Monthly Archives: fevereiro 2010

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O ataque

Tenho dois gatos: o Jack Daniels e o Johnnie Walker. Eles são irmãos, meus filhos adotivos.

Gatos causam acidentes. É fato! O instinto de sobrevivência deles os faz se agarrar com toda a força e unhas a qualquer coisa agarrável quando se encontram em situação de perigo.

Já fui arranhada em vários lugares, às vezes de leve, às vezes de levar ponto. Acidentes acontecem! Mas nunca, nunquinha, eu havia sido atacada como eu fui nesse fim de semana. Aham, a-ta-ca-da! Levantei, como todos os dias, fui direto dar comida (mãe que é mãe atende os filhos antes do xixi matinal). Depois de comer, fui pegar o Jack no colo e eis que ele se vira pra mim, crava as unhas no meu braço e… ME MORDE! Que desaforo!

Fiquei triste. Muito triste! Quase chorei. Nem com remorso ele ficou, continuava fugindo. E eu discursando: “É assim que vocês pagam todo o meu amor? Eu deixo de ir pra praia, nesse calor, pra ficar aqui com vocês… e é ISSO que vocês fazem comigo?” (O Johnnie não tinha feito nada, mas assim ele já ficava sabendo como eu tava me sentindo)

Passou o momento da tristeza e veio a raiva. Com força! Com muita força! Queria pegar os dois e jogar pela janela… mas OBVIAMENTE eu NUNCA faria isso. Peguei, então, cada um pelas pernas e joguei dentro da caixa de transporte. “Vou levar vocês dois no veterinário. Bem feito!”

Mais tarde me dei conta de que passei o fim de semana quase todo assistindo o seriado “True Blood”. Pensei que um vampiro pudesse ter se apossado da pobre alminha do Jack. Verdade ou não, andei com um incenso de proteção pela casa toda. Melhor prevenir do que remediar. Eu que sei!

Vírgula

Sempre fui meio chata com esse lance de português. Não que eu não erre nunca. Eu erro! Bastante! Mas o que me incomoda mesmo é a falta do uso da vírgula. Sabe, ela realmente muda o sentido das coisas… e nesse mundo virtual, sem tom de voz ou expressão, é muito fácil interpretarmos as coisas de forma errada! Sério, precisamos usar a vírgula.

Mas eis que dia desses comecei a escrever e, quando me dei conta, havia esquecido dela. Aham! Esquecido por completo. Saí escrevendo sem nem respirar! E o pior… me senti bem. Foi libertador! Por um dia na minha vida, eu me permiti esquecer da vírgula e deixar que meus escritos fossem interpretados livremente. E o legal de tudo isso, é que tu passa a reconhecer o sentimento de cada um pela forma como cada um interpreta aquelas palavras.

Mesmo assim, achei melhor avisar, em uma das conversas, que naquele dia eu não estava com vontade de usar a vírgula. A resposta foi ainda mais libertadora:

_ Tudo bem! Eu não estou com vontade de usar o espaço.

E a gente se entendeu…