Voutejuntararoupaaopél

Meus pais estão indo pra Portugal. De férias, passear. Coisa mais boa. Eu já fui pra Portugal. Adorei! Comecei por Porto, fui pra Aveiros (sim, fui mesmo!) e parei em Lisboa. Além de ser um país muito bonito, eles consomem muito da nossa cultura. É engraçado, quase como se nós é que fôssemos os colonizadores.

Mas o mais legal de Portugal é a língua. Sim, porque a gente não fala português. Definitivamente. Aliás, a gente, em português, é esquisitíssimo! E o português é muito divertido. Muito! Mais ainda em Porto, que é lá no norte, quase na pontinha. Foi lá nessa cidade do vinho/licor mais famoso do mundo, que passei por alguns perrengues.

Primeiro que eu e a Mônica estávamos hospedadas na casa de um rapaz que ninguém conhecia, como vínhamos fazendo desde o início do mochilão, através do Couchsurfing. Aí quando a gente (olha o a gente aí de novo!), enfim, quando a gente chega, ele nos comunica que tinham entrado na casa, essa onde ficaríamos, e roubado o computador dele.

Ótimo começo! Aí, é claro, o André (o rapaz esse), nos colocou num carro e fomos nós pras favelas de Porto atrás do mau elemento que havia roubado seu preciosíssimo laptop. Imagina agora as discussões atrás de informações, em português. Tipo assim, em português e mega rápido. Imaginou? Agora multiplica! Não entendíamos bulhufas, mas sobrevivemos. Sãs e salvas, mas sem o computador, retornamos.

No dia seguinte a aventura foi mais leve. O André nos levou pra praia, e levou também o Simon, filho dele. Um pré adolescente daqueles que cresceu em tamanho mais ainda é uma criança por dentro, sabe? Enfim, lá pelas tantas ele tava incomodando e eu, com toda minha sutileza disse: “Para quieto ou teu pai vai te dar uma tunda de laço”. Tunda de laço? De onde foi que eu tirei isso? Óbvio que eles não saberiam do que eu tava falando. Um Catarina não saberia do que eu tava falando.

Muita discussão e várias explicações depois, eis que o André nos fala como seria “uma tunda de laço” em português. “Voutejuntaraoroupaaopél”. Heeeeeein? “Voutejuntararoupaaopél”, ele repetiu. E eu e a Mônica só nos olhando. Que língua é essa???? Daí ele repetiu devagarinho: “Vou-te-juntar-a-roupa-ao-pelo”. Claaaaro! Agora tudo fazia sentido.

Realmente tem coisas que só Portugal faz por você!

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3 Thoughts on “Voutejuntararoupaaopél

  1. Anonymous on 7 de junho de 2011 at 12:51 said:

    Votjuntraroupaopel =)

    Nossa.. tu anda melhorando de memória né? ADOROOOO.. Temos que fazer outra dessas. Providencia o jogo das tribos aborígenas que eu vou!

    Beijos A.
    Mônica

  2. Mais ou menos como a "pel do pesco não é mol"?
    Muito boa essa história!

    Beijão!!!

  3. Cassiano on 1 de julho de 2011 at 15:43 said:

    Eu me orgulho desse linguajar gaudério….

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