Dez e meia da noite e não consigo decidir como começar o post de hoje. Talvez Ubud tenha me deixado sem palavras, pra dizer o mínimo. O coração de Bali!
Deixei Padang Padang ao meio dia, e conforme o combinado, Madi estava lá para me levar ao próximo destino: Ubud. Cheguei na pousada meio arrependida, pensando “o que é que vim fazer aqui?”. Então entrei no quarto… UAU!
UAU, UAU, UAU! Não era um quarto, mas um bangalô só pra mim! Todo em estilo japonês, com móveis antigos de madeira belíssimos. E o banheiro é aberto. Assim mesmo, ao ar livre. Claro que cercado por muros, mas é como se o banheiro tivesse uma varanda. Só vendo pra acreditar.
Peguei minha bolsa e fui perguntar para a dona do lugar como fazer para ir ao Centro. Sabia que lá eu poderia caminhar entre os lugares que queria visitar. Trisna não só me explicou como chegar de um lugar pro outro, ela desenhou um mapa e pediu para um dos meninos me levar. De moto! Uma querida. Disse que eu poderia esperar no restaurante que ela tem por lá, que as 21h alguém estaria lá para me buscar. Como assim?
O menino que eu não sei o nome me levou direto para a Monkey Florest, a Floresta dos Macacos. Quem me conhece e sabe da minha loucura por bichos pode imaginar minha felicidade por lá. Já entrei com duas pencas de bananas! E os macacos aqui são uns fofos, subiam na minha cabeça, no meu ombro, até colo eu dei… Mas as bananas duraram pouco. Eu sou facinha!
Saí de lá e caminhei até o Ubud Palace, por entre lojas de roupas e artesanato local. Me segurei para não comprar (muito!) pois sabia que la na frente haveria um free market, daqueles de negociar até a mãe. Parei para tomar um suco no meio do caminho porque o calor aqui é de matar.
Cheguei no palácio, comprei entrada para o show de dança que acontece a noite e fui às compras. O mercado tava meio vazio e a galera desesperada pra vender. Eu, como sempre, prefiro não chegar no limite da negociação, mas num preço que considero justo pra mim e bom pra eles. Tudo o que eu não gastei na viagem toda ficou ali. Saí feliz…
Caminhei mais um pouco até o Warung Lada, o restaurante da Trisna, e almo/jantei. O lugar serve comida caseira indonésia e juro que manteria fácil a dieta se legumes fossem sempre tão bons quanto os que eu comi ali. Mais tarde eu pedi a receita para a Trisna, mas apesar de ela jurar que é muito fácil, vai caldo de peixe e caldo de ostras, que convenhamos, não é bem assim pra encontrar pelo Rio Grande do Sul. Deixei minhas compras ali e voltei para o Palácio.
O show de dança foi meio chato, pra dizer a verdade. Eles dançam muito com os olhos, se é que isso é possível, e apesar de interessante, uma hora e quinze de olhinhos dançantes não fazem muito o meu estilo. Voltei para o restaurante e encontrei a própria Trisna, com o marido e o cheff, que me fizeram sentar e experimentar a Ginger Beer (cerveja de gengibre), receita do maridão. Como boa fã de gengibre que sou, amei a cerveja, que pra mim tava mais pra refrigerante. De qualquer forma, to levando a receita pra casa!
Impossível sentir a verdadeira cultura balinesa sem pisar por aqui. Não é a toa que o lugar é chamado de O Coração de Bali. Aqui sim, Tatá, fiquei com muita vontade de abraçar vários e perguntar “Por que tu é tão queriiiiiido?” Voltamos para a pousanda, a Trisna e eu, já com o plano de retornar amanhã para comprar umas coisinhas que hoje tive que deixar pra trás.