Monthly Archives: outubro 2010

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Alegrando Beta Old

Ontem assisti pela primeira vez o irritando Fernanda Young. E assisti pelo YouTube pois eu sigo sem ter tv a cabo. Mas isso não vem ao caso, o que vem ao caso, é que eu me identifiquei com praticamente tudo o que irrita a apresentadora, e mais com tudo o que irrita todos os convidados dela (Luciano Huck, Cauã Reymond e Sandy).

Pior do que isso. Tem um quadro que a Fernanda fala de alguma coisa, e o convidado tem que responder se aquilo irrita pacas, pouco ou picas. TUDO ME IRRITAVA PACAS! Tudo! Sério. Aí pra piorar a situação, eu tinha aula de Contabilidade para Executivos. Recuperação de módulo, aquela coisa todas. Até aí tudo bem, mas daí a coisa começou a encrespar.

Primeiro, a aula era em Porto Alegre. E o trânsito pra se chegar em Porto Alegre até as 18h30? Que tal? Uma bela porcaria! Pensando nisso, é claro, aproveitei a calmaria no trabalho e saí mais cedo. Começa a aula e percebo que a parte do “para executivos” é pura balela. Ou tem muito executivo burro por aí! O professor repetia, repetia, repetia, e as criaturas cada vez tinham mais dúvidas. Eu tinha vontade de arrancar os cabelos tamanho era o desespero!

E o jogo do Grêmio começando, eu com os exercícios do módulo inteiro prontos e lá,  esperando os pregos que ainda estavam no exercício um. Não posso com gente desprovida de capacidade intelectual! Pelamordedeus, usa esse porongo que tu tem sobre o pescoço! Parece preguiça de pensar. Credo!

Aí ok, percebi que eles iriam até as 22h50 naquele exercício e decidi vir embora. Para a minha surpresa, quando eu entrei na Castelo Branco, tudo parado. Por sorte, eu ainda não havia chegado na ponte do Guaíba e consegui desviar para a lateral. Dei umas voltas, meio perdida e tal, mas cheguei num ponto mais a frente da Castelo. A rua estava bloqueada por que tinha uma máquina daquelas grandes, estilo trator, patrola, guindaste, ou outro desse tipo, trabalhando naquela hora. E pior… acho que era alguma coisa referente a Arena do Grêmio.

Nessa horas chega a dar até vontade de chorar, tamanha a irritação! “Poxa, tudo o que eu quero é chegar em casa. Posso?” Tem dias que o mundo conspira contra, parece!

Mas tudo bem, o dia já passou e hoje é sexta feira. Uma das poucas sextas feiras que terei até final de novembro que contenha essa combinação: sem aula, com festa, com muitos amigos! O jeito é deixar o dia de ontem apenas no calendário e curtir o que vem pela frente! Que, ao invés de “Irritando Fernanda Young”, o programa de hoje se chame “Alegrando Beta Old”.

29 anos com ela

Sempre amei aniversário e nunca encanei com o avanço da idade! Pelo contrário, as pessoas sempre se surpreendem quando digo que ainda ando pela casa dos vinte. E sei que não pareço ser mais velha por causa de rugas ou pés de galinha…

De qualquer forma, é inegável o fato de que se aproximar dos trinta mexe com a cabeça da gente. Não é crise nem nada, longe disso! Mas sabe? É a última vez que faço “dois-ponto-alguma-coisa” e isso causa um certo estranhamento.

O bacana é saber que eu superei minhas próprias expectativas. Nunca na minha vida eu imaginaria chegar aos 29 com a bagagem cultural que eu tenho. Mesmo tendo já uma grande desconfiança quanto ao que seria minha vida adulta, eu nunca a imaginei tão completa, plena e bem desenrolada.

A cada ano que passa, a cada comemoração cheia de amigos, olho pra trás e vejo que só tenho o que agradecer. Por vezes parece que tudo se encaminhou na minha vida de um jeito tão fácil, tão automático, tão previamente planejado! Parece que simplesmente era pra ser assim…

Hoje eu quero receber todos os abraços apertados, todo o carinho sincero, todo amor de coração! Mas quero também agradecer a todos os que passaram alguns anos dessa história comigo. Tenho um pedacinho de cada um em mim. E mais ainda, quero agradecer aos que passaram 29 anos comigo! Esses eu amo tanto que nem sei como explicar!… e tchau inferno astral! Já vai tarde!

Agenda cheia

Admito que o blog anda meio abandonado! Garanto que não é falta de inspiração e nem de histórias pra contar. O problema é que eu andei abraçando coisas demais e agora estou toda enrolada!

Como tive que trancar alguns módulo no decorrer do meu MBA devido as minhas viagens, resolvi recuperar o que fosse possível até o final do ano. O resultado disso é que eu terei aulas em quartas, quintas, sextas e sábados. São quatro módulos ao mesmo tempo e isso tá me deixando um pouco apreensiva.

O fato de eu ter inventado um blog para cada Missão aqui do trabalho também me deixou um pouco sem tempo. Todos os dias, quando voltávamos do jantar, eu me predispunha a fazer alguma atualização. Difícil querer atualizar DOIS blogs nesse horário, né?

Além disso, meu amoreco Gabi Dias, me convidou pra escrever uma coluna bimestral na revista Pensatta, que a agência onde ele trabalha está editando. Fofo o convite, né? E eu aceitei, obviamente! A primeira coluna já está escrita. Uma obrigação a menos!

Por fim, devo admitir que já estou em clima de férias. Dia 6 de novembro, eu e o Todynho Rafa (como ele mesmo disse, “o seu companheiro de aventuras”) embarcamos para Barbados para uma semana de vida de rei: resort, tudo incluso, vários restaurantes internacionais, drinks coloridos, mar azul, esportes aquáticos… Impossível parar de pensar que esse momento está cada vez mais próximo!

Pra finalizar tudo, esse é o mês no meu inferno astral, como todos sabem. A boa notícia é que o período termina amanhã! 😀

Ônus e bônus

Quando criança, eu tinha certeza de que seria atleta. Sério! Jogava em todos os times da escola: vôlei, futsal, handball. Jogava bem, tinha raça! Principalmente o vôlei. Tava sempre no time titular! Era alta… Era alta!

Sim, aos doze anos eu tinha a altura que tenho hoje. Era muito promissor ter 1,60m quando se tem doze anos. Mas o tempo passou, os amigos cresceram e cá estou eu, com os mesmos 1,60m. Aos 15, já não é mais muito promissor ter essa altura. E aos 17, é o fim da carreira.

Foi meio traumatizante pra mim, reconhecer que eu teria que pensar em outra coisa (não existia a posição de líbero naquela época!). Mas fui adiante. Me dediquei aos estudos e cá estou eu. Hoje dando graças a Deus por ser pequena.

Pois olhem bem onde eu vim parar. Em um emprego que me permite viajar mundo a fora. Por vezes até atravessar o globo. E tudo isso sabe como? Classe econômica, meu bem! Ou sardinha enlatada, para os íntimos.

Sempre que me vejo dentro de um avião, agradeço por ter o tamanho que tenho. Mesmo quando sentada na última fileira, aquela que não reclina, consigo me esticar inteira por baixo do banco. Cruzo as pernas para um lado. Canso! Cruzo as pernas para o outro. Ponho os dois pés sobre a poltrona e abraço os joelhos. Viro para qualquer dos dois lados quando quero dormir! Quando o avião para, posso me levantar imediatamente, sem nem olhar pra cima. Nunca bati a cabeça no teto, nem no espaço para bagagens de mão.

Deve ser bom ser alto, sim. Ter todos aqueles centímetros de perna e tals. Mas quer saber? Tô mesmo achando que meus umesessenta me trazem mais bônus do que ônus!

Os umbigos

Não gosto de umbigos! Odeio que encostem no meu umbigo! Tenho problemas com umbigo! Me incomodo com piercings no umbigo! Pronto, falei!

É difícil assumir essa aflição. Por que irão me achar uma louca? Por que eu me acho uma ET? Por que as pessoas vão achar que eu não limpo o umbigo? Nada disso! É difícil assumir essa aflição porque, sempre que eu o faço, vem algum infeliz querendo colocar o dedo no meu umbigo!

Sim, eu limpo o umbigo. E aposto que muito pouca gente o faz. Pego cotonete com óleo Johnson e limpo! Mesmo quase tendo um treco! Mas sei lá o que é que acontece. O umbigo é um buraco, o fim dele é dentro da gente. É um ponto vulnerável. Não dá pra ficar brincando assim com ele, como se ele não tivesse importância nenhuma na nossa vida!

Tem aqueles(as) que refazem o umbigo, né? Cortam o umbigo fora, junto com uma parte da barriga, costura e faz um umbigo novo. Jezuis! Como isso pode ser possível? Aposto que o novo umbigo não é um buraco infinito como era o velho! Aposto que ele já não serve pra nada, só de enfeite! Coisa mais estranha!

Agora vamos mudar de assunto porque já pensei no umbigo por tempo demais! Assunto encerrado, ok? E que ninguém me apareça tentando encostar no meu umbigo porque vai rolar morte na certa! E tenho dito!

Queridos mestres

Dia 15 foi dia do professor. E, apesar do cansaço e da falta de tempo para escrever, pensei muito sobre o assunto. Desde esse dia, o post tá aqui, prontinho na minha cabeça. Planejado, como fazem os professores com suas aulas.

Devo muito do que sou aos professores que tive. Principalmente os dos ensino fundamental e médio, especialmente os do médio e, mais ainda, as duas maravilhosas professoras de português que tive. Magali e Dorotéa. Talvez elas nem saibam o quanto sua competência e paixão pelo assunto interferiram no meu destino como profissional. Ou talvez saibam!

Até hoje eu me lembro da Dorô, que foi minha profe na oitava série, dizendo que eu deveria pensar em jornalismo, pois escrevia muito bem. Lembro até o título da redação que ela tinha em mãos: Quem sou eu! Depois veio a Magali, que manteve o incentivo pelos seguintes três anos. Como elas acertaram! Como foi importante o apoio de ambas nessa, que é uma fase super decisiva na vida de cada um de nós.

Tive amigas que lecionavam, ainda no início da faculdade, e sentia pena dos alunos. Sabia que elas não eram capacitadas a ensinar, a formar. E o professor é isso, ele forma, educa. Ele precisa saber o que ensina, amar sua atividade. Professor é uma alma especial, um espírito evoluído. Ainda mais no Brasil, onde o reconhecimento é tão pequeno.

O meu reconhecimento está feito! Meus parabéns aos nossos mestres, não apenas aos da escola, mas aos da vida! Vocês nos fazem ser quem somos!

Se a tentiada é livre…

Hoje tivemos um encontro muito proveitoso com pesquisadores do Future Concept Lab, incluindo o sociólogo Francesco Morace, que já realizou diversas pesquisas para empresas brasileiras, e escreveu o livro DNA Brasileiro, sobre a identidade do nosso povo.

Logo no início da apresentação, Paolo Ferrarini, pesquisador do mesmo instituto, se apresentou como especialista em tendências de comunicação e estética. Na minha cabeça, as palavras tendências de comunicação nunca mais pararam de martelar. Quase não prestei mais atenção no que o moço falava de tanto que eu pensava em alguma forma de questioná-lo sobre o tema.

No final da palestra, no momento em que estávamos fazendo as perguntas, quis saber sobre como buscar mais informação sobre as pesquisas deles em comunicação. Afinal, a tentiada é livre… Para a nossa surpresa, fomos convidados a participar de um Seminário, que acontece nessa quinta-feira, justamente sobre o assunto.

Eu tô mais do que radiante com o convite. Meus olhos não pararam mais de brilhar! Taí, cada vez mais eu gosto da Itália! 😀

So far so good

Tenho que admitir, o esforço tem valido a pena! A Itália, principalmente quando vista do ponto de vista cultural e artístico, está se mostrando muito interessante. O povo também tem me surpreendido em alguns casos, mas reforço que Milão nunca foi o problema.

Na verdade, minha antipatia com a Itália deve ser totalmente credita a três cidades em especial: Nápoli, Veneza e Roma. Não necessariamente nessa ordem. A Dorotéia, coordenadora aqui da Missão, falou que isso é normal. Que os próprios Italianos consideram apenas o norte da Itália e que o sul é hoje a parte menos desenvolvida. Só receio colocar Táranto, que foi tão agradável, nesse mesmo saco!

O fato é que, chegando aqui, peguei um táxi cuja motorista se achava a própria Laura Pausini. Em outra época, eu diria que ela era uma mau educada e que não estava considerando minha presença dentro do carro. Como vim de coração aberto, me considerei uma pessoa de sorte por ter pego uma motorista cantora, feliz e relaxada. A probabilidade de ela brigar no trânsito seria menor (che non è propriamente vero!).

Além disso, hoje visitamos algumas obras dos grandes artistas italianos: uma sala, pintada por Leonardo e a Pietá de Rondanini, de Michelângelo. O bacana é que essas obras não têm proteção e é possível admirá-las por inteiro: visão, tato, olfato e interpretação. É realmente uma riqueza cultural muito grande!

So far so good! Acho que estamos nos entendendo bem até agora! E a tendência é melhorar…

Comida de avião

Comida de avião também merece um post a parte. É sempre ruim, muito ruim! Pelo menos aqui, na classe econômica. Já vi reportagens sobre chefs renomados preparando a comida das classes executiva e primeira, mas du-vi-do que seja muito melhor do que a daqui do fundão.

Para o jantar, é normal termos que escolher entre carne ou massa. Como se os dois não pudessem vir juntos! Fico com a carne, como sempre. Dessa vez o acompanhamento era abobrinha, cenoura refogada e arroz. A carne, em si, parecia ter passado horas na pressão, banhada em água sem tempero. Eita coisinha bem ruim!

Ainda estou na metade do meu vinho e o comissário já aparece trazendo o café. Digo que ele esta muito adiantado hoje, que nem tomei ainda o terceiro round do vinho. Ele, simpático, diz que me trará um café mais tarde, quando eu quiser. Dá um tempo e ele volta para recolher as bandejas. No carrinho, garrafas de digestivos e, entre eles, Bayles. Faço um calculo rapido de calorias, considero a falta de almoço e decido. “Acho que vou tomar um Bayles ao invés do café!”.

Normalmente uma hora antes de atingirmos o destino, inicia-se a movimentação do café da manhã. Acho que essa parte é ainda pior. Umas frutas para salvar a pátria, um iogurte para manter o intestino em dia (que eu, particularmente, tenho lá minhas dúvidas sobre se ele realmente deveria ser servido em um avião), uma pão com mantega, requeijão e geléia (que eu nao posso comer por ser carboidrato e vão, quase que automaticamente pra vizinha), e o toque final: ovos.

Os ovos variam entre omelete, ovos mexidos e quiche. Dessa vez, serviram esta última. Seu lá, ovo ja é um negócio meio do mal, imagina em avião? E olha que pra mim, os ovos ainda são o de menos. Muito pior é o molho de tomate e o espinafre refogado que vem junto. Perai, nao era café da manhã?

O jeito é mesmo esperar pelo desembarque para tomar aquele capuccino com bastante leite vaporizado. Por enquanto, fico na água com gás que já tá de bom tamanho!

Dentro da lata voadora

Entro no avião, uma das primeiras, devido ao tal cartão VIP, e fico aguardando anciosamente por meu companheiro de poltrona. Muito raras vezes eu dei sorte quanto ao look do sujeito, mas a esperança é a última que morre, não é mesmo?

Primeiro eu dei uma louqueada e pedi, alias, implorei, que a aeromoça conseguisse me trocar de lugar, pois eu estava em uma janela e precisava muito ficar no corredor. “Faco muito xixi!”, expliquei. Em meio a explicaçõees de que o vôo estava lotado e eu teria que pedir para que alguém trocasse comigo, a moça gentilmente verifica meu cartão e percebe que meu assentos É o do corredor. Vergonha de mim mesma, sinal de que preciso de férias. Urgente!

Comeca aquele desespero de gente querendo trocar de lugar, mesmo antes de terem todos embarcado. É um tal de senta daqui, chega o dono, daí senta de lá, só até o outro dono aparecer também. Eu já aprendi que, se tem lugar sobrando, a primeira coisa a fazer é chamar a comissária e perguntar: “Is the boarding complete?” Se estiver, o banco é teu! Sem micos, sem constrangimento!

Mas na verdadeiro eu preciso entender que não E todo mundo que viaja pra europa como se estivesse indo pra São Paulo, logo, é compreensível um pouco de afobação. Me contive nos julgamentos, mas não pude deixar de perceber que tem uns que estrapolam. Levanto, para que meus companheiros de fileira entrem, e outras pessoas tentam passar popr cima de mim. Helloo-oouuuu, nunca aprendeu que dois corpos nao ocupam o mesmo lugar no espaco? Um singela bundadinha no intrometido, ele entende o recado e espera todos se acomodarem.

Senta do meu lado um casal, ja idoso, de alemães. O homem fede, e muito, o que não é mérito do povo que perdeu a guerra, é mais do que comum do que se imagina. Alemães, franceses, africanos… O fato é que ninguem toma tanto banho quanto os brasileiros e, por isso, ter o creme de mão, sempre a mão, e a melhor solução. Com o perdão da rima pobre! A mulher do casal é do tamanho de três Betas e meia. Ela não cabe na poltrona dela e, logo, invade a minha. Nem o apoio de braço pode ficar abaixado, pois a perna da senhora não cabe embaixo. Troféu joinha pra mim, que terei que passar doze horas apoiadas em apenas uma nadega!

Tirando esses pequenos percalços, tudo indica que o casal é gente boa. Só falam alemão, então a comunicação é um pouco complicada no início. Mas também, nada que duas “tacinhas” de vinho tinto (copos plásticos com logo da Lufthansa) não resolvam. Falo qualquer idioma, fluentemente, quando eu bebo. O papo fluiu que foi uma beleza. Ninguém sabe ao certo se estávamos falando do mesmo assunto, mas discutimos bastante.

Com toda essa intimidade entre nós, a mulher não se acanhou em pedir tudo o que eu nao comi da minha janta. Pois é, sigo firme no propósito, então deixei o arroz, o pão e a sobremesa. Tudo em prol do biquininho!

Agora e hora de pegar meu computador, assistir um filme e deixar o vinho agir, afinal, amanhā ainda e dia de experiencia, e a sala VIP da Luftahnsa deve trazer bons comentários.