Emirados Árabes – vai com medo mesmo…

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Foi em 2013 que Emirados Árabes entrou como um dos mercados-alvo do programa Brazilian Footwear. Para aqueles que ainda não sabem, trabalhar na execução deste Programa é um dos motivos de eu estar sempre pra lá e pra cá pelo mundo. E com a entrada do País na lista de prioridades, era uma questão de tempo para que ele se tornasse um dos meus destinos anuais, senão semestrais da rotina de trabalho.

Confesso que nunca me animei com essa possibilidade. Já havíamos feito algumas ações por lá, mas não havia sido eu a pessoa a desenvolvê-las. E por mim estava bem assim…

Mas agora era diferente. Faríamos uma Missão Prospectiva, ação que vem na sequência de um estudo de mercado e que define a estratégia que usaremos para a promoção das exportações de calçados brasileiros para aquela região, e era chegada a minha vez de fazer as malas!

Particularmente eu gosto muito dessa ação que fazemos, de prospecção. Se dispor a investir para entender o mercado, conversar com players e fornecedores, entender o consumidor. Me realizo quando, ao final, alguns caminhos se desenham como ideais e possíveis dentro da nossa estratégia. Mas dessa vez eu estava tensa!

No início, botei a culpa na cultura, que de longe me parecia tão cruel e opressora, especialmente com relação as mulheres. Cheguei também a pensar na proximidade com a Síria e com nossos amiguinhos aqueles que sequestram e degolam pessoas. Também considerei que uma região com mais homens do que mulheres não poderia ser tão promissora assim em termos de consumo. E por fim, declarei em alto e bom som que esse destino nunca seria uma escolha minha, particular, para férias ou turismo.

Mesmo assim, lá fui eu, é claro. Com todo o cuidado do mundo na hora de escolher os looks para as reuniões e com todo o dever de casa feito com relação as formas de comportamento adequadas por lá. Sabíamos que teríamos diversas reuniões com homens e essas reuniões precisavam ser um sucesso. Mentalmente eu ía lembrando das dicas dadas no estudo: “Mulheres devem aguardar que o homem as estenda a mão para cumprimentar”. “Mulheres devem colocar a mão direita sobre o coração em substituição ao aperto de mão. “Nunca, NUNCA, entregue nada a um árabe com a mão esquerda, considerada impura”. Entre outras que íam e vinham conforme eu me organizava para a vigem. A tensão crescia…

Mas chegou o dia e lá fomos nós. Leti, Léo e eu encontramos a Mari direto em Dubai. Esse era o time da Missão. Qualificado? Certamente. Mas como bem colocou a Leti, uma equipe formada por três mulheres e um canhoto. Chegamos as 4h da manhã no hotel, depois de mais de uma hora na fila da imigração. Nossa agenda começaria nesse mesmo dia, a partir das 11h. Hora de descansar os olhos e se preparar para o começo dos trabalhos.

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Continua…

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