Daily Archives: 17 de janeiro de 2011

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Fora de ordem

Bom, vou contar a história do braço, como prometi, antes de contar toda a parte boa das férias! Estávamos em Jeri, a família toda: capitão Marcelo e sua fiel escudeira Tatá, Vani, Laira, Rodrigo e eu! Já havíamos subido a duna do por do sol, assistido a roda de capoeira e caminhado até a famosa pedra furada. Era hora do passeio de bugue para Tatajuba.

O capitão e eu fizemos algumas pesquisas de preço e optamos por contratar o passeio da Associação de Bugueiros de Jericoacoara. Como éramos seis, pedimos para dividir um dos bugues, caso houvesse algum casal interessado. Preço acertado, hora marcada. Nosso único compromisso seria acordar em tempo.

As 9h buzinaram em frente a nossa casa. Eram os bugues, um já com um casal dentro. Eu e a Vani subimos no bugue do casal desconhecido! E lá fomos nós! Logo que saímos o bugueiro perguntou: “vocês querem com emoção?”, a que prontamente a moça do casal desconhecido respondeu: “não! Nada de emoção”. “Que merda”, pensei eu cá com meus botões, mas lá fomos nós.

Na primeira parada, pedi pra Tatá e o Marcelo trocarem de bugue com a gente. Eles já haviam feito o passeio e eu queria que a Vani fizesse o passeio com emoção na primeira vez dela num bugue. Lugares trocados, logo paramos num mangue, entramos numa canoa e fomos para a água ver os famosos cavalos marinhos do local. Inclusive, como bem disse a Laira, o símbolo da justiça deveria ser um cavalo marinho, ao invés de uma balança, já que nessa espécie, quem engravida é o macho…

Enfim, saímos do passeio e o bugueiro serial killer resolveu entrar em ação! Sabe quando a duna forma aquele abismo em meia lua no lado que fica contra o vento? E sabe quando o bugue para lá em cima e então desce o precipício? Pois é, nosso bugueiro decidiu acelerar ao invés de parar e decolamos duna acima, parando apenas em solo firme, plano… e muito duro. Todos quicamos dentro do bugue, mas eu imediatamente percebi meu braço um “s”.

_ Gente, quebrei o braço.
_ Capaz, não deve ter quebrado, deixa eu ver.
_ Quebrei sim, olha!

Nesse momento veio a dor. COM TUDO! Baixei a cabeça e foi só o tempo de dizer: “acho que vou desmaiar”. O desmaio foi lindo. Sonhei, delirei, e o melhor de tudo, não senti dor. Mas durou pouco! Acordei com alguém tentando afogar meu ouvido! Olho pro lado e vejo a moça do casal desconhecido dizendo: “deixa o Marcelo olhar, ele é médico!”. É, eu realmente tenho mais sorte que juízo!

Continua…