Daily Archives: 27 de fevereiro de 2010

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O cúmulo do azar

Dia desses a Leti me perguntou se eu achava que o caso da Mega Sena, em Novo Hamburgo, era má fé ou o cúmulo do azar. E eu digo que, com má fé ou com boa fé, pra mim, é o caso que conta com o maior número de pessoas azaradas da história. O dono da lotérica pode ter como prática, por exemplo, não registrar alguns jogos durante o dia e ficar com o dinheiro pra ele. Ele pode autorizar a aposta em “bolões”, como foi o caso, mesmo sabendo que a prática é considerada ilegal pela Caixa. Mas vamos combinar, quem um dia sonharia que um desses bilhetes seria sorteado??? Quem?? Poxa, ter uma aposta premiada feita na sua lotérica é quase tão difícil quanto ganhar o prêmio em si. Daí, de sei lá quantas apostas que foram registradas no dia, o bilhete sorteado foi exatamente um dos 45 NÃO registrados?

Agora, maaaais azarados ainda são os supostos ganhadores do prêmio. A sensação que eu tenho é a de que toda a sorte que lhes foi dada, durante a vida toda, foi gasta assim… num erro da funcionária (ou não!). Imagina a felicidade das criaturas conferindo os bilhetes? Pulando de alegria! Pagando rodadas e rodadas de chopp pros amigos… Pra no dia seguinte ir buscar o prêmio e descobrir que tudo não passou de um sonho distante… E não vou nem me estender  na situação da coitada da funcionária que esqueceu de registrar as apostas.

Nessas horas nada explica melhor a situação do que a frase postada por Rafinha Bastos no Twitter:
“Perder a Mega-sena por não registrar a aposta premiada é como levar a Angelina Jolie pro motel e esquecer o pinto em casa.” Eu diria que é o mesmo que marcar um encontro pela internet e quando chegar ao local, o cara ser o seu namorado. É cair num palheiro e se espetar com a agulha. É cavar um túnel e cair dentro de uma fossa.

Quando decidi escrever sobre isso, pesquisei no oráculo sobre algumas notícias de azar puro e simples. O que mais aparece é sobre pessoas atingidas por raios. Tem um cubano, o nome dele é Jorge Márquez, que já foi atingido CINCO vezes. Eu diria que são raios teleguiados na direção dele, só pode. Mas nem acho que ele seja tão azarado assim, afinal, sobreviveu as cinco descargas elétricas sem sequelas.

Eu tento não dar chance pro azar. Só saio pra rua em dia de raios e relâmpagos com alguém mais alto que eu (difíííícil!), e de preferência, que essa pessoa caminhe com o  braço erguido. Só pra garantir.