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Uma jornalista, como outras tantas, que as vezes sente falta de escrever sobre o que dá na telha. Escorpiana, mochileira, curiosa por natureza.

Surf com obstáculos

Como todos devem saber depois de alguns posts da Beta, eu sou uma bodyboarder ultramegasuper fanática. Amo o mar, desde o verdinho clarinho em que tu consegue enxergar os dedinhos dos pés pisando na areia (quer dizer, eu não conseguiria ver nem que o mar estivesse transparente, mas as pessoas que não são ceguetas como eu, enxergariam), até aquele mar chocolate que te enche de coceira e deixa teus cabelos duros. É, fanática é fanática. Aguento frio, sujeira, caldos, muralhas na cabeça, sem nem reclamar.

A única coisa marítima com a qual eu não tenho uma boa convivência, é com peixe (pode isso?!?!). O pavor que eu tenho é de outro mundo. E tenho pra mim que eles sentem o medo da gente e, quanto maior o peixe maior o radar para medrosos na área.

Tá, eu sei que botos não são peixes, são mamíferos, mas também vivem no mar e são considerados, por mim, os maiores predadores de Nanas que existe. Parece que eles sabem exatamente onde eu vou estar e quando. Principalmente no inverno! É só eu entrar na água que logo eles estão por perto (sim, “eles”, porque eles nunca chegam perto de mim sozinhos. Sempre tem pelo menos dois. Não acham que isso poderia ser uma técnica de ataque??!!. Eles chegam a passar roçando na minha perna pra me botar mais medo. Meus amigos dizem que eles querem brincar… mas quem disse que eu quero brincar com eles??

História com peixes (e mamíferos aquáticos) são muitas. A mais recente aconteceu no feriado de Páscoa:
Estávamos no Farol de Santa Marta surfando, quando um amigo meu levou um mordida. Na hora não tínhamos ideia do que tinha sido, um tubarão talvez? Meu amigo saiu do mar remando desesperadamente com a mão pra cima e coberta de sangue.

http://www.youtube.com/user/nanaramos#p/a/u/1/CA31z-Uw7VM

Depois de horas procurando um posto médico ou um hospital e mais horas pra suturar sete pontos no total (recomendo a quem for para o Farol, levar um kit completo de medicamentos, porque só se acha atendimento médico a 25 km de lá!), descobrimos com pescadores locais que a tal mordida era de um peixe-espada e que essa espécie estava dominando as praias dali, fazendo várias vítimas.

Mas fanática que é fanática não desiste por pouca coisa, não é? No dia seguinte, adivinha quem tava de volta dentro d’água feliz da vida, com os pés e mãos para cima da prancha, sendo atacada por peixes-voadores, mas pegando altas ondas? Não preciso nem responder!

http://www.youtube.com/user/nanaramos#p/a/u/0/6q3rPnMNv4Y

* Nana Ramos é publicitária, irmã da blogueira, bodyboarder e vez ou outra é encontrada se engalfinhando com peixes e/ou mamíferos aquáticos na costa do sul do Brasil.

Minha voz continua a mesma, mas os meus cabelos…

Como o show não pode parar, cá estou eu novamente pronta para contar mais uma das minhas peripécias. Juro que além de mim, não conheci mais ninguém digno de tanto fiasco. Hoje em dia já tenho receio de fazer qualquer coisa porque sei que na maioria das vezes, as conseqüências são vergonhosas. O que me consola é que pelo menos, eu tenho história pra contar. E como tenho…

Bueno moçada, alguns dias atrás estava eu de saco cheio da minha cara, querendo mudar. Pensei comigo: vou cortar o cabelo, pintar de castanho escuro e depilar a sobrancelha. Decidida, marquei hora com a depiladora às 15h30 e com a cabeleireira às 16h, mas decidi que não faria a pintura no salão. Comprei uma tinta e fui até a casa de uma amiga ver se ela faria o trabalho sujo pra mim. Ela, por sua vez, aceitou o desafio e pintou todo o meu vasto cabelo. Deixamos a tinta agindo durante 40 minutos, conforme indicado na embalagem. Até essa hora eu estava faceira por já estar no processo de mudança. Aquela ansiedade para ver o resultado.

Chegada a hora de retirar a tinta, nos posicionamos no banheiro, de modo que ela conseguisse enxaguar os meus cabelos sem fazer muito lambuzo. Ela liga o chuveiro e sai uma quantia muito humilde de água. Pensei até que a criatura estava querendo poupar água ou pensando um pouco mais “psicopaticamente”, poderia estar querendo torrar o meu couro cabeludo. Mas não, a verdade é que havia terminado a água do prédio! Já era 14h50 e às 15h30 era o meu primeiro horário. Pensei até em enrolar uma sacola plástica no cabelo e ir até o salão enxaguar, mas o meu horário com a cabeleireira era às 16h, se eu esperasse até lá correria o risco de ao invés de cortar o cabelo, ter que comprar direto uma peruca.

Foi nessa hora que minha adorada amiga teve a brilhante idéia de pegar água da geladeira. Eu estava numa posição ingrata, com o cabelo pura tinta, o que poderia ser pior? Cada filete de água que escorria no meu couro cabeludo congelava até o meu nariz. Que dor! Parecia que a qualquer momento o meu cérebro ía se suicidar pelo nariz de tão gelada que estava aquela água. Para a minha sorte ou azar, a água da garrafa acabou, mas a Bianca teve mais uma idéia genial: havia sobrado água dentro da chaleira, que da mesma forma não serviu para muita coisa. Tenho uma grande quantidade de cabelo, que exige uma grande quantidade de água para enxaguá-lo.

E agora? O que se faz? Tivemos a brilhante idéia de pegar água de dentro da caixa de descarga do banheiro (veja bem, de dentro da caixa de descarga, e não de dentro do vaso sanitário, antes que alguém me chame de relaxada). Abrimos o reservatório e fiquei mais tranqüila, tinha mais água que um caminhão pipa. Daí por diante, só foi. Cabelo enxaguado da maneira que foi possível, me fui pro salão…

Saí do apartamento em cima da hora, cheguei no salão e fui correndo para fazer a sobrancelha. A sala é de depilação, toda branca, com uma maca branca, com um lençol branco… Eu lá, deitadinha. Finalizada a sobrancelha, levanto-me da maca e me deparo com uma rodela marrom na cabeceira da maca e mais duas rodelas onde estavam os meus pés, que no caso estavam sujos da água tingida que caía no chão e respingava nos tênis. Quando olhei aquela maca eu queria me enfiar dentro da panela de cera da moça. Pedi desculpas, porque graças a Deus meus pais me deram educação, e sumi da sala, desejando muito que chegasse a hora de eu lavar decentemente os cabelos.

Sentada na cadeira lembrei-me da “nhaca” que estava o meu cabelo, nessa hora o assistente me pergunta: “e o que tu faz, Vanice? Trabalha, estuda?”, eu logo pensei: “esse cara deve tá achando que eu trabalho no caminhão de lixo, aliás, dentro dele, pela imundice do meu cabelo.” Apenas disse pra ele, “Olha querido, esse caldo que está saindo do meu cabelo é porque acabei de pintá-lo e quando eu estava enxaguando faltou um pouquinho de água, ok?!”, eu não ia falar pro rapaz que eu havia congelado a cabeça na água gelada, ter usado água da chaleira e quase ter enfiado a cabeça dentro da patente pra enxaguar, né?!

Apesar de todo o tormento para o meu cabelo ficar bonito, valeu toda a função… só recebo elogios.

* Vanice Schuch é publicitária e diverte muito a blogueira com suas histórias mirabolantes.

Lápis e borracha

Cada dia mais eu me surpreendo com o poder que tem o nosso cérebro. Se tu trabalha muito um tipo específico de raciocínio, ele vai virando craque naquilo e quando a gente menos espera, parece que a coisa vira automática. Por outro lado, por mais facilidade que tu tenha para um tipo de atividade, experimenta ficar muito tempo sem praticar pra ver o que acontece!

Pois bem, passado o segundo grau, optei pela faculdade de jornalismo, obtendo meu diploma em 2003. Foram-se quatro anos e meio de texto, texto, texto, gramática, português, literatura, técnicas de rádio, TV, jornal, revista…. O português bombando (aliás, quero aproveitar pra deixar claro que a não conjugação correta dos verbos é proposital pra que o texto fique mais próximo do que seria a história contada), não precisa de gramática, não precisa de regras de acentuação, pontuação… É tudo automático!

Agora pega esses quatro anos e meio, junta com mais seis (sim, seis!) anos que eu fiquei entre a colação de grau e o início do meu MBA e calcula a eternidade de tempo que eu fiquei sem fazer cálculo. Pois é, o máximo de matemática que eu usei durante mais de dez anos, foi dividir o valor do engradado de cerveja entre os presentes no churrasco. E nem sempre dava certo!
Aí ano passado eu decidi entrar no MBA da Fundação Getúlio Vargas. É, porque eu sou metida mesmo! Se é pra fazer uma pós, que seja na melhor escola. E se é pra fazer uma pós, que seja pra aprender coisas novas. Logo, nada de marketing pra mim, queria mesmo era gestão empresarial. No começo foi tudo bem, era módulo de gestão de pessoas, marketing, negociação… aí de repente começou a encrespar! Matemática financeira, contabilidade… com o detalhe que não consegui fazer nenhum desses dois e acabei caindo direto em Finanças Corporativas.

Imagina que delícia que foi a primeira aula. Eu olhando pra uma tal de calculadora HP, ela olhando pra mim, e muito poucos botões familiares entre nós. Pelo preço desse negócio, minha expectativa era de que eu ligasse a bichinha, fizesse a pergunta, e ela me desse a resposta imediatamente. Mas não! Ela fica ali parada, insistente. E não adianta desligar e ligar de novo que os números continuam lá. Tem comando até pra apagar o visor. Pode isso?

Sempre fui boa em matemática. Só peguei recuperação uma vez na vida, e foi em educação artística! Mas poxa, são dez anos sem fazer cálculos complexos, como reativar esse raciocínio? Agora que já acabou o módulo, aprendi que tem um botão que calcula a data, um que calcula a taxa, um que salva o valor presente e um que diz o valor futuro (entre outros, claro). Bonito! Agora, pra quem nunca mais utilizou o raciocínio matemático, como é que eu vou confiar num negócio desses? Me diz?

Ainda sou mais o lápis e a borracha do que esse trem aí!

Folga

Hoje não tem post pois a blogueira está de folga, comemorando o título de Campeão Gaúcho conquistado pelo Grêmio na tarde de ontem.

Amanhã tudo volta ao normal!

Beta in Wonderland

Sou apaixonada por Alice na País das Maravilhas, de Lewis Carroll. Já li mil vezes. E já indiquei pra outras mil pessoas. Sei que muita gente acha que é um livro infantil, mas na verdade, ele é muito mais adulto do que a maioria imagina!

São muitas as lições que tirei dessa história que, além de animais falantes e poemas inusitados, ainda coloca uma menina pra comer cogumelo. E ela cresce, e diminui, e cresce de novo… sempre parecendo estar do tamanho errado. Vamos excluir o fato de que o cogumelo ali pode simbolizar drogas e nos ater para a incrível sensação de não se encaixar em lugar nenhum. Como se estivéssemos sempre no lugar errado. Quem nunca se sentiu assim?

Outra parte que eu gosto muito, é quando a Alice está muito grande e começa a chorar. Não demora muito para que o leque do Coelho Branco a faça diminuir e adivinha onde ela acaba caindo? Dentro de uma lago de lágrimas que ela mesma criou! Agora cá entre nós, são realmente as crianças que precisam aprender essa lição? “Eu gostaria de não ter chorado tanto”, disse ela.

Tem ainda o bebê da duquesa, que de tão maltratado, acaba virando um porco. Sorte da Alice que ela não vive no mundo real, ou esse bebê se transformaria num assaltante, sequestrador, homicida…

A crise de identidade da Alice, que se dá durante toda a história, é uma referência muito forte a maior dúvida da universo: Afinal, quem somos? “Quem sou eu?” Ah! esta é a grande confusão!” E Alice começou a pensar em todas as crianças que ela conhecia e que tinham a mesma idade dela, para ver se tinha se transformado em alguma delas. “Eu tenho certeza que não sou Ada”, ela disse, “porque os cabelos dela são enrolados e os meus não. E eu tenho certeza que não sou Mabel porque eu sei muitas coisas e ela, oh!, ela sabe tão pouco! Além disso ela é ela e eu sou eu e…puxa, que confuso isso tudo é!”. Pois é Alice, quem disse que viver era fácil?

Nem pra Rainha de Copas a vida é fácil. Antes mandar decapitar todo mundo do que ouvir críticas a si mesma. E mesmo tão rancorosa, ainda se viu disposta a contar histórias e ensinar Alice a fazer sopa de falsa tartaruga! Ninguém é totalmente mal… e ninguém é totalmente bom! É ou não é?

Por fim, quando a Alice decide voltar pra casa, se depara com uma bifurcação e para, pensativa e em dúvida sobre qual caminho seguir. Nessa hora aparece o Gato de Botas, que pergunta:
– Qual o problema Alice? Posso te ajudar?
– Estou em dúvida sobre qual caminho seguir.
– Aonde você quer chegar? – perguntou o gato.
– Eu não sei.
– Ora, se você não sabe aonde quer chegar, então qualquer caminho serve….

Preciso dizer mais alguma coisa?

E afinal de contas, por que mesmo que um corvo se parece com uma escrivaninha? Pouco importa, afinal cada um tem o seu País das Maravilhas e, pra chegarmos lá, basta se deixar levar pela imaginação…

Banana pancakes – tradução livre

Não vê que está chovendo? Não há necessidade de sair de casa!

Baby, Você não percebe? Essa música é para te impedir de fazer aquilo que você deveria fazer hoje. Por que acordar tão cedo? Que tal dormirmos mais? Eu te faço panquecas de banana e fazemos de conta que o fim de semana é agora. Aliás, podemos fazer de conta o tempo todo!

Não vê que está chovendo? Não há necessidade de sair de casa!

Não me importo de ficar praticando fazer bebês, pois você é minha mulher. Me ame, pois amo deitar ao seu lado! Podemos fechar as cortinas e fazer de conta que não existe mundo lá fora! Aliás, podemos fazer de conta o tempo todo!

Não vê que está chovendo? Não há necessidade de sair de casa!
Mas o telefone toca, canta, mas é muito cedo, não atenda! Não precisamos! Tudo o que precisamos está aqui e é mais do que o suficiente. É tão fácil!
Quando o mundo todo parece caber em seus braços, realmente devemos prestar atenção no despertador?
Acorde devagar… bem devagar!

http://www.youtube.com/watch?v=dC-KeoegcHg&feature=related

Troco D´Alessandro por Maicon Sapucaia

Isso mesmo. Se eu fosse dirigente do Internacional, iria propor isto à diretoria do Pelotas. Sei das limitações do meu querido conterrâneo Maicon, porém assim não criaria falsas expectativas e falsas esperanças.

Todo o jogo é a mesma coisa. Nós colorados nos iludimos e pensamos: “Esse será o jogo do D´Alessandro!”. Ingênuos, muito ingênuos! Ele não joga mais nada faz algum tempo. Aliás, quando jogou alguma coisa, foi contra times de qualidade duvidosa. Guarani, Náutico, Coritiba. Em jogos contra qualquer outra equipe melhor estruturada, ele não faz nada além de “carimbar” a bola e devolver a um companheiro próximo. E adoro quando ele faz isso de primeira como se fosse craque (só precisam avisar a ele que craques fariam essa jogada para a frente, e não recuando para um zagueiro ou volante).

Ultimamente eu torço pra que algum zagueiro maluco dê uma voadora de dois pés no joelho do hermano, e deixe ele uns 12 meses afastado do futebol, e afastado do Inter, principalmente. Pena que os zagueiros são inteligentes o bastante para preferirem manter o medíocre em campo do que afastá-lo de lá.

Vou montar a campanha em prol do Maicon Sapucaia e passar ao povo colorado. Eles irão me entender.

* Gabi Dias é pai da Isadora, primo da blogueira e mais um entre tantos colorados decepcionados com o próprio time.

Os astros e eu

Sim, eu leio horóscopo! Mas não me baseio nele. Leio na expectativa de receber uma mensagem positiva, que anime meu dia. Não acredito em previsões, mas acredito em mapa astral, inferno astral e compatibilidades. Acredito que sou uma escorpiana elevada na décima potência. E acredito que, em um ponto ou em outro, todo mundo se assemelha às características do seu signo.

Como eu sempre procuro saber o signo das pessoas, acabo adivinhando algumas reações. Confesso que não sei muito sobre cada signo, mas sei alguns pontos cruciais e acabo me divertindo com as situações. LIBRA por exemplo, é meu carma. Sempre tenho muitos librianos ao redor, eles me atraem, por mais que me irritem. São normalmente pessoas muito bonitas, mas pra que tanta indecisão nessa vida? É também o signo do meu inferno astral, que é sempre 30 dias antes do nosso aniversário, então já viu. É entre tapas e beijos!

Me dou muito bem com CAPRICORNIANOS. Conheço vários e eles são normalmente muito voltados para o trabalho. Mesmo assim, essa vocação profissional não os deixa menos interessantes, muito pelo contrário. Eu adoro! E são sempre leais, isso que importa. Outro que eu adoro é AQUÁRIO. Também pudera, é meu ascendente e me identifico muito com o interesse por tecnologias e por uma busca intensa por liberdade e independência. GÊMEOS fala. E como fala! Fala o tempo todo. Normalmente não são muito ambiciosos e, se a tarefa for muito árdua, eles costumam repensar várias e várias vezes se vale a pena.

Os de PEIXES são sonhadores, generosos, insconstantes… Uma hora amam, na outra, querem ver morto e ralado pra comer com pão. Eu acho engraçadíssimo de assistir! O TOURO é uma explosão. Mão de vaca! E nossasenhoradabicicletinha, quando quer uma coisa, sai arrastando o que tiver na frente. Teimoso como só ele, não admite nunca estar errado. Só no dia seguinte, talvez… ÁRIES? Outro teimoso, impulsivo, mas bem mais generoso. Se irrita fácil, mas eu acho facinho facinho de ler…

Do SAGITÁRIO a impressão que tenho é daquele bonzinho. Aquele que não incomoda, não se estressa. Tá tudo sempre bom, apesar de gostar de uma discussão de vez em quando. VIRGEM é um signo muito detalhista e organizado. A vontade que eu tenho é de sair sujando tudo só pra ver o desespero da pessoa. Não conheço muita gente de CÂNCER, mas tenho pra mim que são calmos, pacientes… sei também que é o signo que rege os viajantes, o que já me faz simpatizar por eles. Também não conheço muitos LEONINOS, mas dos que conheço não vejo muito daquela coisa de “rei da selva” de que tanto falam. Até os considero bastante sociáveis e afetuosos. Mas dizem que são auto-confiantes e bastante ambiciosos.

Sobre ESCORPIÃO eu não preciso nem falar muito: SOU EU! Euzinha, assim, todos os defeitos e todas as qualidades. Possessiva, ciumenta, ambiciosa… sim! Mas apaixonada, leal, determinada. Tenho muitos amigos escorpianos. Somos pessoas feitas no carnaval, por isso somos muitos. Dizem que o escorpiano tem um olhar que atravessa até a alma. Eu não acho! Acho que somos analíticos observadores, isso sim. Assim fica fácil antecipar algumas coisas…

Mas enfim, não tem signo bom e nem signo ruim, mas acredito, sim, que a gente acaba se identificando com o nosso e, conhecendo um pouquinho dos outros, acaba entendendo melhor algumas coisas. Deixo a recomendação para que coloquem no google o signo e leiam, com atenção, tentando identificar suas atitudes nas características de cada um. Ás vezes, nem a gente mesmo se dá conta de como os astros nos guiam nessa vida!

Não tô!

Hoje eu não tenho condições de escrever um post. Aliás, não tenho condições sequer de pensar em um post… ou em qualquer outra coisa que seja! O motivo? Um só! Das 2h as 4h da manhã, tinha um gato desgraçado embaixo da minha janela, que não era nem o Jack Daniels e muito menos o Johnnie Walker e que passou essas duas horas fazendo esse barulho: http://www.youtube.com/watch?v=hxrRTuNzuVY

Shut up! I´ll kill you!

Titulo do Post (sim, é esse mesmo o título, incluindo esse comentário)

Já faz um tempo que a minha cu(nhada) me pede pra escrever um post pro blog dela e até agora não me senti inspirado pra escrever nada. Na real, esse costuma ser um problema pra mim. Porque eu gosto de escrever, gosto muito. Mas escrever mesmo, muito pouco. Meu googledocs está cheio de histórias começadas e acabadas. É isso mesmo, geralmente eu sei como começa e onde acaba. O problema é tudo que vem entre um e outro. Pois bem, dessa vez é mais fácil porque é uma história real.

Aconteceu já faz umas duas semanas, mas na verdade começou há três anos quando comprei o meu consórcio. Fiz as contas, ouvi os dois lados, juntei tudo e decidi que era o melhor pra mim. E apesar de toda a pressão por parte da família, hoje eu sou um motociclista! Porque motoqueiro é o motoboy!
Há dois anos tirei minha carteira de moto. Carro eu já dirijo há quase 10 anos e apesar do que minha namorada ainda fala eu não dirijo (mais) tão mal (outra hora eu conto o causo da Fiorino). E há pouco mais de um ano tenho minha moto.
Apesar de ter o maior respeitos pelos pedestres, afinal de contas fui um por quase 27 anos, não me considero um bom motorista. Odeio gente lenta no trânsito e tenho pavor de sinaleira. Mas me considero um bom piloto, fruto de anos praticando esportes de rodinha, como skate, inline e bicicleta. Eu me sinto realmente a vontade em cima de uma moto.
A moto foi, pra mim, um grito de liberdade. Primeiro, pela independência de poder ir e vir sem depender de carona, utilizando um meio de transporte que eu consigo sustentar e cabe bem no orçamento. E segundo, pela liberdade que a moto proporciona no trânsito insuportável da BR-116 que muitos de nós enfrentamos todos os dias e a facilidade de chegar a qualquer lugar e encontrar lugar para estacionar. Mas claro, nem tudo são flores!
Como disse meu pai, só existem dois tipos de motociclistas: aqueles que já caíram e os que ainda vão cair. Pois bem, há pouco tempo eu fui promovido do grupo de acesso ao primeiro escalão. Veja bem, a moto não é necessariamente um meio de transporte mais perigoso que carro. Só que quando acontece um acidente, o resultado é, na maioria das vezes, pior.
Sexta-feira, voltando do trabalho, peguei um dos muitos caminhos que tornam a viagem de Novo Hamburgo a São Leopoldo mais rápida. Estava quase em casa, de cabeça erguida, orgulhoso por ter feito um dos meus tempos mais curtos nesse trajeto e naquele horário. 
A soberba. Ah, a soberba. Nunca cante vitória antes da hora!
Saí da BR-116 e já começava a fazer a curva subindo o viaduto da rodoviária de São Leopoldo. À minha frente ia um tiozinho lento num Monzão velho e eu decidi dar um gás e ultrapassá-lo quando, de repente, perdi o controle da roda traseira da moto. Foram alguns segundos desde o susto inicial, o roteiro de Missão Impossível II passar pela minha cabeça e eu me esgualepar no chão.
Por sorte eu estava bem agasalhado, casaco grosso, calça Jeans, mochila nas costas e, claro, o capacete. Levantei rapidamente. Ouvia o barulho da moto caida no chão ainda acelerada. Olhei para todos os lados até me localizar na pista e me certificar de que não corria o risco de ser atropelado.
Felizmente, a vida é cheia de ironias. Um, existem as sinaleiras e, graças a elas, outros carros demoraram a passar por alí. Dois, o tiozinho lento do Monzão parou pra me ajudar.
Levantamos a moto, a levei até o acostamento, bati o pó, puxamos os manetes pro lugar e eu estava pronto pra ir pra casa. Nunca vou esquecer o tiozinho me dizendo: “cara, tu voou por cima da moto!” Realmente deve ter sido espetacular. Eu só respirava fundo, tremia igual vara verde e enchi os olhos d’água quando cheguei em casa e contei pra namorada o que havia acontecido. Eu tivera mesmo muita sorte de não ter acontecido nada mais grave.
Mas no fim das contas, fora um roxo na coxa esquerda, alguns arranhões nas mãos e joelhos, um casaco rasgado e 30 reais em consertos na moto, o que fica mesmo é a lição, o cagaço que nos ensina a não ser sempre tão confiantes, ter mais cuidado no trânsito e ser mais compreensivos com as pessoas lentas, afinal, elas podem te ajudar um dia.
Agora chega, não vou nem revisar a grafia dos porquês por eu devia era estar trabalhando no meu TCC.
Mas cara, eu voei por cima da moto!
 
* Rodrigo Rutkoski Rodrigues, o Rutz, é webdesigner, formando, meu cunhado e pratica motocross free style em ruas movimentadas.