Monthly Archives: setembro 2010

You are browsing the site archives by month.

O sofá de retalhos

Quando eu morava no outro apê, o Johnnie e o Jack costumavam afiar as unhas nos cantos da minha cama. No forro também. Por vezes eu achava que eles estavam com caspa, mas não, era puro farelo de espuma! O sofá tinha uns furinhos de unha, mas nada grave. Eles não gostavam do tecido, eu acho!

Aí, antes de me mudar pro apê novo, pensei em algumas alternativas pra que eles não atacassem minha cama nova! Um arranhador? Hummm, gastaria uma grana comprando um troço que eles nunca viram, não sabia se funcionaria. Não comprei! Fecharia a porta do quarto. O problema da cama estaria resolvido.

Fui na loja comprar o sofá. Chegando lá, me apaixonei por uma poltrona de duas pessoas, toda colorida, feita com retalhos. A primeira coisa que disse foi: “Meus gatos ficarão lindos em cima dessa poltrona!”. O sofá grande, para a sala, eu ainda não tinha escolhido, mas o colorido eu tinha certeza que levaria!

Mudança feita! Cama, sofá e poltrona colocados, cada um em seu local da casa. Descubro, já no primeiro dia, que os gatos conseguem abrir a porta do quarto. Minha cama estaria em perigo. Antes a cama do que os sofás, que ficam na sala e todos vêem, certo? Foi mais ou menos o que eu pensei! Mas para o meu estranhamento, eles não se interessaram pelos cantos da cama nova. Pelo forro sim, mas até aí, quem se importa?

O sofá grande também não atraiu o interesse das unhas afiadas. Acredito que eles tenham gostado do conforto e maciez da camurça, pois volta e meia os encontro dormindo por ali, emaranhados. O que sobra quando saem, é apenas uma bola de pelos, facilmente eliminada pelo aspirador de pó. Nenhum furinho sequer!

Agora uma chance pra adivinhar onde os fofinhos decidiram cravar as unhas, se espreguiçar e brincar um com o outro. Sim, na minha poltrona de retalhos! Mais cara que a cama, mais cara que o sofá grande! Mas não adiantou sentar com os dois e explicar a situação. Aquele móvel seria deles. Ponto final!

O jeito foi abstrair do fato de que aquela era aminha peça preferida da casa. Também ajuda saber que, como ele é todo construído de retalhos, não seria lá muito problemático consertar um rasgo que pudesse aparecer. Afinal de contas, eu não comprei a poltrona pensando neles? Pelo menos dá pra dizer que bom gosto eles têm!

Blog de casa nova

Quem me conhece sabe que sou metida mesmo! Me acho! E justamente por isso, decidi hoje que eu queria ter um domínio .com.br pro meu blog. Ainda não sei exatamente qual a diferença entre ele e o blogspot, a não ser o fato de que agora eu tenho que pagar e que posso ter um e-mail @kitkatcomchampa.com.br. Mas não importa! Se eu queria o domínio, eu teria o domínio.

Muito mais bonito dizer que o endereço do meu blog é www.kitkatcomchampa.COM.BR. Muito mais! Mais profissional, mais fácil, mais sonoro. Igualzinho a mim! Tá, exagerei!

Agora preciso esperar o Cu entregar o TCC dele pra eu poder abusar do seu talento artístico e nerdístico e mudar tudo! Cor, fundo, cara, apresentação! Ele que se prepare, pois vem trabalho pela frente. E a culpa é dele mesmo, que incentiva minhas loucuras e fica lá, buscando domínio, servidor, DNS sei lá das quantas. Engraçado que até o pessoal aí desses serviços entendeu que comigo as coisas precisam andar rápido. O aviso era pra eu esperar até 72 horas, mas depois 12345675678 de F5 na página, o site abriu! Quanta felicidade. Apenas três horas de martírio!

Por enquanto só uma novidade: agora os leitores podem se cadastrar e receber os posts por e-mail. Assim ficam sabendo sempre que houver uma atualização. Bem facinho! Além disso, claro, quase que diariamente, continuarei postando minhas histórias e divagações e, vez ou outra, outras histórias, que sempre são bem vindas. Todos juntos no caminho rumo ao sucesso!

Casamento

Tenho uma amiga que anda meio em crise no casamento. Diz ela que não há relação que sobreviva a rotina, ao hábito, as conversas de final de dia. Não há jeito de ter tesão depois de discutir sobre a alimentação do filho, ou sobre a cor do cocô da criança! Não há casamento que resista a bitoquinha de oi e bitoquinha de tchau!

Ela segue na revolta com um golpe baixo: “Sabe por que todo filme romântico termina na cena do casamento? Sabe? Porque não existe vida depois dele!” Palavras dela. Não tenho experiência pra concordar ou discordar disso. Mas o argumento é válido! Nunca tinha parado pra pensar…

A amiga, essa, falou ainda de uma crônica da Martha Medeiros, que fala sobre o beijo em pé. “Quantos casais casados ainda se beijam em pé?” Vou eu saber? Sequer sabia o que ela queria dizer quando se referiu a beijo em pé. “Depois de casado tu não beija mais. Não daquele jeito que beijava antes. Sabe assim, passar um pelo outro no corredor, dar aquele beijaço e seguir o caminho? Depois de casado, se tu tasca um beijo de verdade no maridão, ele já vem se chegando, querendo sexo!” Triste a realidade dela. Tão importante que é o beijo…

Será que existem casamentos que conseguem manter a emoção do relacionamento mesmo após muitos anos? Será que existe relação que se mantém viva e excitante mesmo após muitos anos? Será que isso é um sonho, um desejo, um exercício ou uma utopia? Cabe a cada um a decisão de arriscar ou não!

Crônica da Martha: http://bit.ly/bVqDSz

Antidepressivo

O Carpinejar escreveu esses tempos, no seu blog: “Remédio não cura depressão, o que nos salva são os sapatos novos.” No fim, a crônica dele nem fala de depressão, mas essa frase foi boa. De qualquer forma, apesar de gostar muito de sapatos novos (fala sério, quem não gosta?), pra mim, o que cura depressão é passar o dia de pijama.

Sei que pra Bi isso também funciona. Aposto que existem mais adeptos dessa técnica do que julga nossa vã filosofia! Mas de fato, nada como acordar, tentar se deslocar da cama para o sofá quase que ainda na posição horizontal, se atirar por lá com a TV ligada e lá permanecer, vegetando, o dia todo.
Algumas exceções são permitidas durante a terapia. A primeira é, depois de pelo menos uma hora já no sofá, levantar para escovar os dentes e tirar as remelas. Imediatamente após isso, deve-se retornar a posição inicial. Quando uma tontura começar a tomar conta, e vier aquela vontade de desmaiar, é permitido engatinhar até a geladeira e comer alguma coisa.
Hoje eu sei que, se eu sentir uma tristezinha que seja, é só correr e colocar meu pijaminha. Tenho vários, de várias cores, um para cada fase. Se combinados com pantufas apeluciadas, melhor ainda. Não há depressão que resista ou sorriso que não apareça para dar as caras!

Aquele charme

Adoro Whisky! Quer dizer, gostar meeeeeesmo, só daqueles bem velhinhos, que são mais suaves no sabor. Mas o fato é que eu acho whisky um charme! Acho lindo alguém tomando um aperitivo “on the rocks”. Por isso, sempre procuro ter uma garrafa em casa!

Em algumas oportunidades eu sirvo um copo. Ando pela casa com ele, provocando movimentos circulares, parando em alguns pontos estratégicos e fazendo pose, fazendo charme para mim mesma. Em nenhuma dessas vezes eu bebo. Me basta tê-lo nas mãos.

Outra coisa que me fascina são os nomes, tanto das marcas, quanto das idades. Chivas Regal, Johnnie Walker, Jack Daniels, Old Pulteney, Old nº 7, Blue Label, Royal Salute. Todos lindos. Tanto que meus filhotes são batizados com nome de whisky, como todos já devem estar carecas de saber, a essa altura do blog.

Os whiskys tem história. Viveram anos em barris. Tiveram partes de si evaporadas. Sentiram-se abandonados apenas para alcançarem o status de bebida mais desejada. Os rótulos também ajudam. O do Jack Daniels eu teria estampado em uma parede inteira da minha casa, de tão lindo, clássico, clean e charmoso que eu o considero. Não se sabe ao certo o por quê do “Old No. 7 Brand”. Muitos dizem que o número 7 significa que somente na sétima tentativa de misturas, Jack conseguiu chegar a fórmula de elaboração de seu uísque. Como não se encantar?

Uma mistura perfeita de grãos, maltes, frutas, ervas, mel e outros ingredientes resultam nessa bebida cremosa, aromática e redonda, que resgata valores nobres da sociedade, como honra, cavalheirismo e amizade, esquecidos nas ultimas décadas. This is the Chivas Live! Se você ainda não experimentou, Keep Walking porque Jack Lives (around) Here. Será fácil encontrar!

Novos tempos, mesma discussão

Faz tempo! Aliás, faz MUITO tempo que, volta e meia, no aquece preliminar ao jogo do Grêmio, surge a mesma discussão. É coisa de nerd, a gente sabe. Mesmo assim, a dúvida insiste em permanecer. Já viramos o google do avesso, e ele ainda não conseguiu nos explicar. Já questionamos amigos, pilotos, mestres em física. Já dividimos essa angústia com várias pessoas que já passaram pelo nosso grupinho de jogo. Mas a dúvida permanece!

Como não poderia deixar de ser, tudo começou com o Véio e o Sujô. Sim, porque nenhum deles dá o braço a torcer. Ao que parece, tá valendo uma caixa de ceva, se é que a aposta já não aumentou. De qualquer forma, o importante é que todos beberemos juntos, independente da resposta correta. Isso, é claro, se algum dia alguém conseguir nos dar uma resposta convincente.

A história é mais ou menos assim: Tu estás num ponto da Terra e quer chegar exatamente do outro lado. Percorrer a metade da Terra. Se tu fores pelo lado contrário a rotação dela, tu farás em menos tempo. Se tu fores a favor da rotação dela, tu demoras mais. Até aqui tudo tranquilo. Todos de acordo!

Com a Terra parada, a distância de um ponto ao outro, independente de por qual lado será feito o trajeto, é a mesma. Ok, isso também é consenso. A complicação vem agora: eu acho, e também acho que é o que o Sujô acha (a essa altura do campeonato eu já nem sei mais quem acha o que!) que a distância percorrida é menor se o avião for pelo lado contrário a rotação da Terra. Isso porque o avião “ganha” quilômetros a medida em que o planeta gira.

O Véio acha que a distância percorrida é a mesma. Pois afinal, a distância entre os dois pontos é a mesma, tanto faz o lado. O Cassiano levantou uma questão bastante relevante, sobre as distâncias de vôo serem contadas em horas, não em quilômetros. Talvez esteja aí a chave da questão.

Também devo confessar que, depois de tantos exemplos, ideias estapafúrdias, teorias e fórmulas de física, eu já nem tenho bem certeza se a discussão é mesmo em torno dessa questão ou se já mudou para outra, ainda relacionada a Terra, rotação, distâncias e avião. Também não sei se queremos de fato solucionar a questão ou se gostamos mesmo é de ter algo sobre o que discutir infinitamente. Nem que seja em meio a gritos, caretas e fórmulas matemáticas.

Histórias de amor – parte II

– Oi gata!
– Oi, humm, gato!
– Meu nome é Mateus e o seu?
– Gertrudes, muito prazer!

– … ué, cadê o moço?

E assim termina o que poderia ter sido mais uma linda história de amor…

Ciúme

Como toda boa escorpiana que se preze, sou ciumenta. Já fui pior! Hoje, com ele sob controle, consigo conviver bem comigo mesma. Quem procura, acha, não é mesmo? Então o melhor mesmo é eu ficar na minha, de canto. O que os olhos não vêem, o coração não sente… e a cabeça não inventa história!

Mas nem sempre eu fui assim! Já mexi em celular, e-mails, caixa de correspondência. Já fiscalizei olhares e curvas de pescoço. Já questionei, inventei, briguei, discuti… Já fiquei falando sozinha… O ciúme é fogo! Quando ele chega, a gente cega!

Hoje eu aprendi que só tá junto quem quer. E também não acredito muito em fidelidade, então, desencanei! Se é pra olhar pro decote generoso da moça que passou, vou olhar também, assim poderemos tecer comentários em conjunto. Quando eu quiser ver os filmes do Brad e babar no peitoral, que ninguém venha me incomodar. É justo!

Engraçado é perceber que, depois de tantos anos de civilização e convivência em sociedade, os homens ainda não entenderam que um beijo e um abraço curam qualquer ciúme e acabam com qualquer discussão! Quando se sabe que é amada, não resta espaço pra dúvida!


Aproveito para deixar a dica do blog: http://matandocarpinejar.blogspot.com/
O blog é escrito por Cinthya Verri, namorada do escritor Fabrício Carpinejar, e sempre conta alguns causos da relação dos dois! No fim, ela sempre acaba cometendo o assassinato de uma forma inusitada. “Uma necessidade física”, como ela mesma denomina o espaço! Vale a pena conferir!

Cada um na sua

Tenho uma teoria não experimentada sobre casamento: acho que cada parte do casal deveria morar em casas diferentes. Sério! Uma vida a dois, porém, cada um com seu espaço. Cada um com seu ritmo. E cada um podendo jogar a toalha molhada onde bem entender!

Claro que em muitos dias, um dormiria na casa do outro. Claro que assistiriam filmes juntos debaixo do edredom. Claro que fariam jantares um para o outro. Ainda assim, cada um na sua. Um das partes seria visita, estaria, naquele momento, vivendo sob as regras do outro. Imagina só que exercício de paciência e flexibilidade!

Acho que alguns momentos precisam ser vividos, mas não compartilhados. Acho que num casamento, um tem que se cuidar para o outro, seduzir e conquistar todos os dias. Se manter atraente, interessante, desejado! Mesmo assim, existem aqueles dias de vestir aquela calça de moletom que um dia foi do seu pai, fazer um rabo de cavalo na testa, experimentar aquela máscara de limpeza facial que sua amiga te trouxe do freeshop. Ninguém precisa presenciar essa cena além de você mesma!

Morar separado dá saudade. Dá vontade de sentir o perfume do outro. Do cheiro do hidratante! Morar separado te provoca aquele friozinho na barriga só de saber que o amor está para chegar. Morar separado mantém o hábito do beijo. Não do selinho. Do beijão mesmo! Morar separado ajuda um pouco para que o relacionamento não caia na rotina.

Tudo bem que isso ainda é apenas uma teoria não experimentada, mas acredito que ela tenha tudo para dar certo. Melhor do que isso, só se cada um tiver duas garagens!

Semana Farroupilha

Ó meu Rio Grande, de encantos mil, disposto a tudo pelo Brasil. Querência amada, dos parreirais. Da uva vem o vinho, do povo vem o carinho, bondade nunca é demais. Meu coração é pequeno, porque Deus me fez assim. O Rio Grande é bem maior, mas cabe dentro de mim. Nas minhas veias escorre o sangue herói de Farrapos.
Eu quero me banhar nas fontes e olhar horizontes com Deus. E sentir que as cantigas nativas continuam vivas para os filhos meus. Quero ver os campos cheios de crianças sorrindo felizes a cantar. E mostrar para quem quiser um lugar pra viver sem chorar!
É o meu Rio Grande do Sul céu, sol, sul, terra e cor. Onde tudo que se planta cresce o que mais floresce é o amor!
Quem me ouve vai contar, quero luta, guerra não. Erguer bandeira sem matar! Vento Negro é furacão.
Quero gaita de oito baixos pra ver o ronco que sai, botas feitio do Alegrete e esporas do Ibirocai. Lenço vermelho e guaiaca compradas lá no Uruguai. Que é pra que digam quando eu passe: saiu igualzito ao pai!
 
E se Deus não achar muito tanta coisa que eu pedi, não deixe que eu me separe deste rancho onde nasci!

E sei que Deus é gaúcho de espora e mango, foi maragato ou foi ximango. Querência amada, meu céu de anil, este Rio Grande gigante, mais uma estrela brilhante na bandeira do Brasil.
 
Eu sou do sul. É só olhar pra ver que eu sou do sul. A minha terra tem um céu azul. É só olhar e ver…
Nascido entre a poesia e o arado, a gente lida com o gado e cuida da plantação. A minha gente que veio da guerra, cuida dessa terra como quem cuida do coração.
E que sirvam nossas façanhas de modelo a toda Terra!