Monthly Archives: julho 2010

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Ataque Felícia

Tô numa fase meio Felícia. Deve ser a véspera da viagem. Sempre fico assim, com saudade antecipada, sabe? É como se eu não quisesse perder nada do que fica por aqui: amigos, festas, meus filhotes, mas ao mesmo tempo, nem consideraria a hipótese de não viajar por causa deles.

Pra quem não sabe, a Felícia era aquela criança doida, apaixonada pelo Valentino Trocatapa, que vivia correndo atrás do Perninha, “coelhinho, eu adoro coelhinho”, e que amava tanto o seu gatinho que tinha vontade de “amar, abraçar e apertar até ficar em pedacinhos”. Pobre Frajuto, o gato.

Pobre dos meus gatos e amigos, pois ando mesmo numa fase de amar, abraçar e apertar até ficar em pedacinhos. Eles que o digam. Mas tudo passa, a fase Felícia deve passar também, em breve. E aos que sobreviverem, que fique claro que apesar da violência, é tudo uma pura e simples demonstração de amor!

Os gênios da parede

Foi mais ou menos entre a quinta e a sexta caipirinha de saquê com frutas vermelhas no Astor que o Rafa começou a me contar sobre os gênios que vivem nas paredes. Pelo que eu entendi, ele quis dizer que o talento que algumas pessoas tem, tanto nas artes, como na literatura, não é deles de fato. Mas dos gênios que vivem nas paredes.

Sim, gênios nas paredes. Eles utilizam algumas pessoas como ferramenta para sua auto expressão, e daí aparecem personalidades como Michelângelo, Beethoven, Kafka. Todos reles mortais, guiados por uma inspiração genial que vem de onde? Da parede. Triste pensar que esses caras todos nem eram nada de mais, apenas deram sorte de morar em casas com bons gênios.

Mas aí eu comecei a pensar em algumas coisas e, não que eu seja lá um grande talento, mas a forma como eu escrevo, faz a história do gênio ter muito sentido. Quando eu penso num assunto para escrever, abro o blog e cuspo o texto. De uma vez só. Parágrafo após parágrafo. Muito difícil eu parar e reorganizar, ou corrigir, ou mudar palavras. Prova disso é o post anterior. Cheguei na aula, abri a agenda e quando eu vi, tinha um post. Sem uma rasura. Sem um rabisco.

É curioso isso! Ou meu gênio me segue pelas paredes por onde passo, ou sou usada por diversos gênios em diferentes lugares. Uau, me senti um objeto agora! Mas o que importa é essa sensação de inspiração, sempre seguida pela expiração, que é a vontade de botar tudo pra fora. Graças aos gênios eu posso usufruir dessa terapia que é contar minhas ideias pra vocês todos os dias. E graças a eles, temos a oportunidade de admirar obras que vão além da capacidade humana: obras geniais.

De cara nova!

Esse é o primeiro post publicado no template novo. Sei que os posts antigos se transportam automaticamente pra casa nova, mas esse merece atenção especial. Foram meses de argumentação, chantagem emocional, terrorismo e marcação homem a homem para que tudo ficasse perfeito. No fim, acabei descobrindo até que a minha amiga Mai trocava sempre de template porque ela fazia um lance bem mais simples. O meu era especial, profissa. Um super viva pro Cu e pra Sis, que se puxaram pra criar, mudar e programar essa roupa nova que ficou totalmente a minha cara.

Sei que mudança causa estranheza, medo, insegurança… Mas já falei aqui mesmo sobre os benefícios dela. É bom renovar, se desafiar, fazer diferente. Alguns vão dizer que preferiam o antigo. A esses, digo que é apenas questão de tempo! Logo se acostumarão com as novas cores e quando menos perceberem, já nem lembrarão como era antes. Outros, espero que a maioria, gostarão da mudança e passarão a se interessar ainda mais por minhas histórias.

Casa nova, nova temporada de feiras, novos eventos no trabalho, novos amigos… o template novo representa isso! Renovação: estar super disposto a recomeçar. Nova fase, com todo o gás, de corpo inteiro. Feliz de mim que tenho essa dupla aí que entende tudo isso e consegue transformar em arte. Valeu Cu e Sis. Aos leitores, espero que gostem!

Um furo na greve

Pois tô eu lá, no auge da minha greve, manifestando todo o meu descontentamento com o descaso do Cu para com o meu blog, quando a Carol vem me perguntar sobre o post de hoje. “Não tem! Tô de greve!”, eu digo. Mas ela não admite essa possibilidade e começa a arremessar justificativas pelas quais eu teria que ter escrito um post hoje: “E se eu perder o hábito de ler teu blog? E se todos os teus leitores perderem o hábito de ler teu blog? Só porque tu decidiu que quer mudar a droga do template?”

Daí aqui tô eu. Escrevendo e sendo xingada ao mesmo tempo. Sim, porque a janelinha do msn não para de piscar. E aposto que ela continua só jogando argumentos, um em cima do outro, pra que eu fure a greve. Jogo duro a Carol quando quer uma coisa.

Mas volto a dizer que estou aqui, escrevendo, contra minha vontade, pois meu protesto permanece: QUERO UM TEMPLATE NOVO! E antes disso, não escrevo mais. Pelo menos não sobre outra coisa. E pro Véio já ficar sabendo, tô cheia de idéias e textos prontos pra publicar quando eu tiver de roupa nova. É só o Cu colaborar…

Alguém mais vai querer aderir a campanha? Hein? Hein?

A droga do meu template novo!

Eu quero um template novo. Pronto, falei! Tentei manter em segredo, pra fazer uma surpresa pros leitores, mas não dá, porque o Cu e a Sis sempre têm outras prioridades antes de mim. É assim mesmo que eles me tratam. A última prioridade! Hunf!

Pros desavisados, template é essa imagem que fica aí, no fundinho do blog. Pois então, quero trocar de roupa. E não adianta dizer que esse design é bonito, que dificilmente um novo template combinará mais com a cara do blog, ou mesmo que se eu trocar, o blog vai perder o sentido.

NÃO QUERO NEM SABER! Quero um template novo. Minha amiga Mai já mudou o template dela um zilhão de vezes. Bons amigos tem a Mai. Fiquei com inveja, confesso! Vira e mexe tá ela lá, se exibindo de cara nova. E eu lá, velha, atrasada, desatualizada dos modismos e tendências templatísticas.

Pra piorar sabe o que ela disse? “Se precisar, me passa a idéia que a MINHA amiga te ajuda!”. Cu e Sis, vocês tem certeza que vão deixar assim essa situação? Hein? Hein? Hein?

Agora assim, enquanto eu não ganhar meu template novo, tô em greve de post! GREVE! Não escrevo mais! E se eu não aguentar muito tempo (aquele lance da ansiedade e tals), ponho um template bem feio, mas bem feio meeeeeeeeesmo, e digo que foi vocês que fizeram. Aham, ideia da Mai essa! Praticamente escorpiana a moça!

Alguém ajuda na campanha “Quero um template novo?”
Pleeeeeeeease?

O celular perdido

Aí ontem toca o meu telefone fixo:
_ Oi, é a Beta?
_ Sim! Quem fala?
_ Beta, tu perdeu alguma coisa sábado a noite?

Beta pensa. Pensa mais. Pensa mais um pouco.

_ Como assim? Não sei!
_ Quero saber se tu perdeu alguma coisa no sábado a noite!
_ Por que?
_ Um celular, talvez?
_ Ah! Minha irmã perdeu um celular no sábado a noite!
_ Eu achei!
_ E a senhora está disposta a devolver?
_ Sim, mas mediante uma gratificação, pois estou precisando de um aparelho.
_ Entendi. A senhora encontrou o celular onde?
_ Na frente de um prédio novo, no Centro.
_ Ok! Me dá teu telefone que vou passar pra minha irmã e ela entra em contato contigo!

Toc, toc, toc na vizinha:
_ Nana, uma mulher achou teu celular!
_ Como assim? Agora? Acabei de comprar outro!
_ Pois é, ela achou! E quer uma gratificação. Liga lá pra ela e vê!

Três minutos depois, toc, toc, toc na minha porta. Era a vizinha:
_ Falei com ela, ela quer R$ 150,00 porque precisa de um aparelho, mas o meu tem um monte de função que ela não precisa. Vou tentar cancelar a compra que eu fiz hoje!

Liga pra Vivo, e nada! Liga pra Vivo, e nada! Liga pra Vivo, e… acho que a Vivo morreu!

_ Beta, tu acha que eu devo esquecer o celular e deixar com a mulher?
_ Acho! Já eras, tu já comprou outro. Foda-se! Mas liga pra ela e pede o chip, ou pelo menos que ela destrua o chip, já que tem toda a tua agenda nele.
_ Tá, vou ligar! Que ela faça bom proveito do aparelho!

Nisso chega o Cu:
_ Cu, uma mulher achou o celular da Nana. Mas ela tá ligando lá pra dizer que não quer mais.
_ Capaz?
_ Sim, mas quer R$ 150,00 pra comprar um aparelho.
_ Diz pra Nana trocar com ela o aparelho dela por esse Sony Ericson aqui que é mais barato.
_ Boa!

Nana no fone. Desliga:
_ Ela disse que é pra eu ir lá buscar. Que ela não vai ficar com o que é meu, que eu posso pegar de boa!

E lá foram eles:
_ Oi, sou a Mariana.
_ Entra Mariana. A gente é pobre, mas não fica com as coisas dos outros. É que fui assaltada e tô sem celular, além disso, meu marido está desempregado!

_ Sei bem como é isso! Também estou desempregada. É difícil. Trouxe esse outro aparelho aqui pra senhora, com carregador, tudo direitinho.
_ Não, não. Pode levar teu aparelho. Não quero nada em troca.
_ Eu insisto. Muito obrigada!

E voltou a Nana, toda sorridente com seu celular em punho!
Agora é ressuscitar a Vivo pra ver se desbloqueia o chip e cancela a compra do outro.

Ainda existe gente do bem no mundo, hein? Quem diria!
Um viva pra dona Isabel.

Bicho carpinteiro??

Sou muito ansiosa. Não consigo controlar. É mais forte do que eu. Por exemplo agora, sabe por que eu tô aqui escrevendo? Porque já escrevi o post de amanhã e não tô me aguentando de vontade de publicá-lo hoje mesmo! Vê se pode! Por causa do post de amanhã, já tô escrevendo o post de depois de amanhã! Ah, e pra não confundir ninguém, quando estiverem lendo esse post, o hoje será dois dias atrás e o post de amanhã será o de ontem. Deu pra entender?

Não sei de onde vem isso, esse imediatismo todo! Não sei esperar… Melhor, não consigo esperar! Saio atropelando. Quero tudo pra ontem: trabalho, resultado, respostas, ações, reações. Não posso com gente devagar, gente que não se importa. Eu me importo, eu quero saber! Gostou? Não gostou? Quer mais?

Quando eu quero dar um presente pra alguém é pior. Só posso comprar alguma coisa se, no caminho pra casa da pessoa, eu passar por uma loja e ver algo interessante. Se eu comprar antes, dou antes. Impossível eu ficar em casa com um presente a ser dado em dias… ora dias… O presente é legal porque naquela hora que tu viu, tu lembrou de alguém, se importou com alguém. Como posso conseguir guardar esse sentimento todo até a data do aniversário? Ou até o Natal? Ah, não aguento! E pior, não consigo admitir que alguém aguente.

Talvez eu tenha que correr mais, pra descarregar essa energia toda e reduzir o pique. Ou meditar. É isso, acho que preciso aprender a meditar… mas se vierem de novo com a história de contar a respiração, ah, daí acaba com o restinho de paciência que me sobra.

Zoológico particular

Aí, como tenho o ticket aquele que vai me levar pro céu no elevador da Daslu, disse pro Marcelo e pra Tatá que cuidaria dos filhotes deles enquanto eles estivesses curtindo a vida e pegando um bronze nas praias de Fortaleza e Jericoacoara. Coisinha pouca eles, quando resolver sair de férias.

Enfim, adoro os bichinhos e não me custa levar os dois pra passear duas vezes por dia. Quando tem sol, é claro! Porque fiquei sabendo ontem que, quando tem chuva, eles passeiam igual! Não curti muito a novidade, mas quem tá na chuva é pra se molhar! Literalmente…

Pelei o Fuzarka (sim, ele usa roupas!) e peguei a Bellinha no colo, rumo ao jardim. No caminho, achei melhor levá-los pra minha casa. Sim, sábado eles haviam estado lá e conviveram em harmonia com meus filhos felinos. O que poderia sair errado? Eu faria um teste!

Cheguei no prédio e saí com os dois para as necessidades básicas aquelas. A Bellinha é cega e é a coisa mais engraçada de ver o ritual que ela faz. Larga ela na grama, ela fica estátua. Pega ela e larga 30cm pro lado, ela cheira e começa a rodar sobre o próprio eixo. Muito! Daí parece que afrouxa o intestino e ela faz o que tem que fazer. Terminada a função, ela vira estátua de novo e levanta a pata. Do tipo: “Deu! Tô pronta!”.

Tudo certo, subi com os dois e foi aquela função, cachorros no colo e gatos na guarda do sofá. Todos juntos, mesmo que meio aos trancos e barrancos. Pra ajudar, ainda rolou um happy hour + pizza + opening bem no meio do meu zoológico particular.
Bellinha de colo em colo, Jack de colo em colo, Johnnie passeando por cima do sofá e o Fuzarka, óbvio, grudado em mim. Ele é meu chicletinho desde que eu salvei ele do afogamento! Mas isso é outra história.

Todos passamos bem a noite, mas hoje de manhã, quando tocou o meu despertador, o zoo inteirinho acordou. Era tanto latido que eu tenho a forte impressão que até meus gatos aprenderam outro idioma durante nesse meio tempo…

Pelo sim, pelo não, melhor cada um na sua casa essa noite!

Guarda-chuva

Odeio guarda-chuva. Uhum, odeio! Não tenho nenhum problema com chuva. Inclusive eu gosto de chuva. Acho que a chuva limpa, renova as energias. Sim, eu gosto bastante desse lance de energia… Mas guarda-chuva, bah, não dá pra aguentar. Meu problema não é com o guarda-chuva em si, o coitado é inanimado. O problema são as pessoas. Bom, óbvio que o problema seria esse. Especialmente, nesse caso, pessoas que usam guarda-chuva.

Com o guarda-chuva fechado, a maioria não consegue simplesmente segurar o dito cujo, fica balançando pra frente e pra trás… e lá vai ele, se achando o Gene Kelly em Cantando na Chuva. “I´m singing in the rain…” Pouco importa quantas canelas serão acertadas com o maledeto. Quanto mais pontuda a extremidade do guarda-chuva, mas forte ele é balançado… tal qual uma lei da física! Às vezes o balançar do objeto ainda vem acompanhado de um assovio ritmado. Façameofavor!

Aí se chove, efetivamente, ele abre o telhado provisório, mas não percebe que sua circunferência aumentou. O cuidado com quem passa ao lado é nulo e, se não cuidar, te levam um olho embora. Nessa hora eu gosto de ser baixinha, pois fico abaixo na zona de risco. Pros baixinhos o problema é outro: goteira. Sim, guarda-chuva forma goteira, que escorre em cada um dos aramezinhos que fazem parte da armação e caem sabe onde? Bem no meio da cuca dos baixinhos que passam por baixo!

Acho que deveríamos fazer porte de guarda-chuva. Isso mesmo! Só sairia por aí de arma em punho aquele que tivesse feito curso, entendesse a lei de Lavoisier e soubesse manejar com precisão o instrumento. Ou carteira de guarda-chuvista. Tem que aprender a estacionar o objeto no local adequado, sem molhar ambientes, pessoas ou qualquer outra coisas que esteja próxima. Dirigir somente na sua pista e avisar quando for fazer ultrapassagem. Ou calçadas de mão dupla, com sinalização e tudo. Já pensou?

Enquanto isso não acontece, o bom mesmo é aderir a boa e velha capa de chuva. Além de estarmos protegidos da água, temos mais agilidade para desviar dos guarda-chuvas descontrolados que insistem em perambular por aí…