disciplina que tenho hoje (ou que tento ter, apesar de ser sempre xingada quando atraso a publicação de um post), não é a mesma que tinha em outras épocas. O blog muda, a fase muda, a disciplina muda.

Já tive blogs antes. Acho que foram dois. Ou três. Não lembro ao certo. Mas o fato é que, nem eu tinha um estilo de texto ainda, nem uma visão das coisas como tenho agora. Em pouco tempo o blog me entediava e era abandonado. Jogado às traças. Os blogs eram a representação de uma fase específica da minha vida. Passou a fase, acabou o blog. Simple like that!

O KitkatComChampa é diferente dos que se foram. A fase é diferente também. Hoje a minha vida é mais estável, minhas ideias estão formadas (quase todas!), tenho experiência suficiente pra fazer comparações, tenho histórias (muitas histórias) pra contar. Além disso, o blog mata minha saudade de escrever. É a zona de escape de uma jornalista frustrada, que viu necessidade de fazer mais de sua vida, e que por isso abandonou a arte de contar causos.

Mas como escrevi para a Svendla, independente da fase, do estilo, ou mesmo da disciplina, o importante é expirar toda a inspiração. O legal mesmo é externar os sentimentos, as ideias, as emoções. Pouco importa se num livro, num blog, num e-mail, no twitter, no msn, no telefone ou por carta!

Futebol feminino

Ontem fui jogar futebol. É a segunda vez que jogo, depois de um longo período longe das quadras. Óóó, quem vê pensa que eu jogo, né? Pois então, a cada jogo que passa, constato mais fortemente que jogo muito, mas muito… MAL. E mesmo assim, tem gente que consegue ser pior!

Futebol feminimo é correrio. Não tem organização, não tem troca de passes, não tem levantar a cabeça pra ver onde estão as companheiras. É na base da patrola. Pega a bola, baixa a cabeça e sai patrolando o que tiver pela frente. Com sorte, três caneladas, dois pontapés, cinco empurrões e duas prensadas depois, a bola ainda sobra com a que tentou patrolar. Aí é fácil: mira a bola, pega impulso e chuta! Mas da próxima vez tenta não errar em bola porque já tá ficando chato…

As que jogam de verdade devem estar querendo minha cabeça a essa altura. Me desculpem, mas vocês são poucas! A Deborah, no último jogo, fez sete dos 14 gols do nosso time. Ela foi metade do time! Se não mais! Pobre Deborah! Não é a toa que ela não quis mais ir. Sei que algumas ainda conseguem ter aquele raciocínio de jogo, sabem se movimentar pro lado certo, fechar os espaços… Mas sério, na maioria dos casos, dói de ver!

O pai e a mãe, que sempre nos acompanhavam naqueles campeonatos intermináveis de vôlei, não aguentaram sequer um jogo do time de futebol. E até hoje eu e a Sis somos motivo de chacota sempre que falamos pra eles que iremos ou que jogamos futebol. Pô, pelo que me consta, família é pra dar apoio moral, né?

A Mônica, por sua vez, sempre me apoiou. Toda vez que eu digo que não jogo nada ela solta a frase: “Mentira dela. Ela era titular do time da escola”. Ela só esquece de mencionar que o time da escola nunca ganhou de ninguém…

Improviso!

Não gosto de planos! Um pouco de planejamento é bom, mas bem pouquinho! Gosto do improviso, da excitação que ele provoca. Gosto de não ter certeza do que vai acontecer. Gosto daquele friozinho na barriga que o risco provoca. Não é bem de surpresas que eu gosto, mas do inesperado calculado. Entende?

Acho chato ter tudo muito organizado. Acho chato saber toda a história do lugar antes de conhecer. Acho muito chato saber em qual estação de metrô eu terei que descer. Acho chato não me perder em um lugar novo. Ou num velho conhecido. Acho chato saber o que me espera.

Minha irmã um dia me xingou porque eu não leio as placas. Dobro na rua que eu acho que é a certa e só depois vejo se acertei de fato ou não. Mas sou assim, mesmo. Não leio placas. Sigo minha intuição. Às vezes eu preciso dar uma volta na quadra, mas em muitas vezes ela me deixa na porta.

Chato, muito chato, aquele que é safe. Que graça tem ser safe? Se joga na vida, bee. Tá com medo de que?

O da hora!

Perdoem-me, mas terei que falar de livros novamente. Aliás, pelo que estou percebendo, ainda falarei muito sobre esse: Comer, rezar, amar! Mas isso é outra história, para outro post.

Costumo dizer que os livros falam comigo, principalmente quando chegou a hora certa de eu ler um ou outro. Funciona mais ou menos assim: eu chego na livraria, banca ou mesmo no sebo, e alguns títulos começam a pular das prateleiras diretamente nos meus braços. É sério! Díficil é sair de um lugar desses sem ter usado todo o crédito do cartão.

A primeira vez que percebi isso foi quando passei por um sebinho que tem na saída da estação de metrô aqui em São Leopoldo e lá da rua, enxerguei “Quando Nieztche Chorou”. Ele tava lá longe, na última prateleira, a uma distância em que, provavelmente ninguém conseguiria ler o título. Eu li! Sequer eu tinha entrado no lugar, mas quando chega a minha hora de ler uma história, ela sempre dá um jeito de se colocar disponível pra mim.

O livro da Elisabeth Gilbert, Comer, Rezar, Amar, pulou, sim, nos meus braços, numa banquinha de aeroporto. Ele estava bem ao lado da chinesinha que gritava “Do you wanna learn mandarim?” à todos que passavam. Era uma edição daquelas de viagem, folha reciclada, letras miúdas… mas enfim, havia chegado a hora. Comprei!

O livro é dividido em três partes: Itália, Índia e Indonésia. Estou ainda na primeira, mas já percebi que meus conceitos são muito parecidos com os da protagonista e isso está me deixando cada vez mais encantada com a história. É sempre assim, o livro certo, na hora certa. Ainda vou escrever bastante sobre esse.

No mais é curtir o do momento e esperar o próximo que vai gritar “olha eu aquiiiiiiii!”.