Monthly Archives: novembro 2010

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Saudade antecipada

Faz dois anos que espero ansiosamente pelo dia quatro de dezembro. Isso por que essa data marca a última aula da turma 6 do MBA de Gestão Empresarial da Fundação Getúlio Vargas, em Novo Hamburgo. Foram dois anos de aulas em sextas à noite e sábados pela manhã! Foram dois anos me perguntando “por quêêêêê?” toda vez que o despertador tocava nos fins de semana, enquanto todo o resto do estado seguia em estado de sono profundo!
E agora, que a data está logo ali, começa a me bater uma saudade. Uma nostalgia antecipada! Apesar do cansaço e da redução considerável das horas de sono, esses dois anos me trouxeram grandes amigos. Alguns se entregaram de corpo e alma, outros até tentaram, mas a timidez atrapalhou, uns preferiram não se envolver tanto (seria medo da falta que os novos amigos fariam mais tarde?).
Além de amigos, o MBA nos fez “montar um escritório”, localizado na loja de conveniência do posto do Mc Donald´s, e frequentado todas as sextas-feiras pós aula. Era tanta vontade de “trabalhar” que, a medida que o tempo foi passando, as aulas foram acabando cada vez mais cedo. Foram ótimos momentos e grandes ideias que nossa companheira Stella Artois nos trouxe. Taí nosso trabalho de conclusão que não nos deixa mentir!
A FGV também incentivou nosso lado empreendedor. Foram tantos projetos, cada vez  mais completos, que não sei nem por onde começar a investir. Sem contar o potencial número de sócios que se apresentam como promissores. São amigos com capacidade intelectual pra nos fazer crescer. Não é fantástico?
Foram dois anos de muitas risadas e muito, mas muito chopp. Nossos encontros foram sempre marcados pela relação de intimidade que cada um se esmerava em criar com o barril da Brahma. Além disso, os encontros foram sempre intermináveis. Eram almoços que se estendiam até as dez da noite. Aliás, uma vez chegou até as quatro da manhã do dia seguinte! Difícil fazer a família entender que foi apenas um churrasco da turma.
Pois é, os dois anos passaram, mas o conhecimento vai ficar pra sempre. Valeu o aprendizado, valeram as novas amizades. Valeu a troca de experiências, os grupos de estudos acompanhados por um bom vinho tinto. Valeu aprender a usar a HP! Valeram os encontros que fizeram dessa, a melhor turma de GE que a FGV já teve!
Bom, pelo menos na minha opinião…

Comprei pra você…

Preciso admitir que eu gosto mais de dar presentes do que de recebê-los. É claro que ganhar um regalito é sempre uma ótima pedida, mas nada se compara a satisfação que eu tenho quando encontro o presente certo, na data errada e, mesmo assim, compro e entrego.

Adoro ver a carinha das pessoas quando recebem um presente fora de hora. Ainda mais quando a gente sabe que é o presente perfeito. Adoro causar a surpresa, arrancar um sorriso sincero, fazer alguém feliz! Adoro tirar um tempo do meu dia para pensar em alguém. Pensar o que faria o dia de alguém melhor.

Por isso eu sou totalmente a favor de amigo secreto. Não é aquela coisa do Natal, de ter que comprar presente pra todo mundo e ir comprando qualquer coisa, apenas para deixar mais bonito o pinheirinho. O amigo secreto é uma oportunidade de dedicar tempo e energia para apenas uma pessoa, estudar seu comportamento, seus gostos, investigar suas preferências e procurar por algo que se encaixe em tudo isso, sem assassinar o cartão de crédito.

Tão ruim dar presente por obrigação. Tão bom dar presente por amor, por carinho! Tomara que as pessoas tenham menos pacotes de presentes enlatados esse ano, mas que recebam pelo menos uma mensagem daquelas que vem direto do coração.

Mais uma dose de bom senso, por favor!

E por falar em bom senso, eu aqui, com o editor de texto do blog aberto, pensando em algum assunto inspirador, dou uma zapeada pelos canais de me deparo com o filma Avatar. São tantos exemplos que esse filme traz. São tantas lições. Uma mensagem clara e simples, mas ainda assim, incompreendida por tantos. “Veremos se sua insanidade tem cura”, diz uma Na’vi, quando decide ensinar o homem sobre sua cultura. Veremos…

A própria natureza vem tentado dar o recado, mas parece que o povo daqui custa um pouco mais do que o planejado para entender certas coisas. São tsunamis, terremotos, desmoronamentos, enchentes, e ainda assim, assisto o motorista de um carro, desses que custam bem caro, jogar uma lata de refrigerante pela janela. Eu não entenderia se fosse um carroceiro jogando papelão no chão, mas quando eu vejo que o ignorante é uma pessoa bem de vida, que tem acesso a informação, ao conhecimento e, principalmente, a educação, viro bicho!

As vezes me pego desejando o mal. Não sei, parece que algumas pessoas só irão entender a mensagem quando o barranco desmoronar sobre suas próprias cabeças. Devem ser discípulos de São Tomé, aquele tal do “só acredito vendo”! E aí eu acabo querendo que essas pessoas realmente vejam por elas mesmas! Eu me transformo numa pessoa má, por causa de outros. Isso não é justo!

É tão difícil assim separar o lixo seco do orgânico? Ocupa muito espaço ter um saquinho de lixo dentro do carro? Estraga a bolsa se a embalagem da barrinha de cereal ficar lá dentro até que se encontre uma lata de lixo? Não, nada disso é difícil. Aliás, cuidar do planeta é muito simples, basta querer. O importante é começarmos por nós mesmos!

Declaro guerra às guerras

Não tenho medo de muitas coisas. Barata, aranha, cobras, escorpiões. Tiro de letra! Altura? Adoro! Entro seguidas vezes na filas dos elevadores que caem e das maiores montanhas russas em parques de diversão. Saltar de paraquedas é um sonho! Avião? Muito mais perigoso é o trânsito do dia-a-dia. Tempestades, terremotos, tsunamis? A natureza é sábia, leva cada um a seu tempo.

Agora, se tem uma coisa que me deixa aterrorizada, é violência urbana. É isso! Tenho medo de gente! Tenho medo do único ser vivo que se diz racional. Tenho medo de fenômenos programados, esperados, executados seguindo um cronograma previamente definido. Tenho medo do despreparo e da intolerância humana.

Tenho medo da falta de cultura, da falta de respeito, da falta de bom senso. “Como se treina alguém pra ter bom senso?”, perguntou o professor de gestão da qualidade. Como? Como se diz pra um mauricinho classe alta, que é errado quebrar uma lâmpada fluorescente no rosto de outra pessoa, seja ela da cor, da opção sexual, ou da classe social que for. Como se pune um filho que atropela e foge sem prestar socorro? E como se pune um pai que suborna os policiais para que eles abafem o caso?

Tenho muito medo de bala perdida. Um tiro sem destino certo, sem rumo, pronto para atingir um inocente, com uma sacolinha de pães na mão, que vai em direção a sua casa, levar o jantar para a família que o espera, faminta. Tenho medo da falta de discernimento do certo e do errado, da falta de valores, da falta de ética. Tenho medo de andar na rua…

É guerra por religião. É guerra por petróleo. Guerra por dinheiro. Guerra por terra. Guerra por poder. É guerra por drogas, por status… É guerra que existe simplesmente por existir, às vezes mesmo sem propósito. É guerra demais, soluções de menos. Hora de declarar guerra às guerras e buscar soluções pacíficas para problemas que vão muito além da educação.

Que Deus coloque um pouco de bom senso na cabeça de cada um de nós, para que, individualmente, possamos construir um mundo melhor. Amém!

Jeri pela primeira vez

Como estamos chegando ao verão, e estão confirmada as férias em Jeri com a blogueira, resolvi contar sobre minha primeira vez em Jeri. 
 
Em 2006, eu e minha Excelentíssima fomos passar as férias no Ceará, na casa de uns amigos. Como era nossa primeira vez em solos cearenses, queríamos conhecer o maior número de praias possíveis. Na beira mar de Fortaleza tem muitas agências oferecendo passeios, e alguns eram destinados a tão falada praia de Jericoacoara. Fechamos um pacote por um preço bem acessível. Afinal de contas, uma cama para dormir já estava valendo! O passeio era rápido, saía na quinta de manhã e voltava no sábado. 
 
Na quinta chegamos em Jeri (apelido carinhoso da praia) no meio da tarde. A programação passava por uma ida a famosa Pedra Furada e pelo pôr do sol no morro do Serrote. À noite aproveitamos para procurar lugares animados. O que chamou atenção foi o corredor de bancas de cachaça na Rua Principal, quase beira mar.

No outro dia acordamos cedo para fazer o passeio de bugue. Fomos conhecer Tatajuba, a cidade que foi coberta pelas dunas, e a Nova Tatajuba para onde as pessoas se mudaram. Também passamos pela duna do Funil, uma duna gigante onde os bugues descem para quem pede o passeio com emoção. Almoçamos em uma lagoa muito linda e descansamos por um tempo nas redes dentro da água. Depois voltamos para a praia de Jeri e assistimos ao Pôr do sol em cima da Duna do Pôr do sol. Imperdível!!! No mesmo horário também acontece diariamente a roda de Capoeira. Segundo eles, a única roda no mundo que rola todos os dias.

E é agora que começa a melhor parte.

Fomos para a pousada, e nos informaram que a cidade estava sem luz. Em princípio, nenhum problema, pois lá é normal tomar banho sem aquecimento. Depois do banho, fomos jantar. Depois tínhamos combinado de tomar umas caipirinhas nas bancas de cachaça.

Lá estávamos nós, um casal de Caxias, um casal de Brasília, duas Finlandesas, e mais alguns malucos vindos de diversas partes do mundo. Começamos todos a beber. O casal de Caxias que já tinha alguns anos a mais, logo foi para sua pousada. Já todos os outros jovens queriam fazer a festa! Continuamos a beber, e muito! Depois de já estarmos bem alegres, as Finlandesas começaram a ensinar uma dança típica da Finlândia. Aí foi a maior zuação.

Comecei a notar que a praia estava esvaziando, mas nós continuávamos a beber. Porém as bancas estavam fechando. A última que permaneceu aberta, avisou que não tinha mais nenhum drink, somente um resto da garrafa de cachaça. Não pensamos duas vezes e bebemos o resto da garrafa. Depois isso, resolvemos tomar um banho de mar antes de voltar para a pousada. Era uma grande idéia, todos estavam bêbados, com calor, um banho parecia uma ideia perfeita. O caminho de volta foi muito difícil, pois lá todas as ruas são de areia e o nosso estado era deplorável.

Chegando à pousada, notamos que ainda não tinha luz. Conseqüentemente não ligava os motores dos poços artesianos e, mais conseqüentemente ainda, as caixas d’água já estavam vazias. Então foi tudo de bom! Estávamos completamente bêbados, grudando da água do mar, com as pernas cheias de areia e o guia iria nos acordar cedo para irmos até uma lagoa antes de voltar para Fortaleza.

Acho que o guia teve que bater na porta umas dez vezes. A Tatá quase me espancou para tentar me fazer levantar e não tinha nem água para jogar na cara. Pra piorar, eu ainda sentia um pouco da embriaguez e teria que andar uma meia hora de pau de arara até a lagoa. O trajeto foi doloroso, até hoje não acredito que não vomitei com todos aqueles pulos. As finlandesas só falavam nas caipirinhas (com sotaque próprio) e eu não podia nem pensar no gosto.

Até que enfim, chegamos a lagoa e consegui jogar uma água doce na cara. Após passarmos algumas horas ali, nos recuperando, rumamos de volta para capital.

Já voltei mais duas vezes pra Jeri, e pude beber tranqüilo porque não faltou mais água. Mais do que recomendo!


* Marcelo Cunha é marido da Tatá, pai do Fuzarka e da Bellinha e tá carregando a blogueira pra passar férias em Jeri.

Calvin e Haroldo – 25 anos de amizade

Hoje uma dupla muito mais dinâmica do que Batman e Robin, muito mais engraçada que O Gordo e O Magro e muito mais inteligente do que O Pink e O Cérebro, completa 25 anos de história. Falo de Calvin e Haroldo, do cartunista Bill Watterson.

A história do menino que desconcerta seus pais com tiradas inteligentes e sarcásticas, junto com seu fiel escudeiro, o tigre de pelúcia Haroldo, conquistou o mundo, os jornais e, principalmente, nossos corações.

Como não se encantar com a relação do Calvin com todos os incríveis problemas de um menino que tem tarefas da escola a cumprir e muito tempo para brincar e inventar grandes planos infalíveis? Como não se divertir com as sutilezas de Bill Watterson, que fazem o menino repetir o que ouve dos pais, com uma inocência que o permite ser até mesmo politicamente incorreto?

Calvin e Haroldo fazem parte da minha história e do meu cotidiano. Que suas travessuras continuem nos divertindo por muitos outros anos!

Parabéns!

Histórias de amor – parte III

_ Oi gata, posso te pagar uma bebida?
_ Claro, obrigada!
_ Vai tomar o que?
_ O mesmo que você!

_ Por favor, dois martinis. Com cereja, por favor!


E assim termina o que poderia ter sido mais uma linda história de amor!

Time to go home

Nossa maior decepção em Barbados foi a falta do espírito caribenho. Eles são muito “ingleses”, não sorriem, não dançam, não ouvem música. Isso até chegar a sexta-feira e descobrirmos Oinstins, que é o lugar mais bacana de toda a nossa viagem.

Lá em Oinstins nós conhecemos um tiozinho que dança muito. Diz o Rafa que é uma dança orgânica. Totalmente de coração. Sai ao natural. Dançamos muito com ele, mas infelizmente os vídeos ficaram muito escuros. O negócio é ouvir a música e ver as fotos.

Agora é hora de pegar um último drink colorido (banana strawberry daikiri) e arrumar as malas para voltar pra casa!

Terça e quarta

Aí na terça a gente tinha decidido que faria wakeboard e que pegaria o water taxi, que estava incluso no pacote, e iria para outra praia. Ao acordarmos, olhamos pro mar e de cara já percebemos que nossos planos haviam ido por água abaixo! O mar estava revolto, logo, impossível de praticar wake, ski ou outra coisa do gênero. Pelo mesmo motivo, os water taxis não estavam funcionando!

Um pouco de banho de sol e, a cada drink, o mar parecia mais calmo. O que fazer então? Pegar uma canoinha e sair remando! Óbvio! E foi o que fizemos. Quer dizer, foi o que o Rafa fez, porque ele até tentou me ensinar a remar aquele troço, mas por mais força que eu fizesse, ela não saía do lugar! Lá no meio do mar o Rafa ainda começa a dizer que tá louco pra dar um mergulho. “Ótimo”, pensei, “nunca mais conseguiremos subir na canoinha. E se só ele mergulhar, eu nunca mais saio de dentro do mar”. Por uma graça de Deus ele decidiu por ficar na canoinha e voltamos. A dor nos braços, costas e pernas, a gente comenta em outro momento…

De noite teve um DJ suuuuuper animadão. Era Rihanna a todo vapor (ela é de Barbados, pra quem não sabe). Era uma bar-b-que party na beira da praia e deu pra dar uma risadas e seguir no ritmo dos drinks coloridos. Diz o Rafa que o dele tinha gosto de tuti fruti. Pra mim parecia funcho!

Hoje resolvemos ir pra Turtle Beach, que é para onde deveríamos ter ido logo que chegamos. Foi um resort nessa praia que reservamos, mas devido ao furacão Tomas, fomos trocados de hotel. O esquema lá seria o mesmo: all included!

Para a nossa surpresa, logo que chegamos vimos que nunca deveriam ter sequer pensado na possibilidade de nos transferir dali. O clima era super diferente, mais animado, com shows, pessoas simpáticas e gente bonita. Ah! E os drinks também eram melhores. Recomendo o daikiri de banana com morango. Um espetáculo!

Chamamos o gerente, choramos, imploramos, contamos nossa triste história, fizemos carinhas de cachorrinhos vira-lata e ele se comoveu. Ainda não sabe se vai conseguir um quarto pra gente lá, mas já se predispôs a pagar o táxi de amanhã e um quarto para tomarmos banho e aproveitarmos o dia todo, inclusive as atividades noturnas. Can’t wait!

O resultado do dia é uma leve vermelhidão, que logo, logo, deve se transformar em marrom dourado, uma possível troca de hotel e um medo grande de que os funcionários do hotel atual comecem a cuspir em nossos drinks.

Oremos!

Peixes, tartarugas e outros seres estranhos…

Incrível como realmente são as pessoas que fazem o lugar! Aqui em Barbados, o que salva é a generosidade e simpatia de poucos, mas que, felizmente, valem por todos! Pois é, o povo daqui normalmente não é lá muito simpático. Mas muito pior são os turistas! A maioria absoluta é americana e inglesa e parece que por lá, não andam ensinando boas maneiras nas escolas.

Grosserias a parte, hoje o dia foi incrível. Logo cedo pegamos um barco com fundo de vidro e fomos fazer um mergulho com peixes. E que peixes! Além de coloridos, aqui eles são enormes! Teve uma hora que me vi cercada por vários deles, nadando em círculos ao meu redor! Me senti a presa de um tubarão. Mas é muito lindo e delicioso poder estar em meio a essa natureza e ser inserido no ambiente dos animais, e não o contrário. Mergulhar com eles é sempre uma experiência fascinante.

Na sequencia fomos mergulhar com tartarugas. Como as duas tartarugas que eu tive, o Nicolas e a Nicole, mordiam, fiquei meio apreensiva no início.  Ao vê-las comendo os peixes na mão do nosso guia, relaxei! Elas são fofas demais (no sentido metafórico da palavra) e muito corajosas pois não se assustam com o monte de turistas atrapalhados batendo pés de pato perto delas. Teve uma hora que quase me deu vontade de bater o pé de pato na cabeça de um veiaco e dá-lo de comida pras taruguinhas!

Na volta aproveitamos o almoço daqui e tiramos a tarde para recuperar as energias. A água cansa e desidrata, é preciso ter cuidado. Justamente por isso, a tarde teve drinks e banho de sol!

Amanhã é dia de wakeboarding!