Monthly Archives: setembro 2010

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Fome infinita

Tem dias que sinto uma fome infinita. Me sinto um saco sem fundo. Posso passar o dia todo comendo e ainda assim, tenho fome! Como um doce, quero um salgado. Como um salgado, quero uma coca. Como uma banana e tenho sede. Tomo água e dá mais fome. É uma sensação estranha!

Tenho até vergonha de mim mesma nesses dias. E olha que isso é raro de acontecer! Olho todos a minha volta e os imagino pensando: “Nossa, a louca recém veio do almoço e já tá atracada num iogurte!” Realmente eu não sei o que me dá, mas parece até que eu pressinto quando vai acontecer. Hoje por exemplo, saí de casa com um pacote de três barrinhas de cereais, três bananas e sabia que teria um iogurte me esperando aqui no trabalho. Pra onde vai tudo isso?

PRA-ONDE-VAI-TU-DO-ISSO? Eu tenho a resposta: barriga, bumbum, culote, braço… aaaaaargh! Odeio quando vai pro braço! O resto eu resolvo. Mas o braço… não há cristo que dê jeito!

Não sei se mais gente sofre desse mesmo problema. Sei que mulheres tendem a ter mais fome naqueles dias. E às vezes dá vontade de comer até as paredes mesmo. Mas comigo acontece aleatoriamente, sem relação nenhum com qualquer outra coisa. Será que isso também acontece com homens? Se sim, o Véio nasceu com esse distúrbio.

Mesmo assim vou me manter firme no propósito de emagrecer até virar pele e osso e vou ficar só nesses lanchinhos lights mesmo. Vou seguir a filosofia dos alcólicos anônimos: só por hoje eu não devo comer! Amanhã a fome infinita deve acabar e ficarei bem satisfeita com meu cafezinho com leite. Como sempre!

Histórias de amor – Parte I

– Oi!
– Oi!
– Eu sou o Mateus, tava te cuidando ali de longe.
– Oi Mateus, eu sou a Luana.
– Sabe Lu, tu é muito gata!
– Obrigada! (Lu???)
– Vem sempre aqui?
– Sério que tu tá me perguntando isso?
– Desculpe, deve ser a falta de prática!
– Hummm, recém solteiro?
– Pois é, relacionamento longo, a gente perde a prática!
– A gente?
– É, digo, eu, ela. Quem fica assim, namorando por muito tempo.
– Huuummmm!
– Que tu quer dizer com esse hum?
– Nada não!
– Tu acha que existe a possibilidade de ela não ter perdido a prática.
– Particularmente, acho que existe uma grande possibilidade!
– Mulheres!
– Continuo aqui!
– Tem razão, desculpe. Tô dizendo, é a falta de prática.
– Tá bom, tá bom. Já entendi!
– Veio sozinha pra festa?
– Na verdade tu tá parado bem no meio da minha roda de amigos.
– Ah, não havia percebido!
– (Meu Deus! De onde saiu essa criatura?)
– Oi pessoal, eu sou o Mateus, tudo bem? Legal teus amigos. Poderíamos marcar de sair algum dia, né?
– É! (Aham, claro!)
– Quando?
– De novo: sério que tu tá me perguntando isso?
– É, acho que primeiro a gente tem que ver se rola alguma coisa hoje, né?
– Se rola alguma coisa hoje…
– Tu acha que rola?

E assim termina o que poderia ter sido mais uma linda história de amor…

Superproteção

Eu tenho um lance de superproteção com aqueles que eu amo. Na verdade acho que todos temos, mas tenho quase certeza de que no meu caso é mais forte.Viro bicho pra defender minha família ou amigos mais queridos. E, às vezes, viro bicho pra defendê-los deles mesmos!

Sabe quando a gente é adolescente e briga com os pais? Pois então, já fiz dessas! Daí eu saía por aí falando mal deles, claro! Mas isso só durava até o momento em que alguém concordasse comigo! Pronto! Ninguém pode falar mal dos meus pais além de mim mesma! E ninguém, nunquinha, pode concordar comigo quando eu falo mal deles! Esse é um direito adquirido que só eu tenho! E isso não vale só para os pais, vale pra Sis, pro Cu, para os primos, tios, avós, amigos de toda vida…

Sei que isso não é uma coisa muito saudável. Nem pra mim, nem pra eles. Mas não adianta! É instinto puro, sem espaço pra razão! É quase que um instinto materno mesmo, do tipo “mexe comigo, mas não mexe com eles”! Os astros devem poder explicar isso. Mas também, de que importa a explicação, quando se trata de um sentimento de cuidado e carinho, não é mesmo? Sentimento não se explica, se sente!

A beleza dos olhos castanhos…

Juro que o que vou dizer, em nada está relacionado com o fato de o rímel da Yves Saint Lauren não ter deixado meus olhos verdes, conforme prometido. E também juro que não é recalque, porque não é exatamente que eu goste dos MEUS olhos. Mas o fato é que eu adoro olhos castanhos!

Verdade! Acho que os olhos castanhos tem um charme todo especial. Mistério talvez! Vai saber… Parece que o olho castanho sempre é mais harmônico com o rosto do que os verdes ou azuis. Claro que é exatamente por isso que os coloridos se destacam. Mas como prefiro a harmonia, vou com os marrons.

Tem um ator desses nova geração, que fica infinitamente mais bonito de olhos castanhos. Mas o pobre tem o azar de ter os olhos mais azuis que eu já vi. Quando ele participou de Tropa de Elite, achei o cara um gato. Aí na novela das seis, tá lá o moço, com seus olhos na cor natural: um raio! Abaixo as fotos, que não me deixam mentir!

Simplesmente não orna!

Claro que tem gente linda, de olhos claros ou coloridos! Mas que a cor do olho não é o determinante pra isso, ah, isso não é meeeeesmo!

Consumismo forte

Mulher é consumista por natureza. Nasceu assim. Desde o útero, aprendeu a querer tudo pra si. Pobre do menino que é casal de gêmeo… deve ter sofrido desde cedo. Mas o fato é que se a gente botar o olho, compra!

Imagina o que é necessário de auto controle quando se vai as compras em Paris! Imaginou? Sim, mais caro. Sim, meu salário é em reais. Sim, não vale a pena comprar a maioria das coisas aqui… Sinto muito, mas nada disso importa quando se está em frente a coisas que só tem por aqui.

Como não enlouquecer na seção casa do Le Bon Marché? Como não querer levar pra casa toda a Pylones… inteirinha? Como resistir as liquidações da Zara e a coleção Stella McCartney da Adidas. Se alguém souber o segredo, me conte, por que eu ainda não descobri.

Mesmo assim, com todas essas tentações a minha volta, estou focada no meu iPad. Preciso economizar para pagar o tamagoshi novo e dele eu não abro mão. A Iza prefere a bolsa Louis Vuitton, a Kopi prefere fazer compras na Galerie Lafayette. Eu prefiro meu iPad. Foco, Beta, foco!

Eu estava forte! Juro que estava! Até entrar na Sephora. É fato, nenhuma mulher do mundo seria capaz de entrar e sair da Sephora sem ter comprado nada. É simplesmente a maior e melhor loja de perfumes, maquiagens, cremes antirugas e todas essas outras coisas infernais que nos tentam até que tenhamos vontade de sair correndo de lá de dentro.

A nova é o rímel da Yves Saint Lauren. Vem o cara, vendedor da marca, toooodo maquiado, mostrando esse produto milagroso que faz a cor do olho ficar verde. Diz ele que é o contraste, pois o rímel é bordô, que é cor contrária a verde, e que, com a luz, blá, blá, blá… Pra mim o que ficou foi: COMPRA ESSE RÍMEL E TERÁS OLHOS VERDES! Óooooobvio que eu comprei, né? Porque senão eu me arrependeria pelo resto da vida. Óooooobvio que meu oho segue castanho… com rímel, sem rímel, na luz negra ou na luz do sol…

Não sei que consumismo é esse que a gente tem. Mas é uma força maior. Algo do tipo “sei que não funciona, mas preciiiiiso comprar”. Por que, exatamente, é outra história. Sei que a única forma que encontrei de sair de lá sem deixar todos os cartões de crédito estourados, foi me dirigir ao caixa logo que passei pelos produtos da Mac, pagar todas as compras de uma vez, e sair de lá correndo, sem nem olhar pro lado…

A marcha dos bêbados

Vem cá, alguém já reparou na marcha dos bêbados? Tipo assim, o povo bebe, bebe, bebe, e aí acaba a bebida, precisamos de mais! Então, tipo, acabou o vinho aqui no apê, todos os dramas, histórias e risadas depois. O que fizemos? Fomos comprar vinho em Paris à uma da manhã!

Óbvio que isso não é tarefa fácil! Logo, tivemos que parar por uns 2345678945678 zilhões de bares, até chegar no Marais (marré, pros não afrancesados). Obviamente que, como já sabíamos por experiência própria, nenhum bar vende garrafa de vinho… mas isso não vale pro Marais!

Chegamos lá e fomos entrando bar a dentro. Sabe como é, madrugada de domingo pra segunda, em Paris… quase sem esperança! Aí avistamos um bar aberto. Invasão com força! Fomos logo perguntando se vendiam vinho, para não perdermos tempo. Pra nossa susrpresa o garçom perguntou: Quantas garrafas???

E aqui estamos nós, com duas novas garrafas de vinhos, Bordeaux, safra 2008, delícia. Uma fortuna perto do que pagamos no mercadinho. Mas manter a conversa entre as melhores do universo, no nosso super apê, em dia de feira… NÃO TEM PREÇO!

Mas enfim, o que eu queria falar mesmo era sobre a marcha dos bêbados. Quem chamou a atenção foi a Iza! Mas assim, o povo quando bebe muito, sai marchando. Fato! Principalmente se em direção a mais bebida. E lá estávamos nós, da Ilha de Saint Louis até o Marais, em busca de vinho, marchando em busca de mais Bourdeaux. Pá, pa, pá, pá, pá, pa! No mesmo ritmo!

Atravessamos a ponte, quase que no mesmo passo. E ai de quem aparecesse pela frente… Sabe que aqui na França eles costumam andar com uma baguete debaixo do braço, né? Isso tudo bem! Mas se alguém cruzar o seu caminho com uma garrafa de bourdeaux encostada no sovaco, no domingo à uma da manhã…. sério, run Forrest, run! Porque a pessoa não vai parar… Garanto!

A mala

Dizem que errar é humano, mas com certeza errar duas vezes do mesmo jeito, é no mínimo suspeito. Pois eu fiz isso. Cometi o mesmíssimo erro duas vezes quase seguidas. A consequência? Eu cheguei em Paris, minha mala, não! De novo!

A Lufthansa é uma companhia aérea alemã. Logo, todo vôo deles para, obrigatoriamente, ou em Frankfurt ou em Munique. Isso acontece mesmo no trecho São Paulo – Paris. Passa por Paris, vai a Frankfurt, troca de avião e volta pra Paris. Sem lógica, eu sei, mas é o que é. Muita vezes a Lufthansa está entre as companhias que oferecem vôos mais baratos, portanto, tenho que enfrentar essa maratona quase sempre.

Aí teve uma vez que a conexão em Frankfurt foi super curta. Desci de um lado do aeroporto e corri a São Silvestre até o outro para conseguir embarcar em tempo para Paris. Conexão curta só pode representar uma coisa: extravio de mala! Bom, não foi bem um extravio o que aconteceu, pois a Lufthansa sabia onde estava a minha mala. O problema é que eu estava em Paris, ela não. Muita negociação depois, consegui uma graninha pra jantar e me deixaram esperar no próprio aeroporto. Minha mala viria no próximo vôo. E veio! Alívio!

Aí chega a próxima feira, me compram uma passagem pela Lufthansa novamente e eu, obviamente, nem olho os tempos de conexão. Grande erro, mas acho que dessa vez aprendi a lição! A viagem foi a mesma da outra vez e, como da outra vez, eu estava em Paris, minha mala em Frankfurt.

Dessa vez disseram que me entregariam a mala no apê, na mesma noite. E que me ligariam para avisar o horário. Ok, bom motivo para comprarmos os melhores queijos franceses, alguns presuntos e, é claro, muitos vinhos. Tudo para esperar a mala!

Triste ficar sem mala, viu? Pobre de quem teve suas coisas extraviadas de verdade. O simples fato de eu querer tomar banho e não ter nem uma calcinha limpa pra por… aaaahhh, fala sério. Só com muito vinho mesmo pra não perder o bom humor. E o desodorante? O sabonete? O xampu? Sorte que a Cris tinha tudo isso pra me emprestar. E antes que falem, sim, eu sei que eu deveria ter pelo menos uma muda de roupa na mala de mão. Mas eu não tinha. Ponto!

Antes tarde do que mais tarde! A mala chegou a meia noite, muitos queijos e três garrafas de vinho depois. Mas tudo bem, pelo menos chegou. E no mesmo dia! E agora eu aprendi: nada de corrida em aeroporto, nada de conexão curta, nada de Beta pra um lado e mala pro outro. Onde uma for, a outra vai atrás.