Essa vai ser a prrimeira vez que escrevo de dentro de um avião. Obviamente que não poderei publicar o post daqui, o que é uma pena, pois certamente ele ser editado quando eu revisá-lo amanhā, antes de postar. Não gosto disso, essa coisa de revisar. Gosto do texto puro e limpo, íntegro, aquele que vem do coração, da intuição. Esse sim é verdadeiro, sem medos e pudores…
Mas enfim, não é sobre isso que pretendo escrever agora! Hoje, pela primeira vez, me dediquei a observar com bastante energia as pessoas que estavam ao meu redor. Na verdade, não é a primeira vez que observo pessoas, adoro fazer isso. Sempre que viajo, tiro um dia, pelo menos, para sentar em um banco de praça, ouvindo bossa nova, e observar quem passa.
Tudo é interessante! Roupas, estilos, jeito de caminhar, penteado, o que chama a atenção… É um exercício muito rico culturalmente! Justamente por isso, combinado com o fato de estar rumando a Italia para participar de uma Missão de Cultura de Design que tem por objetivo educar o olhar, é que me permiti esse exercicio hoje de forma ainda mais intensa. Desde a saída de Porto Alegre.
Entrei aeroporto adentro e, como sempre, me dirigi direto para o balcão do check in. Bem ali, ao decidir em que fila entrar, comecei a descobrir a delícia que seria esse experimento. Bom, como todos sabem, viajo bastante a trabalho, logo, tenho um grau alto nos cartões de milhagem. Sou uma VIP, quando se trata de aeroportos, mas ainda nao cheguei ao status de VVIP (very veeeery). Já havia notado, é claro, que dessa categoria de pessoas, geralmente sou uma das mais novas. Difícil uma pessoa da minha idade que tenha viajado ou que viaje tanto quanto eu (ja falei aqui que tenhno o melhor emprego do mundo?)
Enfim, o aeroporto estava um caos! Vários vôos haviam sido cancelados por causa de um tal ciclone extra tropical e era aquela muvuca de gente. Filas quilométricas. Eu, claro, entrei na minha fila de cliente preferencial e logo estava com bagagem despachada, rumando a sala VIP da Tam. Era engraçado de ver a reação das pessoas quando entrei naquela fila. Uns cochichavam, outros olhavam com despreso. Cheguei a ouvir de cochichos de que eu deveria ser da família dos Amaro. Té parece!
Enfim, entrei na sala de embarque e me fui, em zigzag, desviando das pessoas e tentando ser o mais simpática possivel que se pode ser em uma sexta feira de manhã, até a salinha prive. Não é nada, não é nada, mas para a confusão que estava no Salgado Filho, dei gracas a deus por esse beneficio. E pelas três horas de internet grátis (tempo que eu esperei pelo atraso do meu vôo).
Ja dentro da sala, me dei conta de que, obviamente, era a frequentadora caçula do ambiente. Mas nesse tipo de lugar, o povo é muito blasé para comentar qualquer coisa. Senti apenas uns olhares de relance. Coisa normal. Ja imaginou se eles soubessem que eu estava ali, aguardando para o primeiro trecho de uma vôo com destino a Europa? Ri sozinha ao pensar nosso… Fui distraída por um casal que falava espanhol, mas que não identifiquei de onde. Percebi quase uma pilha de latinhas de cerveja a frente deles, na mesa, e eles gritavam ao telefone, entre gargalhadas e mais goles!
Enfim, chamaram meu voo! Embarquei… Partiu Guarulhos!