Monthly Archives: junho 2011

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transformando suor em… chocolate!

Tenho pra mim que se a gente é do bem, faz coisas do bem, ou pelo menos tentando fazer o bem, o universo conspira a favor. E na verdade, minha vida sempre foi assim mesmo. Sempre que algo de bom acontece, penso nisso: “Estou sendo recompensada”!

Aí semana passada eu tive todas as minhas forças e energias sugadas por um grupo de jornalistas franceses que decidimos trazer ao Brasil. Todinhas! Não me sobrou nada além dos ossinhos! Não vou eu aqui, me atrever a julgar pessoas e defini-las como do bem ou do mal. Mas o fato é que era um grupo infantil e desrespeitoso. Aí já viu…
Além de gostar muito do meu trabalho, eu o considero nobre. Verdade! Eu trabalho para fortalecer uma indústria inteirinha. Para criar uma marca Brasil forte em diversos países. É ou não é nobre? E uma grande responsabilidade!
Uma ação em prol desses objetivos, é trazer jornalistas internacionais ao Brasil. E foi o que eu fiz! Isso significa que, mesmo muito querendo rodar a baiana e dar uns gritos, não posso dar a eles uma possibilidade sequer de falar mal do Brasil ou dos brasileiros. Mesmo que esse brasileiro seja eu!
O grupo voltou pra Paris na sexta. No fim de semana inteiro, eu sonhei que estava dormindo. Deu pra entender o nível de exaustão? Mas agora já passou. Minha vida voltou ao normal. Minha energia já voltou a quase 100% e minha recompensa por todo esse esforço já deu as caras…
… KitKat volta a ser vendido no Brasil! Nem preciso dizer mais nada!

Voutejuntararoupaaopél

Meus pais estão indo pra Portugal. De férias, passear. Coisa mais boa. Eu já fui pra Portugal. Adorei! Comecei por Porto, fui pra Aveiros (sim, fui mesmo!) e parei em Lisboa. Além de ser um país muito bonito, eles consomem muito da nossa cultura. É engraçado, quase como se nós é que fôssemos os colonizadores.

Mas o mais legal de Portugal é a língua. Sim, porque a gente não fala português. Definitivamente. Aliás, a gente, em português, é esquisitíssimo! E o português é muito divertido. Muito! Mais ainda em Porto, que é lá no norte, quase na pontinha. Foi lá nessa cidade do vinho/licor mais famoso do mundo, que passei por alguns perrengues.

Primeiro que eu e a Mônica estávamos hospedadas na casa de um rapaz que ninguém conhecia, como vínhamos fazendo desde o início do mochilão, através do Couchsurfing. Aí quando a gente (olha o a gente aí de novo!), enfim, quando a gente chega, ele nos comunica que tinham entrado na casa, essa onde ficaríamos, e roubado o computador dele.

Ótimo começo! Aí, é claro, o André (o rapaz esse), nos colocou num carro e fomos nós pras favelas de Porto atrás do mau elemento que havia roubado seu preciosíssimo laptop. Imagina agora as discussões atrás de informações, em português. Tipo assim, em português e mega rápido. Imaginou? Agora multiplica! Não entendíamos bulhufas, mas sobrevivemos. Sãs e salvas, mas sem o computador, retornamos.

No dia seguinte a aventura foi mais leve. O André nos levou pra praia, e levou também o Simon, filho dele. Um pré adolescente daqueles que cresceu em tamanho mais ainda é uma criança por dentro, sabe? Enfim, lá pelas tantas ele tava incomodando e eu, com toda minha sutileza disse: “Para quieto ou teu pai vai te dar uma tunda de laço”. Tunda de laço? De onde foi que eu tirei isso? Óbvio que eles não saberiam do que eu tava falando. Um Catarina não saberia do que eu tava falando.

Muita discussão e várias explicações depois, eis que o André nos fala como seria “uma tunda de laço” em português. “Voutejuntaraoroupaaopél”. Heeeeeein? “Voutejuntararoupaaopél”, ele repetiu. E eu e a Mônica só nos olhando. Que língua é essa???? Daí ele repetiu devagarinho: “Vou-te-juntar-a-roupa-ao-pelo”. Claaaaro! Agora tudo fazia sentido.

Realmente tem coisas que só Portugal faz por você!

As quatro estações

Mania que o povo tem de dizer “uuuuuuui, que calor”, ou “odeeeeeeio esse frio”, ou ainda “não vejo a hoooora do verão terminar”. E esse é só o começo para discussões intermináveis sobre qual a melhor estação, qual dá mais ânimo, qual a mais díficil de nos tirar da cama ou qual a melhor num consenso que nunca existiu.

Pois eu gosto de todas as estações. Todinhas! Claro que no finzinho de cada uma, já estamos esperando pela próxima, mas isso é da nossa natureza, sempre ansiosos pelo que está por vir. Claro que em dias de calor intenso, sonhamos com aquele passeio pelos iglus do Polo Norte. E claro que em dias de congelamento de couro cabeludo, só conseguimos pensar na nossa cama e em todos os edredons que estiverem no armário.  Isso tudo é natural!

Mas todas as estações são lindas. Cada uma com seu romantismo específico, com seu charme diferenciado e com sua beleza única. Sorte de quem, como eu, mora em um estado que marca certinho as quatro fases climáticas do ano. Sorte dos que, como eu, podem subir as roupas de frio quando o verão aparece, e subir as de verão quando os primeiros sopros do Minuano começam a chegar.

Coisa mais linda são os jardins e parques, todos floridos no auge da Primavera. Nenhuma alergia no mundo tira o brilho das flores e de todas as suas cores. É a estação da vida, do nascimento, das revelações. Coisa boa ver o sol nascer do mar. Que bela combinação essa: sol e mar! Mesmo com suor e toda a trabalheira do protetor solar, nenhuma energia é tão forte quando a do Verão. É a fase da ação, quando temos disposição e vontade para as mais diversas atividades.

Depois de muito calor, o Outono chega, soprando ventos e derrubando folhas. Tô pra ver paisagem mais linda do que a cascata de folhas de plátano na subida da serra. É hora de começar o estoque de vinho tinto e deixar a estação varrer a sujeira das nossas vidas. E finalmente chega o Inverno, com aquele frio de rachar beiço, literalmente falando, mas que aproxima as pessoas. Talvez por isso, essa seja a estação mais romântica. Lareira, cobertor, fondue, um vinho bom e uma companhia gostosa… Preciso dizer mais alguma coisa?

O negócio é agradecer pelo anti-alérgico, pelo ar condicionado, pelas paredes quentes e pela estufa ligada nos pés. De resto, é só curtir cada momento e aproveitar a vida, pois assim como as estações do ano, também estamos apenas de passagem por essa vida.