_ Vamos para Barbados?
Olhei o calendário, a agenda.
_ Posso de 6 a 13 de novembro. Foi?
_ Tá falando sério?
_ Sim. Podemos comprar as passagens!
Foram três minutos entre o Rafa me convidar para a viagem, e eu aceitar o convite. Um pouco mais demorado foi o tempo que levamos para conseguir bookar as passagens no site da Gol. Mesmo assim, foi uma tarefa sem maiores percalços.
O que eu sabia de Barbados? Absolutamente nada. Nem ao menos onde ficava. Até imaginei que seria no Caribe, mas não tinha certeza nenhuma. O Rafa havia me mandado uma foto de praia, com mar azul e verde no momento do convite. Era tudo o que eu precisava!
Férias! Há quanto tempo não tirava férias assim? De ficar de pernas pro ar, só pegando sol e tomando drinks coloridos? Sendo bem servido? Pegar um avião especialmente pras férias, ao invés de emendar um passeio em alguma viagem de trabalho. Fazer a mala e não colocar um sapato de salto. Ao invés disso, enchê-la de biquinis e potes de protetor solar. Que delícia viajar assim!
Sou daquelas que se sente culpada quando tira férias. Sei que preciso delas, mas parece que estou deixando meus colegas de trabalho na mão. Pura prepotência da minha parte, afinal de contas, qualquer pessoa se vira muito bem sem mim, que eu sei! Mas não sei, a culpa vem e férias me exigem muita preparação espiritual e intelectual para desligar do mundo e simplesmente sentir prazer!
O trecho de Porto Alegre a São Paulo foi de Tam. Muito bom poder usar 20 das minhas 160 mil milhas e ainda dar a sorte de pegar um avião praticamente vazio e com os comissários de bordo mais gatos que eu já vi na vida! Tive que me controlar pra não ficar apertando o chamado de comissários de 10 em dez minutos. E como é férias e Deus entendeu direitinho o recado, mandou uma turbulência bem na hora que o serviço de bordo estava passando na minha fileira. Assim, um deles teve que sentar do meu lado por maravilhosos minutos, só pra eu começar a entender bem cedinho essa história de prazer!Cheguei em São Paulo. Fui para a esteira pegar minha mala e… adivinha? Ela nunca apareceu. Me dirigi imediatamente ao balcão de reclamações, levemente irritada:
_ Minha mala não veio!
_ A senhora tem a etiqueta da bagagem?
_ Claro que tenho! (tipo, como ele acha que eu despachei a bagagem?)
_ Ok, vou verificar e já informo pra senhora!
_ Moço, não faz essa cara de calma e tranquilidade, porque eu embarco em outro vôo logo e PRECISO dos meus biquinis!
_ Ok, pode deixar comigo. Que cor é a mala?
_ Roxa!
O moço vai até a esteira. Volta! Vai em outra esteira e me chama:
_ É essa a tua mala?
_ Essa mala é azul marinho, e eu te falei que minha mala é ROXA! (Tá me tirando pra louca?)
Nesse momento, vejo minha mala na última esteira, sozinha. Corro ensandecida, dirigindo o carrinho de bagagens e consigo recuperar minhas roupinhas em tempo de embarcar para Barbados. Check in feito. Adrenalina um pouco mais baixa, encontro com o fofíssimo Rafa na sala de embarque. Fofoca pra lá e pra cá. Histórias de lá e de cá e embarcamos rumo as nossas merecidas férias.
O avião devia ser da época da Segunda Guerra e a quantidade de passageiros não deve ter ultrapassado 20 pessoas. Nunca viajei desse jeito! Rafa e eu montamos acampamento na fileira 16 e eu comecei a analisar a grande lata. Uma vez o Rodrigo publicou no Facebook uma foto do avião onde ele estava. Na foto aparecia um filme sendo transmitido numa tela lá na frente. A legenda era: “A gente sabe quando o avião é velho quando…”. Ele não tinha visto a tela DESSE avião ainda. Aí estão as fotos, que não me deixam mentir. Ah! E detalhe do banheiro, com lugarzinho pra guardar giletes. Como era fácil a vida dos terroristas naquela época!
Enfim, chegamos em Barbados! O motora já nos levou pra dar uma olhada onde ficam as baladinhas. Uhum, super promissoras. Duas pessoas na fila, usando chapéu de bruxa. Sei não! E logo chegamos em nosso hotel. O restaurante já havia fechado, mas o staff havia preparado dois pratos e deixado no frigobar. Estava uma delícia: pedaços de frango, saladinha, um peixe cru, apenas levamente grelhado nas laterais. Era um bom começo!
No mesmo momento ficamos sabendo que o bar fechava meia noite. Eram dez horas, precisávamos ser rápidos. Em poucos minutos nosso jantar estava no estômago e ainda tivemos tempo para Mango Coladas, Mojitos, French Martinis e Mai Tais (que poderia se chamar Jack Sparrow, de tanto rum que tinha no drink)… não necessariamente nessa ordem.
Agora é hora de dormir e preparar o dia de amanhã! Não vejo a hora de me atirar no sol. Ainda não sei muito sobre Barbados, mas uma coisa eu posso afirmar: férias + ótima companhia + lugar paradisíaco = SUCESSO!
Boas férias!!!
Lembrando, mais uma goleada pra conta. Na entrada o funcionário do Grêmio olhou e disse:
"Bom jogo seu Roberta! (gargalhadas)".
bjos
Eu posso não estar em todos, mas minha carteirinha está! hahahaha! Se o seu Roberta da sorte, é o que vale! Bjs
Isso aí: boas férias!
Beijão!!!